Chico Galindo PTB:Casa Arrumada:Hora da Virada:Magistrados participam de debate sobre drogas

Fonte: TJ/MT


Foto de Jocil Serra/Agência Phocus

Ao representar o Judiciário na abertura do I Seminário Mato-grossense Sobre Drogas, Internações de Dependentes Químicos e Soluções Político Sociais, na noite desta quarta (2 de maio), o desembargador Paulo da Cunha chamou atenção para o grave problema que corrói e assola a sociedade. Ele também alertou para a necessidade de se estudar bem as soluções observando as experiências de outros povos.

O desembargador ressaltou que na Holanda a estratégia de combate às drogas fracassou, mas que na Alemanha tem dado bons frutos, tanto é que aquele país não é um mercado cobiçado pelos grandes traficantes mundiais. “Estamos todos empenhados em apresentar ideias adequadas para esse enfrentamento e ajudar na formação social desses jovens”, enfatizou.

Com dez anos de trabalhos prestados junto aos dependentes químicos, Mário Roberto Kono de Oliveira, do Juizado Especial Criminal Unificado de Cuiabá (Jecrim), avaliou que as internações compulsórias ou involuntárias, apesar de teoricamente ir contra a vontade do indivíduo, têm alcançado resultados positivos, com um índice de 50% a 80% de recuperação dos dependentes.



Foto de Jocil Serra/Agência PhocusO magistrado observou que às vezes o viciado até tem o desejo de deixar aquela vida, mas não tem forças suficientes para superar sozinho o mal-estar e a tentação avassaladora de uma abstinência. Mário Kono salientou ainda que só com um tratamento clínico o sucesso acontece na metade dos atendimentos, e quando há também um acompanhamento psicossocial a recuperação ocorre em quase todos os casos. “Isso acontece porque se fornece ao indivíduo o resgate da autoestima e a capacitação para a reinserção no mercado de trabalho, ou seja, condições dele caminhar com as próprias pernas”, explicou.



O juiz pontuou que o vício das drogas se tornou uma pandemia no país e que os estados estão fazendo o enfrentamento trabalhando com a população de rua e com as internações compulsórias e involuntárias. Contudo, ele avalia que há uma legislação esparsa e contraditória que faz com que haja divergência nas decisões. “Mato Grosso tem que tomar essa iniciativa para que todos os poderes possam falar a mesma língua e encontrar a melhor solução para os dependentes e suas famílias”, pontuou.

O coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e titular da Procuradoria de Justiça Especializada na Defesa da Criança e do Adolescente, Paulo Prado, garantiu que a criminalidade juvenil tem ligação direta com as drogas e defendeu o fortalecimento dos vínculos familiares.

O evento, que segue até sexta (4 de maio) no Ministério Público Estadual (MPE), ao lado do Fórum Desembargador José Vidal, em Cuiabá, faz parte do cronograma do pacto estadual de enfrentamento às drogas, do qual fazem parte seis secretarias de Estado, Poder Judiciário, Ministério Público e outras entidades, como a maçonaria.

Ao final dos três dias de palestras e debates envolvendo representantes de todas as instituições envolvidas e de 40 municípios, será redigido um documento oficial com propostas para a solução do problema.

Também estiveram presentes na abertura do evento o procurador geral do município de Cuiabá, Fernando Biral, o secretário-adjunto de Justiça e Direitos Humanos do Estado, Genilto Nogueira, o secretário estadual de Educação, Ságuas Moraes, o procurador-geral de Justiça, Marcelo Ferra, o corregedor-geral do MP Mauro Viveiros, o diretor da Fundação Escola Superior do MP, José Antonio Borges, a coordenadora do Conselho Estadual de Políticas Sobre Drogas, Ana Elisa Limeira, a coordenadora-geral dos Conselhos Tutelares, Flavia Cristina Silva Carvalho e o representante das comunidades terapêuticas, Gonçalo Agnolon.

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