Em artigo, a defensora pública Tânia Regina de Matos, atuante em Várzea Grande, relembrou alguns casos que marcaram a eleição de 2012 e a de 2004, no município.
Tânia citou o caso de pedofilia, a acusação foi feita nas eleições de 2004, contra o ex-prefeito Murilo Domingos (PR) que disputava o posto de prefeito ao lado do saudoso Nico Baracat, o adversário político era Walace Guimarães – na época filiado ao DEM. A disputa encerrou com Murilo vencedor, com uma diferença de apenas 588 votos.
Ainda, a defensora cita em seu artigo, os mais de 50 títulos de eleitores falsificados encontrados no início do mês em um bairro periférico de Várzea Grande. Confira o artigo na íntegra:
MEMÓRIA ELEITORAL
por Tânia Regina de Matos*
O eleitor precisava ter uma memória mais aguçada para esta questão. Numa roda de conversa entre populares, se você perguntar nome de alguma novela ou de sua/seu protagonista/o, a resposta correta não demorará a vir, mas se você indagar do qual partido este ou aquele candidato já pertenceu ou se coligou, certamente não obterá resposta.
Em Várzea Grande, na penúltima eleição, um candidato a prefeito foi acusado veladamente de pedofilia por um grupo político, algo muito grave para ser usado durante uma campanha eleitoral, fato que fere de morte a democracia, pois, não só atinge a imagem do candidato como induz o eleitor ao erro. Isso sim é ofensa.
Na mesma cidade, na última disputa, após o resultado das urnas, 50 títulos de eleitor e de documentos de identidade foram encontrados em um córrego no bairro Capela do Piçarrão, o que causou perplexidade em algumas autoridades. Mas a justiça eleitoral já descartou a possibilidade de ter havido fraude. Será?
Penso eu que, para prefeito(a), o uso desses documentos não alteraria o resultado até porque a diferença de um(a) para outro(a) foi de aproximadamente 3.000 votos, mas e para vereador(a)? Teve candidata que perdeu a eleição por uma diferença de 20 votos. E aí?
Em Cuiabá, um certo líder político denunciou recentemente a compração de votos para prefeito que vem ocorrendo na capital. E para vereador? Não houve compração de votos?