Gilberto Figueiredo (União), ignora aliados, politiza crise e fecha portas para ajuda federal na Santa Casa

 Apesar da grave crise anunciada com o fechamento da Santa Casa de Cuiabá, o secretário de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo (União), preferiu partir para o ataque político do que buscar soluções conjuntas. Em declaração polêmica, ele chamou de “oportunismo” a tentativa do deputado federal Emanuelzinho (MDB) de articular, junto ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, uma solução federal para evitar o encerramento das atividades da unidade.

A crítica de Gilberto soa contraditória: o próprio governo estadual assumiu a Santa Casa em 2019, após a falência da gestão municipal, e desde então tem arcado sozinho com os altos custos – segundo ele, cerca de R$ 18 a R$ 20 milhões mensais. Ao invés de considerar o apoio federal como um alívio para os cofres públicos, o secretário opta por desqualificar quem tenta propor uma alternativa.

Ao afirmar que Emanuelzinho “nunca apareceu para ajudar em sete anos” e que “ninguém do Governo Federal procurou o Estado”, Gilberto revela uma postura de isolamento institucional em um momento que exige diálogo e articulação entre esferas de poder. A recusa em reconhecer qualquer esforço do parlamentar e do Ministério da Saúde demonstra mais interesse em manter o embate político do que resolver a crise de forma técnica e responsável.

Deputados já alertaram sobre postura arrogante

Não é a primeira vez que o secretário é acusado de adotar um tom arrogante e pouco cooperativo. Parlamentares da própria Assembleia Legislativa já criticaram sua postura centralizadora e a falta de diálogo com a bancada federal e municipal. Ao invés de unir forças para buscar recursos, Gilberto tem se comportado como gestor de trincheira, ignorando a gravidade do impacto social do fechamento da Santa Casa.

A crise na saúde não é espaço para vaidades

A população de Cuiabá e da Baixada Cuiabana, que depende dos serviços da Santa Casa, pouco se importa com brigas políticas ou quem “apareceu antes”. O que está em jogo são vidas humanas. Recusar ajuda ou desqualificar iniciativas por rivalidade partidária é, no mínimo, irresponsável. Se há uma proposta técnica sendo discutida no Ministério da Saúde, por que não sentar à mesa e exigir contrapartidas e investimentos?

Gilberto diz que o governo está de “portas abertas”. Mas suas declarações mostram o contrário: uma gestão fechada ao diálogo, mais preocupada em atacar adversários do que construir soluções conjuntas. O momento exige maturidade política, não ataques midiáticos.

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