A saída do secretário municipal de Educação de Várzea Grande, Cleiton Marino Santana, foi recebida com aplausos por parte dos professores, diretores e coordenadores escolares da rede pública. A entrega do cargo, oficializada nesta terça-feira (29/07), ocorreu após intensa pressão da comunidade educacional, insatisfeita com a condução da pasta.
A informação foi confirmada ao VG Notícias pelo vice-prefeito do município, Sebastião dos Reis Gonçalves, o Tião da Zaeli — responsável, inclusive, por indicar Cleiton ao cargo.
Desgaste com a base educacional e rejeição interna
Cleiton Marino enfrentava críticas cada vez mais duras, especialmente por sua falta de diálogo com os servidores da Educação, pela postura autoritária, decisões tomadas de forma unilateral e por nomear para cargos estratégicos profissionais vindos de fora do município, em especial de Rondonópolis, sua cidade natal, em detrimento de servidores locais.
Segundo relatos obtidos pela reportagem do VG Notícias, a reunião emergencial que selou a saída do secretário foi marcada por manifestações incisivas dos gestores escolares.
“O descontentamento era geral. Os diretores estavam revoltados com a forma como o secretário vinha conduzindo a pasta, ignorando os profissionais do município e impondo uma gestão desconectada da realidade das escolas”, afirmou uma fonte presente.
Vice-prefeito pode assumir a Educação
Embora a exoneração ainda não tenha sido publicada no Diário Oficial, é esperada para os próximos dias. Nos bastidores, o nome mais cotado para assumir a Secretaria de Educação é o próprio vice-prefeito Tião da Zaeli.
Cleiton Marino evita confronto e volta ao Estado
Em entrevista ao VG Notícias, Cleiton Marino afirmou que deixou o cargo de forma serena, sem atritos, e já se prepara para retornar ao seu posto no Governo do Estado.
“Sou servidor do Estado. Está tudo certo. Vamos seguir”, disse.
Sobre a possibilidade de Tião da Zaeli assumir a pasta, Cleiton revelou que o vice-prefeito chegou a cogitar a ideia, mas considerou improvável.
“Ele comentou, mas acho difícil. É um cara muito corrido, tem as empresas, né?”, comentou.
Apesar das duras críticas que levaram à sua saída, o ex-secretário evitou polêmicas e não rebateu as acusações, mantendo um tom conciliador.
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