O conselheiro decano do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT), Antônio Joaquim, reafirmou, em entrevista ao programa Opinião, da TV Pantanal (canal 22), seu compromisso com a transparência, a inovação e a resolutividade no controle externo. Reconhecido nacionalmente por sua trajetória marcada pela seriedade e conhecimento técnico, ele compartilhou propostas para fortalecer a gestão pública e destacou momentos marcantes de sua vida pública — em especial, o período em que foi secretário estadual de Educação.Leia mais:Ativista João Batista exalta Antonio Joaquim como patrimônio da educação em MT: “Referência ética, técnica e humana”
“Foi o maior privilégio da minha vida pública”, declarou Antônio Joaquim, emocionado ao lembrar sua atuação como gestor da Educação em Mato Grosso. “Já fui deputado estadual, deputado federal, mas nada me marcou tanto quanto ser secretário de Educação. Inaugurar obras que beneficiaram diretamente comunidades e milhares de crianças foi algo que me trouxe profunda alegria e senso de missão cumprida”, afirmou.
E sobre voltar à política?
Ao ser questionado sobre um possível retorno à política partidária, Antônio Joaquim respondeu com cautela e responsabilidade institucional:
“Ainda estou no exercício do meu cargo no Tribunal de Contas. Tenho responsabilidade institucional e respeito à função que ocupo. Quando chegar o momento certo, tomarei uma decisão com serenidade, sem ansiedade. O futuro a Deus pertence”, afirmou.
Por estar no exercício de uma função que exige neutralidade, o conselheiro está legalmente impedido de se manifestar publicamente sobre filiações ou candidaturas partidárias. No entanto, nos bastidores, o conteúdo da resposta foi interpretado por interlocutores e analistas como um indicativo claro de que ele não descarta uma volta à política assim que estiver desincompatibilizado do cargo. A fala foi vista como um sinal de que o diálogo com setores políticos segue ativo e estratégico, embora com o devido respeito aos limites legais do momento.
João Batista: "Um verdadeiro patrimônio do nosso Estado"
A entrevista foi amplamente elogiada por representantes da sociedade civil. O professor João Batista de Oliveira, referência nacional na defesa dos direitos humanos e diretor do Portal Vidas e Direitos Humanos, fez questão de enaltecer o compromisso público e a postura ética de Antônio Joaquim:
“É reconfortante ver figuras como Antônio Joaquim ainda na linha de frente da gestão pública. Ele inspira uma nova geração de gestores e técnicos, mostrando que é possível fazer controle com justiça, inteligência e diálogo. Ele é, sem dúvida, um dos maiores nomes do controle público no Brasil, um verdadeiro patrimônio do nosso Estado”, afirmou João Batista.
Inovação no controle público e combate à corrupção
Durante a entrevista, o conselheiro explicou a criação das mesas técnicas no TCE-MT, uma proposta que alia consensualismo e resolutividade para melhorar a administração pública. “As mesas técnicas são um espaço de construção coletiva. Buscamos não apenas apontar erros, mas construir soluções viáveis, com cooperação e eficiência”, disse Joaquim, enfatizando que o modelo já serve de exemplo para outros tribunais do país.
Também foi destacado o papel firme do TCE-MT no combate à corrupção, mesmo diante do enfraquecimento de operações como a Lava Jato. “A sociedade pode ter certeza de que não há omissão. Suspender licitações irregulares, exigir transparência, isso está na essência do nosso trabalho”, declarou.
Superação de injustiça e legado de transparência
Com postura serena, mas firme, Antônio Joaquim comentou o afastamento político que sofreu por mais de três anos. Classificou a medida como uma “usurpação clara”, fruto de uma delação sem provas. “Não guardo ódio, mas foi uma violência política. Segui em frente com dignidade”, afirmou, referindo-se ao governo de Pedro Taques.
Outro momento marcante da entrevista foi a lembrança da auditoria inédita na arrecadação estadual, proposta por ele em 2017, ainda durante sua presidência no TCE-MT. A auditoria, que enfrentou resistência judicial, foi concluída em 2021 e se tornou um marco de controle e transparência, principalmente na área da mineração.
Cooperação com o TCU
Antônio Joaquim também ressaltou a parceria com o Tribunal de Contas da União (TCU) para a fiscalização de emendas parlamentares individuais (PICs). Com R$ 209 milhões já repassados ao TCE-MT para esse fim, equipes de auditoria já estão em campo para garantir a correta aplicação dos recursos.
Fonte: Portal Vidas e Direitos Humanos
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