Após multa por pedofilia, Bispo diz que Igreja não consegue vigiar padres


Dom João Mamede defendeu que padre cometeu crime no horário de folga.
Diocese vai recorrer da multa aplicada pelo STJ por danos morais.

Luciane CordeiroDo G1 PR, com informações da RPC TV
20 comentários
Dom João Mamede afirma que Diocese não pode vigiar padres durante o período de folga. (Foto: Reprodução RPC TV Noroeste)Dom João Mamede afirma que Diocese não pode vigiar
padres durante o período de folga. (Foto: Reprodução
RPCTV)
O Bispo da Diocese de Umuarama, no noroeste do Paraná, Dom João Mamede afirmou em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (26) que a Igreja não pode ser responsabilizada pelo crime de pedofilia que foi cometido pelo ex-padre José Sipriano da Silva.
Dom Mamede defendeu que a Igreja não pode controlar seus sacerdotes nos períodos que eles estão de folga. “Ele (José Sipriano da Silva) é uma pessoa adulta, dona e responsável pelos seus atos. A Igreja não consegue e não tem o direito de vigiar o que os seus sacerdotes fazem a noite dentro de casa, é impossível”, declarou o Bispo da Diocese de Umuarama.
A Diocese de Umuarama foi condenada em uma ação por danos morais pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a pagar R$ 50 mil a família de um dos quatro meninos que acusaram um padre de São Tomé, também no noroeste do Paraná, de ter cometido abusos sexuais contra eles em 2002. À época das acusações o padre foi afastado e logo após o julgamento criminal foi expulso da Igreja. No julgamento do STF, o ex-padre também foi condenado a pagar R$ 50 mil a uma das vítimas.
Dom João Mamede argumenta que a Diocese está recorrendo da questão legal, da multa aplicada, e não da atitude e ações tomadas por Silva. “Quando o padre praticou esses atos, ele não praticou em nome do ministério pelo qual ele era responsável e sim em nome dele. A lei não pode responsabilizar a Igreja por isso”, detalhou Dom Mamede.
Nos próximos dias a Diocese de Umuarama vai entrar com um processo para recorrer da decisão do STJ. O Bispo de Umuarama concluiu que todos os casos de pedofilia que ocorreram dentro da Igreja são tratados com rigor e os envolvidos julgados por meio do direito canônico.

0 Comments:

Postar um comentário

Para o Portal Todos Contra a Pedofilia MT não sair do ar, ativista conclama a classe política de MT
Falta de Parceiros:Falsos militantes contra abuso sexual e pedofilia sumiram, diz Ativista
contato: movimentocontrapedofiliamt@gmail.com