O deputado Marçal Filho foi o mediador do debate que contou com a presença do senador Magno Malta que preside a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, no Senado Federal
A audiência pública sobre pedofilia promovida, no dia 18 dedezembro de2009, pelo deputado federal Marçal Filho (PMDB/MS) e que contou com a presença do senador Magno Malta, que preside a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, no Senado Federal, lotou o auditório da OAB de Dourados com representantes de entidades, advogados, pastores, profissionais de psicologia, além de autoridades políticas e policiais. O senador por Mato Grosso do Sul, Valter Pereira, também prestigiou o evento. Antes do início da audiência Marçal e o senador concederam entrevista coletiva à imprensa do Estado.
Durante os trabalhos Marçal explicou que o caso do advogado douradense, preso por pedofilia, foi o estopim para levar a sociedade organizada a se mobilizar e discutir amplamente um tema tão sério como esse. “O aumento dos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes, em Dourados e na região, que em pouco mais de dois anos registraram 708 casos, sendo que 110 de estupros, foi apenas um dos fatores que me levou a promover essa audiência pública”, disse o parlamentar, declarando que vai acompanhar de perto os casos, para que pessoas como o advogado acusado, sejam punidas de forma rigorosa.
Já o senador iniciou a sua fala afirmando que existem mais pessoas usando crianças, do que drogas no Brasil. “Nosso País é o primeiro do mundo em consumo de material pornográfico e conteúdos de pedofilia, segundo dados da Polícia Federal. Essa rede movimenta hoje mais de 3
milhões de dólares, por ano “, declarou Malta afirmando que freqüentemente tem recebido ameaças de morte.
O senador ressaltou que esse é um tipo de crime que deve ser combatido com muito rigor e que tem encontrado bastante apoio nessa cruzada contra a pedofilia. “Tenho recebido apoio de parlamentares de vários Estados do Brasil, um exemplo é o deputado Marçal Filho, que não mediu
esforços para promover essa audiência pública aqui no Mato Grosso do Sul”, salientou.
Magno Malta afirmou que a falta de estrutura da Polícia, que não dispõe de aparelhagem e peritos treinados para combater crimes cibernéticos e também periciar computadores de pessoas que cometem crimes dessa natureza, pela internet, é um fator negativo no combate a pedofilia, no Brasil. “Mais importante do que abrir estradas e fazer saneamento, é salvar vidas, proteger a família, cuidar de gente. É preciso investir nessa área e com urgência", desabafou o senador.
Tanto Malta quanto Marçal declararam que o que podiam fazer como parlamentares, já foi feito. "As leis foram criadas e hoje podemos penalizar quem armazena, quem envia e quem produz conteúdos de pedofilia. Basta agora que o executivo coloque em prática e invista na causa", disse, Marçal, acrescentando que em Mato Grosso do Sul, vai lutar e cobrar medidas para que o problema seja solucionado o quanto antes.
“Quando o assunto é pedofilia, homens e mulheres empatam em crimes praticados. O crime é o mesmo e acontece da mesma forma seja qual for o sexo do infrator. Há inclusive mulheres que chegam a aliciar crianças para manter relações sexuais com seus maridos", revelou o senador. O fato surpreendeu tanto o público, quanto os jornalistas.
Malta explicou que no caso de mulheres envolvidas com pedofilia, o flagrante e a punição ficam ainda mais difíceis, porque elas não despertam qualquer suspeita e geralmente gozam de total confiança da família.
O senador lembrou ainda dos escândalos de pedofilia envolvendo juízes do Pernambuco e do Amazonas. "São pessoas pagas para proteger a sociedade, mas ao invés disso, cometem crimes contra ela", ressaltou o parlamentar que foi aplaudido de pé, pelo público presente.
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