Investigar crimes de pedofilia não é simplesmente descobrir, apresentar culpados e condená-los, o problema é bem maior e diz respeito à família, à segurança e à presença do Estado.
O presidente da ONG MT Contra a Pedofilia, Toninho do Gloria,chamou atenção para a pedofilia ser considerada uma doença pela Organização Mundial de Saúde e lembrou que há poucos anos o dependente químico era tachado como mau-caráter, hoje o problema é tratado como saúde pública.
O pedófilo tem um conflito de identidade e personalidade, geralmente causado por um desejo reprimido na infância, e isso se manifesta na vida adulta. Com isso, é preciso um trabalho de prevenção. O Estado tem que garantir a proteção de nossas crianças, o atendimento psicopedagógico precisa ser garantido de forma integral. É dever do Estado garantir a integridade dessas crianças, conforme está no Estatuto da Criança e do Adolescente e na própria Constituição.
“A pessoa que comete um crime como esse não merece adjetivos. Ela é apenas subumana”, afirma o presidente da ONG MT Contra a Pedofilia, Toninho do Gloria, que em Mato Grosso levanta a bandeira contra a pedofilia. Para ele, o projeto de lei 5658/09, aprovado na Câmara dos Deputados, é a melhor proposta já apresentada sobre o assunto. “Não podia ter notícia melhor se tratando de pedofilia e Código Penal”, diz.
Toninho do Gloria diz que o abuso contra crianças e adolescentes é constatado diariamente nos noticiários. Muitos crimes bárbaros praticados contra a criança, de caráter sexual, têm se tornado cada vez mais comum em nosso país. "Basta ligar a televisão e as notícias de abuso sexual contra menores aparecem lá, estampando a dura realidade de muitas crianças, portanto queremos fazer um trabalho de conscientização em nosso município para começar a mudar a realidade por aqui", enfatiza.
O presidente da ONG MT Contra a Pedoflia defende que a pedofilia deve ser uma bandeira de toda sociedade e passa pela quebra de um tabu: a educação sexual nas escolas. “Só assim nossas crianças estarão preparadas para quando forem abordadas por pedófilos.”
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