Crise na Saúde e Desrespeito ao TCE colocam Gilberto Figueiredo na berlinda política: “Não quero ser figurante em 2026”

 

O secretário de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo (União Brasil), admitiu que estuda trocar de partido e disputar uma vaga na Assembleia Legislativa em 2026. No entanto, sua possível candidatura pode ser abalada pela grave crise na saúde pública estadual e pelo desrespeito a decisões e recomendações técnicas do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT).

A saúde em Mato Grosso vive um colapso anunciado: fornecedores suspendem serviços por falta de pagamento, unidades hospitalares estão superlotadas, e municípios denunciam repasses insuficientes e atrasos recorrentes. Diante desse cenário, Figueiredo declarou: “Não quero ser apenas um figurante. Quero me eleger, e para isso preciso fazer a matemática.”

Contudo, o cenário político-eleitoral pode ser prejudicado por sua própria gestão. Diversas recomendações do TCE-MT não vêm sendo cumpridas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), especialmente no que diz respeito à execução orçamentária, aos contratos emergenciais e à transparência nos gastos públicos.

Nesse contexto, ganha destaque o trabalho técnico e criterioso do relator das contas da Saúde no TCE-MT, conselheiro Antônio Joaquim, que vem se firmando como uma das vozes mais respeitadas na fiscalização da aplicação dos recursos públicos na área. Com uma atuação pautada por rigor técnico, equilíbrio e compromisso com a população, o conselheiro tem emitido alertas e recomendações que, se seguidos, poderiam evitar o agravamento da crise.

Em seus votos e relatórios, Antônio Joaquim tem cobrado responsabilidade fiscal, respeito aos limites constitucionais e cumprimento de metas de atendimento, além de defender a integração da saúde pública estadual com os municípios e os consórcios regionais, como forma de garantir eficiência e justiça no atendimento.

Apesar do desgaste, Figueiredo avalia migrar para outra legenda, como Republicanos, Podemos ou PDR, mantendo-se na base do governador Mauro Mendes. “Faço parte do time do governador, com alinhamento próximo ao vice Otaviano Pivetta. Meu caminho, provavelmente, continuará próximo desse grupo político”, afirmou.

Ele obteve 28.248 votos nas eleições de 2022, ficando como primeiro suplente. Agora, tenta se reposicionar, mas a saúde pública será um dos principais temas da eleição, e seu desempenho à frente da SES poderá pesar negativamente nas urnas.

Enquanto projeta o futuro político, o presente cobra respostas. A atuação técnica do TCE-MT, especialmente do relator das contas da Saúde, mostra que o problema não é a falta de orientação, mas de vontade política e respeito à institucionalidade. E, em 2026, o eleitor pode transformar essa cobrança em voto.

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