Motociclistas são público-alvo para ações de conscientização
Representantes do Ministério da Saúde, da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) e Secretaria de Saúde (SMS), se reuniram nesta sexta-feira (21), em Cuiabá, para alinhar as ações dos órgãos que integram o Projeto Vida no Trânsito. Por meio do plano, as gestões levantam informações como a taxa de mortalidade e principais causas de acidentes, desenvolvendo ações direcionadas às principais demandas de cada município.
Em Cuiabá, onde o projeto é executado desde 2013, os índices mais alarmantes dizem respeito aos acidentes envolvendo motociclistas, que representam 67% das vítimas fatais. De olho nisso, a Semob vem efetivando iniciativas exclusivas para este público, como o programa Pilotagem Consciente, que oferece palestras em empresas e aulas práticas aos condutores.
É o que explica a secretária adjunta da Pasta, Luciana Zamproni. “A procura nos surpreendeu porque atualmente não são apenas os profissionais dessas áreas que buscam pelo curso. São vários projetos desenvolvidos ao longo do ano para reduzir esse número. Já começamos a observar resultados, principalmente nas vias onde temos radares”, diz.
Vale destacar ainda os programas “Agente Mirim”, que aborda as leis de trânsito e os benefícios que ela traz para o dia a dia junto às crianças, e o “Faixa Cidadã”, que estimula o pedestre a atravessar com segurança na faixa.
De acordo com a apoiadora do Ministério da Saúde, Marta Malheiros, o Vida no Trânsito é uma resposta do Brasil aos desafios da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Década de Ações pela Segurança no Trânsito 2011 – 2020. Ela lembra que as reduções e aumentos variam de acordo com as políticas públicas implantadas a cada ano.
“Em alguns locais conseguimos acompanhar isso de forma contínua, o que resulta em diferentes apontamentos para cada cidade. Em Curitiba, por exemplo, o foco era a travessia de pedestres, que apresentava alto número de atropelamentos.” Nas demais capitais do Centro-Oeste e do Norte, se repete o índice de acidentes envolvendo as motos.
Estes números, segundo o diretor de Vigilância e Saúde de Cuiabá, Oscar Fernandes de Campos resultam no abarrotamento do Pronto Socorro e geram uma despesa enorme ao sistema de saúde. Ele conta que o trabalho integrado entre as pastas é feito por meio de três comissões. “O cruzamento desses dados é que nos norteia na elaboração de iniciativas para o micro, como os cursos de conscientização, e também para o macro, que envolvem melhoria da mobilidade urbana e de infraestrutura”, afirma.