Mauro Mendes empurrou um BRT fracassado e mergulhou Cuiabá no caos

 

O governador Mauro Mendes mais uma vez provou que é um mestre em dar desculpas esfarrapadas para encobrir sua própria incompetência administrativa. Ao afirmar que o atraso das obras do BRT se deve à “falta de mão de obra” no mercado, Mendes tenta proteger empreiteiras que assinaram contratos milionários sem jamais reclamar dessa suposta carência de trabalhadores. É uma narrativa conveniente para quem falhou na condução de uma obra que, desde o início, nasceu torta, sem projeto executivo adequado, como alertou ainda lá atrás a promotora Maria Fernanda Corrêa da Costa. Mesmo diante dos avisos, uma decisão judicial — amparada por um juiz e confirmada por um desembargador — permitiu que a tragédia se consumasse.

A incompetência do governador ficou clara quando decidiu enterrar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), modal moderno, sustentável e já licitado, para impor goela abaixo um BRT ultrapassado, que não atende às reais necessidades da população de Cuiabá e Várzea Grande. O VLT possuía projeto e execução planejada, mas foi abandonado por uma decisão política que custou bilhões e atrasou ainda mais a entrega de um transporte público decente para todos nós que queremos um modal moderno,confortável e eficiente.

O resultado é um caos diário no trânsito da capital. As obras do BRT são mal planejadas, executadas às pressas e sem a mínima preocupação com a mobilidade urbana. A avenida do CPA, coração do tráfego cuiabano, virou um verdadeiro campo de guerra: pistas destruídas, desvios improvisados, filas quilométricas de carros e ônibus parados, estresse para motoristas, atrasos para trabalhadores e prejuízos para o comércio. O que era para facilitar a vida do povo só conseguiu piorar uma cidade já sobrecarregada por congestionamentos e falta de planejamento.

Enquanto isso, Mauro Mendes demonstra que prioridades não faltam — desde que sejam para projetos que favorecem grandes empresários. Basta ver o andamento acelerado e os bilhões despejados no Parque Novo Mato Grosso, apelidado de “Parque dos Bilionários”. Ali não se fala em “falta de mão de obra”, não existe atraso, nem justificativa esfarrapada. O governo investe pesado para erguer um parque caríssimo, com autódromo, kartódromo e até roda-gigante de R$ 80 milhões, para depois entregar sua gestão à elite do agronegócio. Já para o transporte coletivo, que afeta o trabalhador todos os dias, o governo se mostra incapaz de garantir prazos e qualidade.

Mauro Mendes transformou um modal moderno em um pesadelo urbano, desperdiçando recursos, desrespeitando alertas técnicos e jogando Cuiabá em um colapso no trânsito. A cada dia que passa, fica mais evidente que o BRT é uma obra de improviso, nascida de decisões políticas erradas, sem planejamento e sem compromisso com o futuro da mobilidade. O povo paga caro — com tempo, paciência e impostos — enquanto o governo se esconde atrás de desculpas para acobertar sua má gestão.

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