Gisa Barros se destaca na Câmara com postura firme, independente e em defesa da população

Vereadora mantém coerência, fiscaliza o Executivo e se posiciona contra o inchaço da máquina pública

João Batista destaca atuação de Daniel Monteiro: “O vereador mais técnico e atuante de Mato Grosso”

vereador Daniel Monteiro, que vem se destacando por uma postura independente, técnica e coerente, especialmente nas discussões sobre políticas públicas e responsabilidade fiscal.

Ativista João Batista exalta Antonio Joaquim como patrimônio da educação em MT: “Referência ética, técnica e humana”

Professor e defensor dos direitos da infância destaca atuação exemplar do conselheiro do TCE-MT, que articula investimento histórico de R$ 120 milhões em creches no estado

Roteiro robusto de requisitos da OCDE pode impulsionar reformas importantes no Brasil

 Sede da OCDE em Paris (Foto: Hervé Cortinat/ OECD)
 Sede da OCDE em Paris (Foto: Hervé Cortinat/ OECD)


A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) publicou nesta sexta-feira (10) um roteiro com requisitos e ações que deverão ser cumpridos pelo Brasil e por outros cinco países que estão no processo de acessão à organização econômica. Conhecido como “roadmap”, o documento lista uma série de pontos nas áreas de proteção do meio ambiente, de defensores dos direitos humanos e dos povos indígenas. Na avaliação da FIDH (Federação Internacional de Direitos Humanos), OCDE Watch e Conectas, organizações que acompanham o processo de perto, o documento é satisfatório e, se realmente for implementado, pode provocar mudanças positivas nas políticas ambientais e de direitos humanos no Brasil. 

Com a definição de metas e objetivos, o Brasil e os demais países devem demonstrar não apenas seu compromisso com os padrões da OCDE no papel, mas a partir do cumprimento efetivo de leis e políticas governamentais – bem como em conduta empresarial responsável. Embora este seja apenas o início de um longo processo de acessão, o roteiro é um passo ambicioso e incentiva os comitês da OCDE, os estados membros e o Brasil a colocarem a proteção do meio ambiente e o respeito pelos direitos humanos no centro da discussão. O documento, que tem uma abordagem mais baseada em princípios da OCDE do que os anteriores, mostra que os processos de acessão  podem impulsionar melhorias nas políticas e práticas nacionais.

“A divulgação deste documento é uma oportunidade importante para setores da sociedade brasileira preocupados com a pauta socioambiental e de direitos humanos atuarem na denúncia do desmonte de políticas e instrumentos governamentais das áreas ambiental e social, principalmente pelo fato de que a entrada na OCDE é uma bandeira do governo Bolsonaro. Se o Brasil realmente quer fazer parte da organização, é fundamental que respeite os direitos estabelecidos em diversas leis e tratados em vigor no país”, afirma Júlia Neiva, coordenadora do programa de Defesa dos Direitos Socioambientais da Conectas.  

Apesar do Brasil ter demonstrado interesse em cumprir com os valores da OCDE na defesa do Estado de direito, proteção dos direitos humanos e sustentabilidade ambiental, o país ainda tem grandes lacunas de governanças. Como aponta pesquisa recente da Conectas, FIDH e OECD Watch o governo brasileiro deve fazer mudanças significativas na sua postura para, de fato, garantir a proteção do meio ambiente e dos direitos humanos. Embora o Brasil  tenha aderido a 103 dos 251 instrumentos normativos da OCDE, o próximo passo é avaliar a conformidade do país com os padrões e princípios da entidade sediada em Paris, França. 

Veja alguns pontos do roteiro dos  países que estão no processo de acessão e as barreiras que o Brasil apresenta para cumpri-los, de acordo com organizações da sociedade civil:  

  • “Garantir estratégias ambientais e climáticas eficazes e ambiciosas que demonstrem uma implementação real e sem retrocessos, incluindo o investimento na resiliência e adaptação climática como parte da agenda nacional de desenvolvimento”. O governo brasileiro não demonstrou compromisso com a agenda climática. Desde a adoção do Acordo de Paris em 2015, as emissões líquidas do país aumentaram 12%. Ainda mais alarmante, desde a promulgação da lei climática (Lei nº 12.187/2009), o país aumentou suas emissões em mais de um quarto.
  • “Adotar políticas para deter e reverter a perda de biodiversidade, desmatamento e degradação da terra, respeitando e efetivando os direitos dos povos indígenas e comunidades quilombolas”. Em 2019 e 2020, as taxas de desmatamento no Brasil atingiram as máximas da década. Em comparação com 2018-2019, as taxas de desmatamento dentro de áreas protegidas aumentaram mais de 40% em 2019-2020. Além disso, cerca de 94% do desmatamento nos últimos dois anos foi ilegal. Os incêndios florestais também aumentaram na Amazônia. Em outras áreas, a situação também preocupa. Só em 2020, houve queimadas em mais de 30% do Pantanal brasileiro, causando imensa perda de biodiversidade.
  • “Garantir a aplicação efetiva das leis ambientais, fortalecendo a capacidade das agências relevantes e garantindo a participação da sociedade civil”. A aplicação da legislação ambiental no Brasil é deficiente há muito tempo. Importantes órgãos de proteção ambiental têm sofrido escassez de recursos, limitações jurisdicionais e mudanças arbitrárias em seus conselhos de administração, inibindo sua independência e eficácia.
  • Combater a impunidade dos crimes ambientais e garantir que a violência e as ameaças contra os defensores do Meio Ambiente sejam rigorosamente investigadas e processadasO Brasil continua sendo um dos países mais perigosos  para defensores da terra e do meio ambiente no mundo. Em 2020, o Relator Especial da ONU sobre a Situação dos Defensores de Direitos Humanos informou que 174 defensores foram mortos no país no período entre 2015 e 2019.
  • Implementar requisitos para avaliações ambientais com medidas de transparência e participação significativa, prévia e contínua de comunidades vulneráveis, indígenas e locais. No Brasil, os direitos dos povos indígenas foram ameaçados devido à descontinuidade de centenas de conselhos sociais e colegiados que possibilitam a participação popular. Pelo menos três desses conselhos ou diretorias ligados aos povos indígenas foram fechados pelo governo de Jair Bolsonaro. Da mesma forma, representantes indígenas perderam seus assentos no Conselho Nacional do Meio Ambiente.
  • “Demonstrar evidências de compromisso e medidas efetivas para promover a conduta empresarial responsável, incluindo especificamente no que diz respeito ao respeito aos direitos dos povos indígenas”. Importante destacar que para além da responsabilidade das empresas, o governo precisa fortalecer a proteção dos direitos trabalhistas e sociais. A Reforma Trabalhista não cumpriu com as promessas de mais empregos e melhores condições de trabalho. Além disso, houve uma série de ataques a instrumentos e instituições que combatem o trabalho análogo ao escravo. Também houve cortes no orçamento de diversas políticas públicas que promovem o bem estar social.

Espera-se que mais de 20 comitês da OCDE estejam envolvidos na revisão técnica do roteiro. Em seguida, esses órgãos devem fornecer um parecer oficial ao Conselho da OCDE – o órgão decisório da organização – sobre o preparo do Brasil para ingressar na OCDE. A análise deve ter como objetivo defender os mais altos padrões de proteção aos direitos humanos e ao meio ambiente – e pressionar o Brasil a avançar nas questões que não foram abordadas até agora, incluindo medidas contra o trabalho forçado, direitos dos indígenas, comunidades quilombolas e outras comunidades rurais e tradicionais. Ainda que o “roadmap” seja amplo, espera-se que os comitês da OCDE adotem um entendimento completo, de modo a garantir a implementação adequada dos mais altos padrões internacionais, interpretando qualquer ambiguidade sob o princípio pro persona

Para FIDH, Conectas e OECD Watch, é essencial que o processo de revisão dos comitês seja mais transparente e inclusivo possível. Assim, as entidades instam os comitês a abrirem espaços de consulta e compartilhamento de informações com todos os interessados ​​durante todo o processo de acessão.

Comissão debate violações de direitos humanos no Sahara Ocidental Fonte: Agência Câmara de Notícias

 Audiência Pública - Acolhida humanitária para nacionais afegãos. Dep. Orlando Silva (PCdoB - SP)

Orlando Silva: povo saharaui sofre constantes violações de direitos humanos

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados promove audiência pública nesta quarta-feira (14) para debater as violações de direitos humanos nos territórios ocupados do Sahara Ocidental. O requerimento para realização do debate foi apresentado pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

Ele destaca que o Brasil, a Argentina e o Chile são os únicos países da América do Sul que ainda não reconhecem a República Árabe Saharaui Democrática (RASD), antigo Sahara Espanhol, também conhecido como Sahara Ocidental. O território, localizado no noroeste da costa do continente africano, com fronteiras entre o Marrocos, Mauritânia e Argélia, é a última colônia da África. "É o último povo a não exercer sua autodeterminação no continente, apesar de o tema estar na agenda da União Africana desde 1963", afirmou Silva.

O governo brasileiro já reconhece a Frente Polisário, movimento político-revolucionário em favor da autonomia do território do Sahara Ocidental, como o único e legítimo representante do povo saharaui, no marco dos princípios e normas da Carta das Nações Unidas. "Não bastasse a ocupação e o roubo de suas riquezas minerais e da pesca, o povo do Sahara Ocidental sofre constantes violações de direitos humanos nos territórios ocupados por parte das forças policiais do Reino do Marrocos", justificou o deputado no requerimento.

Foi convidado para a audiência o representante da Frente Polisário para o Brasil, embaixador Ahamed Mulayali Hamadi.

A reunião ocorre às 15h30, no plenário 9.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Lula e Silvio Almeida, cotado para Direitos Humanos, devem participar de Natal de catadores

 

Silvio Almeida e Lula
Silvio Almeida e LulaReprodução/Instagram/Silviolual

Basília Rodriguesda CNN

Brasília

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O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, deve participar nesta quinta-feira (15), em São Paulo, do encontro anual com catadores de lixo. O Natal dos Catadores é organizado pelo Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável.

Entre ativistas e aliados que estarão na confraternização, há o advogado e escritor Silvio Almeida, cotado para o ministério de Direitos Humanos.

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Professor na FGV-SP e na Mackenzie, com trabalho reconhecido contra racismo estrutural, Almeida participa do grupo de transição da área de Direitos Humanos.

Defender os direitos humanos, é defender a vida...

 Na última semana foi comemorado o dia de Defensores de Direitos Humanos e o Dia dos Direitos Humanos. Por alguma razão, e talvez seja por eu ter conseguido, a muito custo, passar alguns dias com as minhas duas filhas nesta semana, ou por ter dado entrevistas onde precisei explicar qual era a minha ideia de direitos humanos, pensei muitas vezes em mulheres que me inspiram e que me fizeram compreender na prática o que é a luta pela defesa dos direitos humanos e que diferente do que uma parcela da população pode pensar, se tornar defensoras de direitos humanos raramente é uma decisão própria. Na maioria das vezes apenas somos jogadas neste lugar, porque a inércia diante de tanta injus... - Veja mais em https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/anielle-franco/2022/12/13/defender-os-direitos-humanos-e-defender-a-vida.htm?cmpid=copiaecola

Dia Universal dos Direitos Humanos

 Direitos humanos são aqueles direitos que nos pertencem pelo simples fato de sermos humanos. São variados e vão desde o direito à vida até aqueles que tornam a vida digna de ser vivida, como o direito à alimentação, educação, trabalho, saúde e liberdade, como consta na Declaração Universal dos Direitos Humanos, legislações regionais e diversos tratados internacionais. 

Em 10 de dezembro comemora-se o Dia Universal dos Direitos Humanos. Além de um período de celebração, a data reforça, essencialmente, a necessidade da luta por ações concretas dos Estados e da sociedade no sentido de garantir os direitos civis, políticos, sociais e ambientais de toda a população mundial.

Desse modo, a Agenda 2030 é uma agenda de Direitos Humanos das Nações Unidas, que integra 193 países membros e que foi recepcionada pelo Poder Judiciário Brasileiro, por meio do Conselho Nacional de Justiça - CNJ. São 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e 169 metas a serem atingidas no período de 2016 a 2030, relacionadas à efetivação dos direitos humanos.

Assim, O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, signatário do Pacto Global da ONU desde 2014, empenha-se na construção de um mundo mais justo e com respeito à dignidade de cada pessoa, promovendo, constantemente, seminários, cursos e palestras abordando a temática dos direitos humanos, como, por exemplo, o recente seminário sobre “Os Direitos Humanos e a Proteção Integral de Crianças e Adolescentes no Mundo do Trabalho” e o recente curso “Direitos Humanos, Diversidade e Minorias Sociais”, além do livro “Diversidade: direitos humanos para todas as pessoas.”

Nesse contexto, o TRT-15 segue engajado na realização de ações relacionadas à Agenda 2030 da ONU, que prevê, no ODS nº 16, a promoção de sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, o acesso à justiça para todos e a construção de instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis.

Solenidade de entrega da Comenda Violeta Arraes acontece em Nova Olinda, celebrando a Cultura e os Direitos Humanos

 

A comenda, uma realização da Secult Ceará, reconhece a vida e o legado de Rosiane Limaverde Bia Lessa em cerimônia em 14 de dezembro, 19h, na Fundação Casa Grande

A Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult Ceará), com muita alegria, confere a Comenda Violeta Arraes para a arqueóloga Rosiane Limaverde (in memoriam) e a diretora Bia Lessa. A Comenda tem o propósito de homenagear pessoas físicas ou jurídicas com notórios serviços em prol da cultura, da educação, do conhecimento ou dos direitos humanos. A cerimônia de entrega acontece na próxima quarta-feira (14), às 19h, no Teatro Violeta Arraes – Engenho de Artes Cênicas, em Nova Olinda, sendo parte da programação do aniversário de 30 anos da Fundação Casa Grande, de 14 a 19 de dezembro.

A Comenda Violeta Arraes foi instituída pela Lei Nº17.970, de 17 de março de 2022, que se destina a homenagear pessoas físicas ou jurídicas que tenham prestado ou prestem notórios serviços em prol da cultura, da educação, do conhecimento ou dos direitos humanos. A concessão da Comenda será de iniciativa da Secretaria da Cultura do Estado – Secult e tem como perfil apontar pessoas que tragam atuação no âmbito da cultura, da educação, do conhecimento ou dos direitos humanos; e autor de trabalho de notório mérito no âmbito da cultura, da educação, do conhecimento ou dos direitos humanos.

Com muita alegria, a Secult Ceará homenageia, com a Comenda Violeta Arraes, duas mulheres muito importantes para a Cultura, são elas Rosiane Limaverde (in memoriam) e Bia Lessa. Conheçam um pouco mais sobre elas: 

ROSIANE LIMAVERDE 

Fundadora da Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri, instituição filantrópica e cultural em Nova Olinda – CE, onde realizou atividades de pesquisas arqueológicas e educativas desde 1992, com a participação de crianças e jovens sertanejos nas áreas de Memória, Comunicação, Artes, Turismo e Esporte. Com formação em música e educação, realizou desde 1983 atividades de pesquisas sobre as lendas e mitos do povo Kariri.

Graduada em História com Especialização em Pré-História do Brasil na Universidade Regional do Cariri, URCA, Crato, Brasil; Mestre em Arqueologia na Universidade Federal de Pernambuco, UFPE, Recife, Brasil com o Título: Os Registros Rupestres da Chapada do Araripe, Ceará, Brasil; Doutora em Arqueologia com distinção e louvor pela Universidade de Coimbra- Portugal Centro de Estudos Arquológicos das Universidades de Coimbra e Porto com o Título: “Arqueologia Social Inclusiva – A Fundação Casa Grande e a Gestão do Patrimônio Cultural da Chapada do Araripe”.

Entre 2014 e 2016 criou e realizou o primeiro curso de Extensão em “Arqueologia e Gestão do Patrimônio Cultural da Chapada do Araripe” em parceria com a Fundação Casa Grande e Universidade Regional do Cariri (URCA). Em 2015 criou o Instituto de Arqueologia do Cariri em parceria com a Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri, Universidade Regional do Cariri (URCA), Universidade Federal do Piauí (UFPI) e Universidade de Coimbra – Portugal que será reinaugurado com o nome Instituto de Arqueologia do Cariri Dra. Rosiane Limaverde. Em 2016 criou o primeiro curso no Cariri de Graduação Latu Sensu em Arqueologia Social Inclusiva. A especialização é realizada pela Universidade Regional do Cariri através da Pró- Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, tem como parceiros com o Instituto de Arqueologia do Cariri e Fundação Casa Grande, e como apoiadores o GeoPark Araripe e a Universidade Federal do Piauí, Universidade de Coimbra – Portugal, através do Centro de Arqueologia, Artes e Ciências do Patrimônio. Em 2018 a Universidade de Coimbra – Portugal passará a homenagear pessoas que se destacarem na área da arqueologia com a Comenda que levará o nome de Rosiane Limaverde. A primeira será entregue em dezembro de 2018.

BIA LESSA 

Bia Lessa, artista brasileira, realizou trabalhos nas áreas de cinema, teatro, música, ópera, artes plásticas  e eventos. Em cinema realizou três longas metragens: “Crede-Mi”, a partir da obra “O Eleito” de Thomas Mann, “Então Morri”, prêmio de melhor longa metragem na categoria Novos Rumos no Festival do Rio e está finalizando o filme “The Crossing” a partir da obra de Guimarães Rosa. Realizou a minissérie “Cartas ao Mundo” a partir da obra de Glauber Rocha e um documentário intitulado “Scar”, sobre a violência contra a mulher.

Seus espetáculos e filmes foram apresentados em diferentes países, entre eles no Centre Georges Pompidou em Paris, no Festival  de Outono de Madri, no Festival Theater der Welt na Alemanha, na Berlinale em Berlin, Sommer Theater Festival – Hamburgo / Sigma Festival – Bordeaux/ Zurcher Theater Spektakel – Zurich/ Festival Internacional – Caracas/ Festival de Outono – Madrid/ Festival des Ameriques – Montreal/ Festival Dumaurier – Toronto/ Festival de Cadiz/ São Francisco, NY, Shangai, Jerusalém, Calcutta, Praga, Brisbane, Zurich, Munique, Colonia, Hamburgo, Dusseldorf, etc.

Montou inúmeras peças, muitas delas adaptações literárias: “Os Possessos” de Dostoievsky, “O Homem Sem Qualidades” de Robert Musil, “Orlando” de Virginia Woolf, “Viagem ao Centro da Terra” de Júlio Verne, “A Cena da Origem”, transcrição de Haroldo de Campos da Eclesiastes, entre outras. Recentemente dirigiu os espetáculos “Macunaíma” de Mário de Andrade, “Grande Sertão Veredas”, de Guimarães Rosa, e “Pi – Panorâmica Insana”, a partir de autores contemporâneos, recebendo os principais prêmios na categoria melhor espetáculo, direção e atuação.

Reinaugurou o Theatro Municipal do Rio de Janeiro com a ópera “Il Trovatori”, e ópera “Aída” para o Theatro Municipal de São Paulo. Realizou importantes exposições, entre elas o “Grande Sertão Veredas” no Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro,  a exposição “Claro e Explícito” e “Itaú Contemporâneo: Arte no Brasil 1981-2006” no Centro Cultural Itaú, e a exposição “Barroco Brasileiro” na Bienal do Redescobrimento. Concebeu o Museu Casa de Cultura  de Paraty, o Museu do Frevo e participou da criação do Museu da Língua Portuguesa. Realizou no salão nobre da ONU a performance The Second Unveiling. Dirigiu shows de Maria Bethânia, Gal Costa, Gilberto Gil, Margareth Menezes, entre outros.

VIOLETA ARRAES

Ex-secretária de Cultura do Ceará, Violeta Arraes foi uma socióloga e ativista política natural do município de Araripe, no Ceará. Conhecida como “Rosa de Paris”, Violeta…. 

A Comenda Violeta Arraes é concedida por iniciativa da Secult Ceará, realizada a partir dos princípios do Sistema Estadual da Cultura. Para ser agraciado, é necessário preencher no mínimo um dos seguintes requisitos: distinguir-se por sua atuação no âmbito da cultura, da educação, do conhecimento ou dos direitos humanos; ou ser autor de trabalho de notório mérito no âmbito da cultura, da educação, do conhecimento ou dos direitos humanos.

QUEM PARTICIPA

Qualquer pessoa, física ou jurídica, pode indicar possíveis homenageados para concessão da Comenda Violeta Arraes, devendo encaminhar à Secretaria da Cultura, para análise, a justificativa e os documentos comprobatórios do mérito do possível agraciado. Após análise, a Secult publica portaria que confere a Comenda ao agraciado, que deve então ser publicada no Diário Oficial do Estado e ter uma cerimônia de entrega realizada em evento aberto ao público.

17.ª edição do Prémio “Direitos Humanos e Integração” distingue jornalismo que "não baixa os braços"

 

O destaque da edição deste ano vai para peças que incidiram sobre os direitos do trabalho, ambiente e relação com países lusófonos. Meios independentes arrecadam (ex-aqueo) dois primeiros prémios. Júri cria uma nova categoria dedicada ao jornalismo local e regional.

Esta foi a 17.ª edição do prémio promovido pela Comissão Nacional da UNESCO e a Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros. Foto: Pixabay/Pexels

Dedicado ao tema dos direitos humanos e da inclusão social, o galardão é promovido em conjunto pela representação nacional da Unesco e pelo Governo Português. Esta segunda-feira, em Lisboa, foram anunciados os melhores trabalhos publicados em 2021, na imprensa, rádio e audiovisual.

Na categoria de imprensa, Natália Faria e Adriano Miranda venceram o primeiro prémio com o trabalho “A vida inteira com o salário mínimo. ‘Uma constante dor de cabeça’”.

Os restantes nomeados receberam menções honrosas“Para os jovens trans, ir à escola é ‘uma batalha’: ‘Tinha medo de que me agredissem'”, de Andreia Sofia Joaquim Friaças, publicada no “Público”; “Como está a União Europeia a acolher quem precisa?”, de Cátia Mendonça, Rui Pedro Paiva e José Carlos Alves, publicada no “Público”. “A caminho de sítio nenhum”, de Margarida Vaqueiro Lopes e José Carlos Carvalho, publicada na “Visão”; “Nós somos oito mil histórias”, de Marta Gonçalves, Tiago Miranda, Rúben Tiago Pereira, Tiago Pereira Santos e Maria Romero, publicada no “Expresso”.

Relativamente à categoria de rádio, a peça “Exército de precários”, de Nuno Viegas, Pedro Miguel Santos, Ricardo Esteves Ribeiro e Bernardo Afonso, difundida pelo Fumaça, e “Bissau – Geração Futuro”, da autoria de Paula Fernandes e Borges Silva Paulo, difundida na RDP África, foram os vencedores ex-aqueo do primeiro prémio.

“Apontados a dedo”, de Filipe Santa-Bárbara e Margarida Adão, difundida na TSF; e “Cabo Delgado, a bússola estilhaçada”, de Nuno Amaral, difundida na Antena 1, receberam menções honrosas.

Ainda nesta categoria, “Uma casa com vista para o céu. Como (sobre)vivem os sem-abrigo de Braga ao frio”, de Liliana Oliveira, peça que foi difundida na Rádio Universitária do Minho e que estava também nomeada, venceu na categoria de Prémio do Jornalismo Local e Regional, criada especificamente pelo Júri.

No audiovisual, venceram o primeiro prémio (ex-aqueo) “As guardiãs do Sado”, de Sandra Salvado, Rui Rodrigues e Sara Cravina, emitida na RTP; e “Por ti, Portugal, eu juro!”, de Diogo Cardoso, Sofia da Palma Rodrigues e Luciana Maruta, publicada pela Divergente.

Os outros trabalhos que estavam nomeados nesta categoria obtiveram menções honrosas“Líbano”, de Susana André, Odacir Júnior, Ricardo Tenreiro, Cláudia Ganhão, Diana Matias, Octaviano Rodrigues, Rui Branquinho e Amélia Moura Ramos, emitida na SIC e SIC Notícias; “À Margem”, de Dulce Salzedas, João Lúcio, Tiago Martins, Isabel Cruz, Diana Matias, Luís Botas, José Eduardo Zuzarte, Paulo Cepa, Octaviano Rodrigues, Rui Branquinho e Amélia Moura Ramos, emitida na SIC e SIC Notícias; “Bebé afegã salva em Portugal”, de Catarina Cadavez, Rodrigo Lobo e Joana Melo, emitida na RTP; e “O bairro”, de Maria José Garrido, transmitida na TVI.

cerimónia de anúncio e entrega dos galardões realizou-se em Lisboa, no Palácio Foz, nesta segunda-feira (12). Contou com a presença de André Moz Caldas, secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Rita Brasil Brito, secretária executiva da Comissão Nacional da UNESCO, em Portugal, em representação do comissário geral, José Filipe Moraes Cabral; Guilherme d’Oliveira Martins, que presidiu ao júri; e David Xavier, secretário-geral da Presidência do Conselho de Ministros.

Numa intervenção prévia à entrega dos prémios, Guilherme d’Oliveira Martins sublinhou que a “comunicação social não pode baixar os braços na salvaguarda dos Direitos Humanos”.

Para além de Oliveira Martins, o júri desta 17.ª edição do Prémio “Direitos Humanos e Integração” foi constituído por Catarina Duff Burnay e Francisco Sena Santos. O valor monetário global dos prémios atribuídos ascende a 10 mil euros.

Artigo editado por Filipa Silva

A luta dos quilombolas pelo título da terra: tema em debate na Comissão de Direitos Humanos


 

Conselho Tutelar de Búzios recebe equipamentos do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos

 

A secretária de Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda, Joice Costa, entregou nesta segunda-feira (12) ao Conselho Tutelar de Búzios cinco (05) computadores novos e completos e cinco (05) webcams. Os equipamentos são provenientes do Termo de Doação com Encargos, nº 199/2022 entre o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e o município de Búzios, através do edital de chamamento Público SNDCA para recebimento de equipamentos através do programa de equipagem do Governo Federal.

Na ocasião, o conselheiro Tutelar Claudeir Júnior recebeu os equipamentos das mãos da secretária da Pasta.

Mês do Dia Internacional dos Direitos Humanos: desafios e oportunidades para incorporar a pauta nas empresas

 Instituído em 1948 pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Internacional dos Direitos Humanos, 10 de dezembro, marca o reconhecimento global de direitos fundamentais a todos, independentemente de raça, etnia, gênero e religião. No âmbito das empresas, a tendência é que essa pauta se consolide como pilar de suas políticas ambientais, sociais e de governança.

Para Tayná LeiteGerente Sênior de Direitos Humanos e Gênero do Pacto Global da ONU no Brasil, o aumento da conscientização da importância do tema nas empresas é uma realidade, entretanto incorporá-lo à estratégia de negócios ainda se mostra como um desafio.

Ela cita os resultados da primeira edição do Trilha de Direitos Humanos,  apresentados recentemente no 11º Fórum de Empresas e Direitos Humanos da ONU, em Genebra. Trata-se de uma ferramenta de aferição inédita, desenvolvida em parceria com a Proactiva Results, que contou com respostas de 107 empresas brasileiras de diferentes setores. Os dados mostram que quase 90% das respondentes adotaram um compromisso público de respeitar os direitos humanos internacionalmente reconhecidos, mas apenas 26% têm uma política específica para essa pauta.

Outro ponto são os desafios e as oportunidades sob o aspecto da gestão de riscos e impactos. Segundo a aferição, os três temas considerados de maior avanço na implantação de iniciativas nas empresas são: meio ambiente (92%), saúde e segurança ocupacional (78%) e trabalho forçado e análogo à escravidão (75%). No cenário de maiores desafios enfrentados estão os temas: impactos adversos a comunidades locais, povos indígenas e comunidades tradicionais (41%), clima (27%) e salário digno (20%). Na gestão do tema igualdade, diversidade e inclusão, a ferramenta aponta que as empresas adotam mais medidas em relação às mulheres (62%) e menos medidas para migrantes, refugiados e refugiadas (35%).

Para avançar neste cenário e integralizar os direitos humanos ao modelo de negócio das empresas, Tayná ressalta a importância do engajamento da liderança, da implantação de instrumentos, ferramentas e estratégias que contemplem estudos de impacto social e mecanismos de denúncia e consultas, em um eixo transversal de relações com as comunidades. “O diálogo deve ser permanente para assim construir iniciativas de confiança, capacitação e desenvolvimento local. Neste pilar, é preciso abordar riscos, mas também gerar valor”, completa.

 

Engajamento e metas para transformar

 

L’Oréal Brasil é um exemplo de companhia que incorpora os direitos humanos na estratégia e modelo de negócio. Por meio de programas e ações, o Grupo atua constantemente no engajamento de lideranças e colaboradores em agendas ESG, bem como gera parcerias com stakeholders externos para transformar a cadeia de valor e mitigar riscos. Uma dessas iniciativas é o L’Oréal Para o Futuro, programa global formado por pilares nas áreas social e ambiental, com metas desafiadoras de transformação até 2030.

“Como empresa líder de beleza no mundo, temos a responsabilidade de respeitar os direitos humanos reconhecidos internacionalmente e pensar em iniciativas para identificar quaisquer impactos adversos reais ou potenciais nos quais possamos estar envolvidos por meio de nossas próprias operações ou de nossos relacionamentos comerciais”, explica Helen Pedroso, Diretora de Responsabilidade Corporativa e Direitos Humanos na empresa.

De acordo com ela, as empresas têm um papel-chave em criar processos, produtos, iniciativas e estratégias que, além de gerar benefícios para os negócios, podem contribuir para valorizar os princípios universais em áreas como direitos humanos, trabalho e meio ambiente, de modo a exercerem “uma força poderosíssima para construir uma sociedade mais igualitária, sustentável e inclusiva.”

 

 

É com essa visão que a L’Oréal Brasil desenvolve as seguintes iniciativas:

Pilar social do L’Oréal For the Future

São 23 projetos sociais em todo o Brasil, beneficiando 3k mulheres:

– 23 projetos entre 2021 e 2024.

– Projetos para mulheres de Comunidades vulneráveis e mulheres indígenas.

– Abrangência nacional.

– Projetos de profissionalização, educação, geração de renda extra, inclusão tecnológica e valorização de patrimônio cultural.

Exemplos de projetos:

Pré-universitário Jenipapo Urucum

O programa prepara mulheres indígenas para o acesso ao ensino superior. Fruto da parceria entre a Associação Nacional de Ação Indigenista (Anai) e a L’Oréal Brasil, o projeto já atendeu mais de 180 jovens, de 50 aldeias diferentes e 12 estados brasileiros em 2021. Foi vencedor da premiação do jornal O Globo Faz Diferença.

Programa de Capacitação Formare
Formare é um programa de capacitação profissional da fábrica da empresa para jovens de famílias de baixa renda que visa apoiá-los no desenvolvimento de habilidades e qualidades necessárias para o mercado de trabalho. Os professores são voluntários da própria L’Oréal. O programa tem duração de 1 ano e carga horária mínima de 800 horas

Ao final do curso, os alunos podem ser recrutados como operadores e receber um certificado reconhecido pelo Ministério da Educação. Hoje temos +100 alunos formados

Solidarity Sourcing
O programa Solidarity Sourcing, que começou no Grupo L’Oréal em 2010, direciona uma proporção de nossas compras globais para fornecedores que empregam pessoas de comunidades vulneráveis para permitir que tenham acesso duradouro ao trabalho e à renda. Somente em 2021, mais de 1100 beneficiários foram impactados com a iniciativa, entre fornecedores diretos e indiretos.

Salário Digno L’Oréal Brasil
Empresa líder do movimento no país, a L’Oréal Brasil oferece hoje um Salário Digno a 100% dos seus colaboradores diretos. Até 2030, todos os colaboradores dos fornecedores estratégicos da empresa também terão um salário digno.

Não há na empresa gap salarial entre homens e mulheres (“pay gap”) e recentemente a companhia lançou o programa de combate à violência doméstica chamado Recomeçar. Além disso, a área de Recursos Humanos conta com uma série de benefícios, como extensão da licença parental e licença para o 1º cuidador.

  • Diretoria de Diversidade, Equidade & Inclusão

Para além da área de Responsabilidade Corporativa, a agenda de Diversidade, Equidade & Inclusão é uma prioridade estratégica para a L’Oréal Brasil (hoje liderada por Marcia Silveira).

A empresa trabalha em 5 pilares: raça, pessoas com deficiência, gênero e lgbtqia+, gerações e 4 frentes: Pessoas, Produtos, Comunicação e Protagonismo Social (Intersecção com a área de Res. Corporativa).

Os trabalhos já mostram importantes resultados:

*GÊNERO:*

61% de mulheres no quadro geral de colaboradores.

56,6% de mulheres na liderança.

*RAÇA:*

Em 2021, 49% das contratações foram de colaboradores negros.

36% de colaboradores negros no quadro geral.

18% na liderança com meta de chegar a 30% até 2025.

*PCD:*

Recentemente, a empresa lançou o programa DiversiFICA, voltado para a área comercial de beleza e com 100% das vagas destinadas para pessoas com deficiência. São cerca de 60 oportunidades que ao final do curso podem resultar em vagas na empresa.

Especialistas discutem os direitos humanos na gestão pública

Para celebrar o Dia Internacional dos Direitos Humanos, comemorado em 10 de dezembro, Superior Tribunal de Justiça reúne autoridades e especialistas para debater os direitos humanos na gestão pública. O encontro ocorreu no auditório do Conselho da Justiça Federal, em Brasília.

 

Com irmã secretaria na gestão do prefeito Emanuel Pinheiro,dep Paulo Araújo cria "CAOS NA SAÚDE" áudio vaza pura perseguição politica contra Pinheiro

  


O deputado estadual Paulo Araújo (PP) subiu o tom contra a gestão da Prefeitura de Cuiabá, sob Emanuel Pinheiro (MDB), durante uso da tribuna da Assembleia Legislativa na sessão ordinária desta segunda (12). 

Na ocasião, o parlamentar classificou a situação da saúde pública na Capital como caótica e defendeu a intervenção do Estado no setor. Um áudio vazado logo após a sua fala, no entanto, expõe uma rixa política entre Araújo e Emanuel, que já foram aliados no passado.

JLSiqueira/ALMT

Paulo Araujo

Durante a sua fala, Araújo – que é servidor estadual da Saúde – diz que não é mais possível “brincar de saúde pública” em Cuiabá, diz que recebe uma “enxurrada” de reclamações da população e cita problemas como falta de medicamentos e insumos nas unidades de saúde da Capital, atrasos em pagamentos a terceirizados e falta de médicos nas escalas de plantão.

Ele lembrou que apesar de se tratar de um problema da gestão municipal, a discussão tem que ser abraçada pela Assembleia Legislativa e o Estado precisa tomar providências mais rígidas quanto ao assunto, uma que vez que o Sistema Único de Saúde é tripartite, ou seja, financiado por Município, Estado e União.

O que está acontecendo aqui em Cuiabá é um absurdo [...], uma irresponsabilidade recorrente por parte da Secretaria Municipal de Saúde

“O que está acontecendo aqui em Cuiabá é um absurdo [...], uma irresponsabilidade recorrente por parte da Secretaria Municipal de Saúde. Não dá mais para o Estado ficar olhando. Eu conversei com alguns deputados e acredito que a intervenção é necessária e obrigatória aqui no município de Cuiabá, para colocar um fim nesses desmandos, nessa situação caótica e de calamidade pública que vem acontecendo de forma recorrente”, criticou.

O pedido de intervenção do Estado na Capital foi inicialmente feito pelo Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) e já havia sido endossado por Janaina Riva, que é do mesmo partido do prefeito de Cuiabá. A postura de Araújo foi imediatamente elogiada pela emedebista, que presidia a sessão no momento.

No entanto, chamou a atenção de quem acompanhava a sessão um áudio vazado de Araújo no momento em que Janaina chamava o próximo inscrito. Ele cita as eleições e afirma, em seguida: “O que esse cara me perseguiu, o que esse cara me arrebentou”. Como estava com o microfone aberto logo após encerrar a sua fala, a declaração parece ser a respeito de Emanuel - ouça abaixo:

Questionado pelo , o deputado negou, afirmando que falava de um vereador do interior. Nos bastidores, porém, é apontado que o pedido de intervenção ocorre por mágoa de Araújo por não ter contado com o apoio de Emanuel nas eleições deste ano, como ocorreu em 2018 – favor esse que foi devolvido no pleito de 2020, quando o PP defendeu a candidatura do emedebista à reeleição.


Fonte: RDNEWS - Portal de notícias de MT
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INOCENTE ANTONIO JOAQUIM JUSTIÇA SENDO FEITO: SEM FUNDAMENTO MPF pede para arquivar investigação que afastou cinco conselheiros do TCE

  Segundo o MPF, não há indícios suficientes para ajuizar ação penal


Kethlyn Moraes

O Ministério Público Federal (MPF) pediu o arquivamento do inquérito que apura crimes de corrupção, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro pelos conselheiros do Tribunal de Contas Estadual (TCE), José Carlos Novelli, Waldir Júlio Teis, Antônio Joaquim Moraes Rodrigues Neto, Walter Albano da Silva e Sérgio Ricardo de Almeida, urante o governo de Silval Barbosa.

Rodinei Crescêncio/Montagem

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Os conselheiros teriam recebido R$ 53 milhões em propina para aprovar as contas do então governador e não impor barreiras ao andamento de projetos e obras do governo, como o MT Integrado e as obras da Copa de 2014.

As investigações foram baseadas na colaboração premiada do próprio Silval e do ex-secretário da Casa Civil, Pedro Jamil Nadaf, após a deflagração da Operação Ararath, em 2014.

No entanto, segundo o requerimento da subprocuradora geral da República, Lindôra Maria Araujo, divulgado nessa segunda (12), “não existe, até o presente momento, indícios que apontem a participação dos conselheiros investigados nos fatos relatados pela Autoridade Policial”. Segundo o pedido, no entanto, os eventuais desdobramentos da investigação devem prosseguir perante os órgãos de persecução penal de primeiro grau.

No mais, requer o compartilhamento com o Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE) das provas apontadas pelo Delegado da Polícia Federal no relatório final, com o propósito de adotar as medidas necessárias para apurar as irregularidades acerca das contratações das empresas mencionadas.

Conforme o documento, os elementos são frágeis para fundamentar o ajuizamento de ação penal, dessa forma, não havendo justa causa a justificar o oferecimento da denúncia pelos fatos apontados na delação de Silval e Nadaf.

“Sem aprofundar a análise de eventuais direcionamentos nos processos licitatórios, sobrepreço ou superfaturamento nos contratos e não entrega dos produtos e serviços contratados, não existem, até o presente momento, indícios de que os Conselheiros investigados participaram das irregularidades apontadas e que eventuais valores pagos pelo TCE/MT para as empresas retornaram aos membros da Corte de Contas.”

Segundo a sub-procuradora, também não existem indícios de que a adesão de outros órgãos do Poder Executivo do Estado tenha favorecido, direta ou indiretamente, os Conselheiros investigados.

“Por fim, faz-se necessário mencionar que, quando foram inquiridos pelo Ministério Público Federal, os investigados negaram todos os fatos imputados nos Acordos de Colaboração Premiada”, diz trecho do pedido do MPF.

Conselheiro chora

Na sessão desta terça (13), o conselheiro Antonio Joaquim chegou a chorar ao falar sobre o arquivamento do caso. Lembrou ainda da "perseguição" que sofreu por parte do ex-procurador geral da República Rodrigo Janot e do ex-governador Pedro Taques. 

Operação Ararath

A Operação Ararath foi deflagrada pela Polícia Federal, em novembro de 2013, para desarticular organização criminosa envolvida em crimes contra o Sistema Financeiro e lavagem de dinheiro no estado do Mato Grosso. Um dos desdobramentos da referida operação aportou no Supremo Tribunal Federal em março de 2014. Naquela etapa da operação, que já estava na sua quarta fase, deflagrada em fevereiro de 2014, a investigação apurou indícios de pagamentos indevidos a empreiteiras e desvios de recursos públicos a agentes políticos e empresários, por meio da utilização de instituição financeira clandestina.

Os primeiros acordos de colaboração celebrados trouxeram elementos que apontaram o envolvimento de diversas autoridades detentoras de foro por prerrogativa de função, entre eles os conselheiros.

De acordo com o colaborador Pedro Nadaf, os recursos para pagamento da vantagem indevida ajustada entre o ex-governador e Silval teriam sido obtidos através de desvio de parcela do valor pago pelo Estado pela desapropriação da área denominada Jardim Renascer, em Cuiabá/MT; desvio de parcela do valor pago pelo Estado pela desapropriação do imóvel rural denominado Fazenda Cuiabá da Larga/ Fazenda Barra do Bonito; majoração do duodécimo repassado ao TCE, de modo a viabilizar o desvio de parcelas dos valores superfaturados pagos às empresas de prestação de serviços de informática e digitalização de documentos contratadas pela Corte de Contas; e adesão, por órgãos do Poder Executivo estadual, à ata de registro de preços, que também fora superfaturada, para a contratação da empresa GENDOC, desviando-se os recursos utilizados para pagamento dos serviços prestados pela contratada para o pagamento da propina.

Além dos meios utilizados para amealhar os recursos públicos destinados ao pagamento da propina descritos pelo colaborador Pedro Jamil Nadaf, o então governador acrescentou que os valores teriam sido obtidos  mediante repasse das vantagens indevidas recebidas de empresas que teriam sido indevidamente beneficiadas com a concessão de incentivos fiscais pelo Governo do Estado; por meio de propina paga por construtoras contratadas pelo Estado no âmbito do programa MT Integrado e Programa Petrobrás; e vantagens indevidas pagas pelo Grupo JBS.