Uma pesquisa feita no Brasil por um centro de estudos ligado a Unesco revelou um dado preocupante: 38% dos adolescentes de 11 a 17 anos costumam adicionar pessoas que não conhecem à lista de amigos nas redes sociais.
Esse é um dos fatores apontados pela polícia para o aumento dos casos de pedofilia na internet. O Jornal Hoje teve acesso a conversas entre pedófilos e adolescentes, que estão sendo analisadas pela polícia depois que os pais descobriram o assédio.
Esse é um dos fatores apontados pela polícia para o aumento dos casos de pedofilia na internet. O Jornal Hoje teve acesso a conversas entre pedófilos e adolescentes, que estão sendo analisadas pela polícia depois que os pais descobriram o assédio.
A mãe de um jovem abordado pela internet conta que a conversa era inocente no início. "Começou conversando sobre jogos online, o que gostava de jogar ou não". A conversa durou um mês. O homem enviava fotos e pedia para o menino mandar também. Os pedófilos vão ganhando a confiança da vítima até a conversa ficar explícita: "Quero te beijar, te abraçar".
A mãe descobriu porque o filho esqueceu a página aberta e denunciou à polícia. A família já sabe que o rapaz é um professor do menino que se passava por outra pessoa. "Ele tinha uma página falsa. A foto era falsa, o nome era falso quando conversava com o nosso filho", conta a mãe.
Quando a vítima é uma adolescente, os pedófilos costumam se apresentar como mulher. A mãe descobriu que a filha de 12 anos estava sendo aliciada porque monitorava a rede social da menina. Ela conta que o pedófilo se apresentou como uma adolescente de 18 anos e ela aceitou a amizade porque tinha muitos amigos em comum. "Para a criança é uma fonte de referência. Estudou na mesma escola, conhece os amigos, os professores".
No início eram assuntos próprios para a idade. Em uma das conversas, o pedófilo conta que está com cólica e usa o tema para falar sobre virgindade. "Absorvente interno incomoda demais. Eu sou virgem ainda, fico com medo". Também pergunta sobre os namorados: "Você já fica? Eu comecei a beijar com 11 anos". Aos poucos, a adolescente vai contando intimidades e a suposta amiga pede para ela tirar o sutiã e mostrar o seio pela câmera do computador.
"A criança não denuncia, se sente culpada, sente preconceito de revelar isso para família e ser mal interpretada e acaba ficando em silêncio. Essa informação acaba não chegando para a polícia", explica o delegado da PF Roberto Camara.
A Polícia Federal conta com a parceria de polícias internacionais para troca de informações, porque muitas páginas com conteúdo pornográfico envolvendo crianças e adolescentes são desenvolvidas fora do país.
Em um ano e meio, no Brasil foram abertos 110 inquéritos, em média, por mês. Nesse período, 860 pessoas foram denunciadas à justiça e estão respondendo por crime de pedofilia. A juíza federal Simone dos Santos Fernandes explica que os pedófilos trocam fotos e vídeos pornográficos e conversam sobre a melhor maneira de se aproveitar da inocência das crianças.
"Existem realmente comunidades de pedófilos que tem todo um trabalho de como chegar até as crianças. Eles remetem muito material de pornografia para que aquela criança sinta que aquilo é uma coisa normal e que é feita por todas as crianças", diz a juíza.
A pesquisa do centro de estudo da Unesco mostra que apenas 8% dos pais acham que os filhos adolescentes possam ser alvo de assédio ou de outro tipo de constrangimento na internet.
Fonte: G1
A mãe descobriu porque o filho esqueceu a página aberta e denunciou à polícia. A família já sabe que o rapaz é um professor do menino que se passava por outra pessoa. "Ele tinha uma página falsa. A foto era falsa, o nome era falso quando conversava com o nosso filho", conta a mãe.
Quando a vítima é uma adolescente, os pedófilos costumam se apresentar como mulher. A mãe descobriu que a filha de 12 anos estava sendo aliciada porque monitorava a rede social da menina. Ela conta que o pedófilo se apresentou como uma adolescente de 18 anos e ela aceitou a amizade porque tinha muitos amigos em comum. "Para a criança é uma fonte de referência. Estudou na mesma escola, conhece os amigos, os professores".
No início eram assuntos próprios para a idade. Em uma das conversas, o pedófilo conta que está com cólica e usa o tema para falar sobre virgindade. "Absorvente interno incomoda demais. Eu sou virgem ainda, fico com medo". Também pergunta sobre os namorados: "Você já fica? Eu comecei a beijar com 11 anos". Aos poucos, a adolescente vai contando intimidades e a suposta amiga pede para ela tirar o sutiã e mostrar o seio pela câmera do computador.
"A criança não denuncia, se sente culpada, sente preconceito de revelar isso para família e ser mal interpretada e acaba ficando em silêncio. Essa informação acaba não chegando para a polícia", explica o delegado da PF Roberto Camara.
A Polícia Federal conta com a parceria de polícias internacionais para troca de informações, porque muitas páginas com conteúdo pornográfico envolvendo crianças e adolescentes são desenvolvidas fora do país.
Em um ano e meio, no Brasil foram abertos 110 inquéritos, em média, por mês. Nesse período, 860 pessoas foram denunciadas à justiça e estão respondendo por crime de pedofilia. A juíza federal Simone dos Santos Fernandes explica que os pedófilos trocam fotos e vídeos pornográficos e conversam sobre a melhor maneira de se aproveitar da inocência das crianças.
"Existem realmente comunidades de pedófilos que tem todo um trabalho de como chegar até as crianças. Eles remetem muito material de pornografia para que aquela criança sinta que aquilo é uma coisa normal e que é feita por todas as crianças", diz a juíza.
A pesquisa do centro de estudo da Unesco mostra que apenas 8% dos pais acham que os filhos adolescentes possam ser alvo de assédio ou de outro tipo de constrangimento na internet.
Fonte: G1
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contato: movimentocontrapedofiliamt@gmail.com