Padrasto acusado de matar e estuprar enteada é condenado

Sentença determinou que réu cumpra 34 anos e 9 meses.
Crime aconteceu em 2012 e acusado chegou a carregar caixão da vítima.
Do G1 Mogi das Cruzes e Suzano

O padrasto acusado de matar e estuprar a enteada em novembro de 2012 foi condenado nesta quinta-feira (24) por unanimidade a 34 anos e 9 meses de prisão. O julgamento aconteceu na tarde desta quinta (24) no Fórum de Suzano.
Fernanda Moral, de 11 anos, foi encontradamorta debaixo da cama da casa onde morava, no Jardim Colorado, em Suzano. Um laudo da polícia na época confirmou que ela tinha sofrido violência sexual. Quem encontrou o corpo foi a mãe a chegar do trabalho com o companheiro. Ele compareceu ao velório e chegou a carregar o caixão da vítima.
O acusado André Graciano de Souza só foi descoberto quando uma bolsa com uma faca e vestígios de sangue foi encontrada no bairro onde eles moravam. A família reconheceu os objetos como sendo do padrasto e ele confessou o crime.
O júri popular começou por volta das 14h desta quinta, o acusado respondia por homicídio duplamente qualificado e estupro de vulnerável. Das oito testemunhas, apenas duas prestaram depoimento e as outras foram dispensadas. A mãe da vítima foi a primeira a depor e na sequência o pai também deu o seu depoimento. Cada interrogatório durou cerca de meia hora. O réu, por fim, também falou e respondeu todas as perguntas, confessando novamente o homicídio porém negando o estupro. O promotor e o advogado falaram na sequência e o corpo de jurados seguiu para votação.
Antes do julgamento, parentes e amigos com camisetas com a foto de Fernanda Moral se reúniram na frente do fórum. "Ele foi muito cruel com a Nanda, ele foi muito ruim. Então se a senteça dele for 30 anos, ainda assim não vai pagar o que ele fez com a minha sobrinha. E eu sei que ele não vai cumprir os 30 anos. Se ele ficar em regime fechado já vai ser muito, ele já está cumprindo dois", diz a representante comercial Cristiane Pereira Moral, tia da vítima.
"Eu perdi um pedaço de mim, porque meus filhos que me completavam. Eu levantava todos os dias para trabalhar por causa deles, vivia por causa deles. E hoje eu só me levanto porque acho que Deus que me sustenta. Porque é muito difícil", lamenta a mãe Maria Aparecida de Souza.
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