- REDAÇÃO/NovidadesMT
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), foi recebido com vaias intensas durante sua fala em uma assembleia com representantes da Saúde na tarde desta segunda-feira (13). O encontro, realizado na Praça Alencastro, em frente à sede da Prefeitura, durou mais de duas horas e teve como foco a construção de uma proposta sobre o pagamento do adicional de insalubridade aos servidores municipais. Na ocasião, as categorias aprovaram um indicativo de greve.
A reação negativa do público ocorreu no momento em que o prefeito fez referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Brunini comentava sobre a tramitação de uma lei federal no Congresso Nacional sobre o tema da insalubridade quando citou o piso salarial da enfermagem.
“O piso da enfermagem quem deu foi o Bolsonaro. E o povo gravou um vídeo falando que uma coisa é o piso da enfermagem e outra coisa é outra coisa”, disse Brunini, enquanto as vaias ecoavam na praça. “Pode achar o que quiser, eu estou dizendo os fatos”, completou, tentando se sobrepor ao barulho.
Justificativa e Reação Política
Após a reação, o prefeito justificou o comentário, alegando que alguém na manifestação havia feito o gesto de um “L”, em alusão ao apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Se a maioria não gosta do Bolsonaro, logo é natural que a maioria não goste de mim. É natural. Estou em um ambiente onde a maioria é favorável a um espectro político. Está tudo certo. Mas eu quero falar com todos os servidores”, declarou.
Em seguida, Brunini questionou: “Não tem partido ideológico a bandeira da enfermagem, tem? A enfermagem tem partido? O técnico de enfermagem tem partido? Então, vamos continuar tratando nesse nível. Pode ser? Ótimo. Não, mas eu só fiz esse comentário porque a garota aqui na frente fez um L aqui na direção e tudo mais”.
Busca por Consenso e Ameaça de Greve
Ao longo da conversa, o prefeito ressaltou que o objetivo da reunião era buscar um “equilíbrio entre legalidade, responsabilidade fiscal e valorização do servidor público”. Ele destacou que até a próxima quarta-feira (15) será apresentada uma proposta consensual entre a Prefeitura e os representantes sindicais, para que um projeto de lei possa ser encaminhado à Câmara Municipal ainda nesta semana.
“Eu decidi vir conversar com os sindicatos, com os servidores. A gente continua divergente em diversas opiniões, mas o mais importante é que estamos construindo um diálogo. Talvez não saia o que o sindicato quer, talvez não saia o que eu queira, mas vamos achar um ponto de equilíbrio econômico e financeiro que seja a solução para esse caso”, afirmou Brunini.
A assembleia, no entanto, terminou com a aprovação, por parte dos servidores, de um indicativo de greve, acentuando a pressão sobre a administração municipal para que uma solução satisfatória seja encontrada para a questão da insalubridade. O prazo até quarta-feira será decisivo para evitar uma paralisação no setor. (com informações olhar direto)
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