SAN FRANCISCO, 29 Mai 2013 (AFP) - O Facebook anunciou que vai atualizar suas políticas e diretrizes relacionadas a conteúdo 'nocivo e de incitação ao ódio' depois de receber queixas por parte de uma campanha que acusa a rede social de permitir brincadeiras e comentários abusivos sobre estupros e abusos de mulheres.
O vice-presidente de política pública do Facebook, Marne Levine, afirma que a rede social 'completará a revisão e atualizará as diretrizes' em relação aos chamados discursos de incitação ao ódio e ressaltou que está buscando ajuda dos especialistas legais no tema, de grupos de mulheres e de outros grupos 'que enfrentaram historicamente a discriminação'.
'Nos últimos dias ficou claro que nossos sistema falhou em detectar e eliminar o discurso de incitação ao ódio e que não funcionou de forma tão efetiva quanto gostaríamos, particularmente em relação ao ódio baseado no gênero', afirmou o comunicado publicado por Levine na terça-feira.
'Em alguns casos, o conteúdo não está sendo eliminado tão rapidamente quanto gostaríamos. Em outros casos, o conteúdo deveria ser eliminado, mas não foi ou foi avaliado utilizando critérios antigos... Precisamos fazer isso melhor, e conseguiremos'.
O Facebook anunciou as mudanças uma semana após o início de uma campanha organizada pela ONG Women, Action & The Media, que acusa a rede social de 'ter permitido durante muito tempo conteúdos que apoiam a violência contra as mulheres'.
'Afirmam que estas páginas entram na categoria 'humorística' de suas políticas ou diretrizes ou que são mostras de 'liberdade de expressão'', afirmou o grupo em sua campanha
Depois do anúncio do Facebook, a organização interrompeu sua campanha.
'Estamos alcançando um ponto de inflexão internacional em atitudes de estupro e violência contra as mulheres', afirma Jaclyn Friedman, diretor-executivo do grupo.
'Esperamos que este esforço seja considerado um testemunho do poder das ações coletivas', completou.
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