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Dr. João cobra melhorias dos serviços da Energisa em Mato Grosso e respostas sobre prazos
A audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), na noite desta quinta-feira (2), em Tangará da Serra, colocou em debate os serviços prestados pela concessionária de energia elétrica no estado e a renovação do contrato de concessão, que expira em dezembro de 2027. O deputado Dr. João (MDB), um dos coautores do evento, cobrou melhorias da Energisa, principalmente no atendimento e respostas sobre prazos.
A audiência pública foi proposta também pelos deputados Chico Guarnieri (PRD) e Wilson Santos (PSD), e reuniu lideranças políticas, autoridades locais e a sociedade civil.
Logo no início, o deputado Dr. João destacou que o objetivo da audiência não é apenas apontar falhas, mas construir soluções. “Esperamos que daqui saiam propostas reais para garantir uma energia elétrica confiável e acessível para todos. A maior finalidade desta audiência hoje é ouvir quem está no dia a dia. A dona de casa, o empresário, todos que sabem a verdadeira realidade. Estamos aqui em defesa da sociedade de Mato Grosso”, afirmou.
Dr. João criticou o atendimento prestado pela concessionária e disse que a população não pede a saída da empresa, mas exige melhorias. “O que queremos é resposta para perguntas e prazos. O trifásico, por exemplo, é um pedido constante de prefeitos e vereadores de todo o estado. O atendimento está desumanizado e cada dia pior. Isso precisa ser melhorado. A palavra-chave é justamente esta: melhorar”, ressaltou.
A concessionária de energia atua em 12 estados do país e assumiu o contrato em Mato Grosso em 1997, com validade de 30 anos. Com a proximidade do fim da concessão, em 2026, a audiência buscou levantar subsídios para um relatório que será encaminhado aos órgãos federais.
O evento contou também com a participação do deputado Eduardo Botelho (União), do prefeito de Tangará da Serra, Vander Masson (União), do vice-prefeito Eduardo Sanches (PL), vereadores e demais autoridades.
Segundo Dr. João, a audiência marca um momento histórico para a região. “Mato Grosso precisa se preparar para o futuro. Temos uma população crescente, uma economia em expansão. Precisamos criar emprego, avançar, e isso só será possível com energia elétrica de qualidade, não só na cidade, mas também no campo”, concluiu.
Fonte: ALMT – MT
Dr. João pede Restaurante Popular e unidade do Ganha Tempo em Tangará da Serra
O deputado estadual Dr. João (MDB) apresentou duas indicações ao governo do estado, durante a sessão plenária desta quarta-feira (1º), voltadas a reforçar serviços essenciais em Tangará da Serra. As propostas pedem a implantação de um Restaurante Prato Popular (Indicação nº 5155/2025) e de uma unidade do Programa Ganha Tempo (Indicação nº 5156/2025) no município.
Segundo o parlamentar, o Restaurante Popular garantiria refeições balanceadas, preparadas por nutricionistas e vendidas a preços simbólicos, beneficiando principalmente famílias em situação de vulnerabilidade social. “Tangará é polo regional, e ter uma estrutura como essa é dar dignidade e segurança alimentar a quem mais precisa”, explicou.
Já a segunda indicação trata da instalação de uma unidade do Programa Ganha Tempo, que reúne em um só espaço serviços de diferentes órgãos públicos, reduzindo filas e burocracia. O pedido, apresentado a partir da reivindicação das vereadoras Dona Neide e Sandra Ferracin, busca atender os mais de 106 mil habitantes de Tangará, além da população das cidades vizinhas.
Dr. João destacou que o município, mesmo sendo o quinto mais populoso do Estado, ainda não conta com essa estrutura. “O Ganha Tempo já mostrou sua eficiência em várias cidades. Tangará, que é polo regional em comércio, serviços e agroindústria, precisa desse atendimento de qualidade, rápido e centralizado”, afirmou.
As indicações também contam com o apoio dos vereadores de Tangará da Serra e serão encaminhadas ao governador Mauro Mendes e aos secretários estaduais competentes.
Fonte: ALMT – MT
Projeto quer garantir fisioterapeuta em maternidades de Mato Grosso
Durante a sessão plenária da última quarta-feira (1º), o deputado estadual Paulo Araújo (PP) apresentou o Projeto de Lei nº 1547/2025, que torna obrigatória a presença de fisioterapeutas em maternidades, hospitais e instituições de saúde da rede pública e privada em Mato Grosso. A medida prevê a atuação desses profissionais de forma ininterrupta, garantindo cobertura de 24 horas.
De acordo com a proposta, os fisioterapeutas deverão estar disponíveis para prestar assistência em todas as etapas, do pré-parto ao puerpério, auxiliando na humanização do atendimento e na redução de complicações tanto para mães quanto para recém-nascidos. As instituições terão prazo de 180 dias para se adequarem à norma, caso seja aprovada.
Paulo Araújo destacou que a iniciativa está alinhada às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e às diretrizes do Ministério da Saúde sobre assistência obstétrica. “O parto é um dos momentos mais importantes na vida da mulher e precisa ser conduzido com respeito, acolhimento e qualidade técnica. O fisioterapeuta tem papel fundamental nesse processo, ajudando a reduzir dores, evitar intervenções desnecessárias e garantir mais segurança para mãe e bebê”, afirmou o parlamentar.
Ainda segundo o deputado, a inclusão desse profissional nas equipes multiprofissionais representa um avanço significativo na política de saúde do Estado. “Nosso objetivo é assegurar que todas as mulheres de Mato Grosso tenham direito a uma assistência humanizada, baseada em evidências científicas, que contribua para diminuir a morbimortalidade materna e neonatal. Esse é um compromisso com a vida e com a dignidade das famílias”, completou Araújo.
Tramitação – O projeto segue em tramitação na Assembleia Legislativa e será analisado pelas comissões temáticas antes de ir a votação em plenário.
Fonte: ALMT – MT
AGENDA FRUSTRADA: Recomposição salarial emperra por inércia da Seduc-MT na gestão das verbas da educação
- Sintep-MT
Apesar da agenda frustrada na reunião marcada nesta quinta-feira (02/10) pela ausência do secretário de Estado de Educação, Alan Porto, o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), retomou o diálogo com o órgão central da educação.
Na reunião feita entre o presidente da entidade, Henrique Lopes, e mais quatro dirigentes, com a secretária adjunta de Gestão de Pessoas, Lucimeire Alves Cassiano, e sua equipe, foram tratados temas como concurso público para todos os cargos da carreira; processo de atribuição de aulas/classes; e, a recomposição salarial mínima de 19,52%.

Conforme Henrique Lopes, os temas foram colocados na mesa, e a posição do sindicato em relação a cada tema foi apresentado. “Quando o assunto é revisão geral anual, as perdas são de 19,52%, porém são ainda maiores para os profissionais da educação. A política adotada por este governo, que criou a jornada de 40 horas, tirou o piso da referência das 30 horas. Nesse cenário o impacto de perdas é de 32,57%. É esse o debate a se fazer com o governo, considerando as receitas da educação e o quadro de pessoal de manutenção”, destaca o dirigente
A vice-presidente do Sintep-MT, María Celma Oliveirah, lembrou que a adoção de uma política salarial vinculada à Gratificação por Resultados tem penalizado profissionais que contribuíram com a educação do estado e que estão de fora de qualquer medida de valorização, como no caso os aposentados, licenciados. Além disso, ainda sofrem com o confisco da aposentadoria e são levados a armadilhas para ajustar a renda, como os consignados ofertados pelo governo.
A apresentação da pauta e as respostas da Seduc-MT evidenciaram a concepção de educação implementada pelo governo. A secretária de Políticas Educacionais do Sintep-MT e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Guelda Andrade, ressaltou que os desafios vivenciados atualmente pela categoria tem relação direta com a concepção de educação adotada pela gestão estadual, conceituada como educação bancária, desvinculada de uma formação crítica.
Para o presidente Henrique Lopes, o momento é frustrante do ponto de vista das expectativas da categoria. “A gente espera que a Seduc, sendo a casa dos trabalhadores da educação, possa adotar uma postura firme diante do governo do Estado.
Estiveram ainda acompanhando o debate o secretário adjunto de Formação Sindical, Gibran Freitas, a secretária geral do Sintep-MT, Ester Assalin, e outros dez dirigentes do Sintep-MT.

ALMT instala Câmara Setorial Temática para investigar falhas na proteção a mulheres
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) instalou nesta sexta-feira (3) a Câmara Setorial Temática (CST) que vai estudar e debater a responsabilidade do poder público na defesa e proteção da vida das mulheres. A iniciativa, proposta pela deputada Edna Sampaio (PT), terá duração de 180 dias para apresentar um relatório com diagnósticos e recomendações.
A deputada estadual Edna Sampaio (PT) afirmou que a CST terá como foco investigar a execução do orçamento público destinado às políticas de enfrentamento à violência contra a mulher. Segundo ela, a comissão vai analisar desde o financiamento até a implementação de programas, projetos e equipamentos oferecidos pelo governo estadual, além de mapear os serviços existentes em alguns municípios de Mato Grosso, de forma demonstrativa.
“A ideia é compreender como cada gestão municipal tem se estruturado para atender às mulheres em situação de vulnerabilidade”, informou a deputada ressaltando que o trabalho abrangerá a análise dos mecanismos de cooperação entre o Estado e os municípios, previstos na Constituição Federal, como financiamento, apoio técnico e capacitação de agentes públicos.
“A sociedade terá papel ativo no processo, por meio de debates locais que irão subsidiar o diagnóstico final da comissão. Queremos envolver a população na construção de soluções, garantindo que esse enfrentamento ao feminicídio seja uma pauta compartilhada e efetiva”, disse Sampaio.
De acordo com a parlamentar, a CST deve servir como plataforma de mobilização política e social em torno do enfrentamento ao feminicídio, reforçando que a pauta precisa ser compreendida como responsabilidade de toda a sociedade.
Foto: ANGELO VARELA / ALMT
“Embora a CST não tenha poder de convocação, como ocorreria em uma CPI, o grupo vai trabalhar com dados públicos de Mato Grosso, da União e dos municípios, além de, em casos específicos, coletar informações primárias por meio de entrevistas com famílias de vítimas”, disse Sampaio.
A procuradora e subprocuradora especial da Mulher da Assembleia Legislativa, Francielle Brustolin, afirmou que a instituição está de portas abertas para acolher qualquer mulher em situação de violência. “O compromisso da Assembleia é contribuir com todas as medidas possíveis e, quando necessário, buscar soluções até mesmo para o que muitos consideram impossível”, disse Brustolin.
A vice-prefeita de Cuiabá, Vânia Rosa, afirmou durante sua fala a urgência de políticas preventivas no enfrentamento ao feminicídio. Ela ressaltou que, como representante da capital de um estado que lidera os índices de mortes violentas de mulheres, não pode se esquivar dessa missão. Vânia defendeu que, além da produção de dados e relatórios, é preciso agir de forma imediata para salvar vidas e evitar a repetição dos mesmos números nos próximos anos.
“As mulheres estão morrendo e as famílias estão sendo desfeitas. Isso é grave, gera impactos sociais e também econômicos. Precisamos parar de cuidar apenas das vítimas e investir na prevenção para que elas não aconteçam”, afirmou Vânia Rosa.
A suplente de deputada, Sheila Klener, destacou a importância da união entre política e academia no enfrentamento à violência contra a mulher em Mato Grosso. Em sua fala, ela afirmou estar presente não apenas por suas quatro sobrinhas, mas também pelas filhas de amigas e por todas as mulheres do estado, defendendo que políticas públicas precisam ser construídas com base em ciência, técnica e conhecimento histórico, e não em achismos.
“A CST não é contra o governo do Estado de Mato Grosso. Isso aqui é para ajudar, porque ninguém consegue sozinho. A gente sabe que a Secretaria de Segurança Pública tem sucesso porque vai lá e prende. Porque é muito fácil. Quem cometeu é o tio, é o pai, é o marido, é o namorado. A gente não quer que chegue a isso. Chega de mulheres mortas por feminicídio”, disse Klener.
A vice-presidente da CST e defensora pública, Rosana Leite, afirmou que a defensoria terá um papel fundamental nos trabalhos da câmara de enfrentamento ao feminicídio instalada na Assembleia Legislativa. Segundo ela, a instituição atua diretamente no combate à violência de gênero, prestando apoio às vítimas e a seus familiares, além de preservar a memória das mulheres assassinadas nos processos judiciais.
“O papel da Defensoria Pública é de extrema importância justamente porque nós fazemos parte da rede de atenção às mulheres no enfrentamento a essa violência, segundo o artigo 8º da Lei Maria da Penha, não há rede sem Defensoria Pública. O papel é contribuir no enfrentamento à violência de gênero”, explicou Rosana Leite.
A Câmara contará com um grupo executivo formado por seis mulheres, que serão responsáveis pela construção da metodologia e pela elaboração dos relatórios. Além de Edna Sampaio, a vice-presidente será ocupada pela defensora pública, Rosana Leite; a professora da pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Silvana Maria Bittencourt, como 1ª relatora, e a promotora Claire Vogel Dutra, coordenadora do Núcleo de Enfrentamento à Violência Doméstica da Capital e do Observatório Caliandra, que atuará como 2ª relatora.
O Grupo Executivo ficará responsável por planejar pesquisas, definir o calendário, elaborar materiais e coordenar as convocações, além de sistematizar os resultados e produzir os diagnósticos finais.
Agenda – A Câmara Setorial Temática terá 180 dias de prazo, prorrogáveis, entre outubro de 2025 e março de 2026, para desenvolver seus trabalhos, que incluem a realização de dois seminários temáticos com participação de membros e convidados, além da produção de relatórios parciais. A agenda prevê ainda rodas de conversa com a sociedade, reuniões semanais da equipe de coordenação e uma audiência pública final, momento em que será apresentado o Relatório Final com as conclusões dos debates e estudos realizados.
O produto final dos trabalhos da CST será apresentado em Plenário, de um relatório conclusivo que trará um quadro diagnóstico detalhado sobre as causas institucionais do feminicídio no estado. O documento apontará falhas estruturais, áreas que demandam maiores investimentos e apresentará indicativos para a formulação de políticas públicas voltadas à prevenção da violência, à promoção da cidadania das mulheres e à atenção às vítimas, além de propor encaminhamentos para propostas legislativas.
Fonte: ALMT – MT
SAUDADE DA SENZALA: A distância entre o governador e o feitor de senzala é apenas a lei que lamenta ter que obedecer
- REDAÇÃO/NovidadesMT
O ditado bíblico ensina que “a boca fala do que o coração está cheio”. Na quinta-feira (02.10), durante a Conferência Recupera no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, o governador Mauro Mendes (União) ofereceu uma janela transparente para seu íntimo ao comentar sobre o trabalho de presos em obras públicas.
Ao ser questionado sobre o uso da mão de obra carcerária para reduzir o déficit que atrasa obras como o BRT, Mendes não hesitou: “Eu, governador, não posso pegar o cara lá e dar uma chibatada nele. Se pudesse, talvez seria bom, mas não podemos fazer isso”.
A frase, aparentemente casual, carrega um peso histórico incômodo. A referência ao chicote – instrumento de tortura emblemático da escravidão – não surgiu por acaso. Revela uma mentalidade que enxerga a coerção física como solução desejável, apenas impedida por “detalhes” legais e civilizatórios.
Como um feitor que lamenta as limitações da modernidade, o governador deixa claro: a vontade existe, só falta a permissão. É a ideologia autoritária de extrema-direita despida de eufemismos, expressa na lógica simples de quem vê pessoas privadas de liberdade não como cidadãos em processo de ressocialização, mas como corpos que deveriam estar disponíveis para exploração compulsória.
Mendes ainda reclamou que apenas 250 presos trabalham voluntariamente – entre 10% e 15% do total. Para ele, o problema é a “falta de interesse dos detentos” e a “sensação de impunidade”. A ironia é reveladora: respeitar o direito ao trabalho não-compulsório, garantido por lei, é interpretado como “estar à mercê da vontade” do preso.
A declaração não é um deslize. É confissão. Quando alguém manifesta que “se pudesse” usaria violência física como método de gestão, está dizendo exatamente quem é. O governador apenas esqueceu, por um momento, que certas verdades do coração deveriam permanecer guardadas – especialmente quando ecoam senzalas.

















