Cobradores que não trabalham mais estão inclusos na planilha da passagem
Mary Juruna/MidiaNews
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Tarifa de ônibus em Cuiabá volta a ser questionada; vereador denuncia MTU ao MPE
LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
O vereador Dilemário Alencar (PTB) vai denunciar ao Ministério Público Estadual (MPE) a Associação Mato-grossense de Transportadores Urbanos (MTU), que, segundo ele, estaria incluindo cobranças indevidas na planilha de formação do preço da tarifa de transporte coletivo em Cuiabá.DA REDAÇÃO
O principal problema, de acodo com o vereador, está na inclusão de cobradores na planilha, quando eles já não atuam mais dentro dos ônibus.
O último aumento foi em dezembro de 2012, quando a passagem de ônibus subiu de R$ 2,70 para R$ 2,95.
Há cerca de 15 dias, o prefeito Mauro Mendes (PSB) decretou redução de R$ 0,10 na tarifa, passando para R$ 2,85, em função de isenção de impostos concedida pelo Governo Federal.
“Os empresários demitiram mais de 600 cobradores, entre agosto e novembro de 2012, e logo em seguida houve o aumento da tarifa. Vou fazer uma denúncia ao Ministério Público entregando a Planilha de Cálculo Tarifário, onde está claramente demonstrado que no preço vigente estão inclusos os custos com salários e encargos sociais dos cobradores. Manter o valor da atual tarifa configura enriquecimento sem causa por parte dos empresários, pois a economia que eles estão tendo com a demissão dos cobradores é de aproximadamente R$ 8,5 milhões por ano”, afirmou.
"Manter o valor da atual tarifa configura enriquecimento sem causa por parte dos empresários, pois a economia que os empresários estão tendo com a demissão dos cobradores é de aproximadamente R$ 8,5 milhões por ano"
Dilemário encaminhou ao MidiaNews uma cópia da planilha entregue pela MTU, que aponta que as empresas estão cobrando por salários, benefícios, encargos, uniformes, café da manhã e vale-gás para 413 cobradores.
Porém, segundo informações do próprio presidente da MTU, Ricardo Caixeta, atualmente, as empresas de ônibus da Capital operam com cerca de 270 cobradores vendendo cartões nas ruas.
Em entrevista nesta semana, o presidente da MTU afirmou que o valor da passagem está defasado e que deveria custar R$ 3,01, atualmente.
De acordo com ele, com os projetos de lei aprovados pelos vereadores na semana passada, o valor da passagem teria que subir para R$ 3,41.
Entre as leis aprovadas, estão a obrigatoriedade de aceitar pagamento em dinheiro nos ônibus e a proibição de o motorista cobrar a passagem, ambas de autoria de Dilemário. Na prática, elas instituem a volta dos cobradores ao sistema.
“Falar em aumento da tarifa devido à volta dos cobradores é tentar enganar e afrontar o povo cuiabano, pois o aumento que elevou o preço da tarifa de R$ 2,70 para R$ 2,95 em dezembro de 2012 ocorreu com os valores dos salários e benefícios trabalhistas dos cobradores inclusos na planilha de custos aprovada pelo Conselho Municipal de Transporte. O presidente da MTU sabe muito bem que foi essa planilha que justificou o aumento. É muita falta de sensatez defender aumento na tarifa neste momento que o país atravessa”, afirmou o petebista.
O vereador Allan Kardec (PT) também questionou o valor cobrado, atualmente, pela passagem e a inclusão dos salários de cobradores que não existem dentro dos ônibus na planilha que, segundo ele, está “repleta de irregularidades”.
“O cálculo que autorizou o aumento da tarifa é um escândalo nacional e a equipe de transição do prefeito Mauro Mendes permitiu isso. Porque eles já sabiam que não existiam mais de 300 cobradores, mas lá na planilha constavam salários dos cobradores, gastos com cafezinho, cesta básica, auxílio gás e uniforme dos funcionários”, afirmou o petista.
O vereador Arilson da Silva (PT) foi outro que criticou as declarações de Ricardo Caixeta.
“Do jeito que ele falou, parece que o único problema do transporte em Cuiabá são os cinco projetos aprovados na Câmara. Falta de ar-condicionado, stress dos motoristas com trânsito e obras da Copa não são nada. É lamentável ver alguém dizendo que o povo vai sofrer, agora que conseguimos aprovar cinco projetos importantíssimos para a sociedade”, declarou.
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Uma grande confusão está armada entre Jorge Kajuru e Boris Casoy. Tudo começou quando Boris afirmou em um vídeo no Youtube que Kajuru recebia dinheiro ilegal do bicheiro Carlinhos Cachoeira: “Esse moleque chamado Kajuru, não sei que nome estranho é esse… Esse moleque não tem o direito de criticar ninguém… antes de explicar para a população, antes de explicar para os seus telespectadores, porque ele telefonava para o bicheiro Cachoeira pedindo dinheiro… Que dinheiro ? Que favores ele prestou pro Cachoeira para telefonar e pedir dinheiro ? Tá aí, tão ai as gravações dele pedindo dinheiro, insistentemente, para o bicheiro Cachoeira… Coisa boa, não é…”. A resposta de Kajuru foi imediata: "Você chegar no Youtube e me chamar de pobre coitado, você não está me ofendendo, Boris.




