Gisa Barros se destaca na Câmara com postura firme, independente e em defesa da população

Vereadora mantém coerência, fiscaliza o Executivo e se posiciona contra o inchaço da máquina pública

João Batista destaca atuação de Daniel Monteiro: “O vereador mais técnico e atuante de Mato Grosso”

vereador Daniel Monteiro, que vem se destacando por uma postura independente, técnica e coerente, especialmente nas discussões sobre políticas públicas e responsabilidade fiscal.

Ativista João Batista exalta Antonio Joaquim como patrimônio da educação em MT: “Referência ética, técnica e humana”

Professor e defensor dos direitos da infância destaca atuação exemplar do conselheiro do TCE-MT, que articula investimento histórico de R$ 120 milhões em creches no estado

Senado cassa mandato de Demóstenes Torres

Ele perdeu o mandato sob acusação de envolvimento com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Cassação foi aprovada com 56 votos
11/07/2012 | 13:28Gazeta do Povo, com agências
Senado Federal cassou, no início da tarde desta quarta-feira (11), o mandato do senador Demóstenes Torres (sem partido - GO), acusado de envolvimento de envolvimento com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A cassação foi aprovada com 56 votos favoráveis e 19 contrários, além de 5 abstenções.
Marcos Oliveira/Agência Senado
Marcos Oliveira/Agência Senado / O senador chegou ao Senado, para a sessão que irá decidir seu futuro, acompanhado do advogadoAmpliar imagem
O senador chegou ao Senado, para a sessão que irá decidir seu futuro, acompanhado do advogado
A votação, que foi secreta, ocorreu após exposição dos relatores do Conselho de Ética e da Comissão de Constituição e Justiça, dos senadores que pediram a palavra e do acusador, senador Randolfe Rodrigues (AP), que representou o PSol, partido autor da ação que pedia a cassação. Demóstenes e advogado dele também usaram a palavra, para se defender das acusações.
Enquete publicada ontem pelo jornal Folha de S.Paulo com 76 dos 81 senadores em exercício mostrou que 52 deles são favoráveis à cassação. Outros 24 não quiseram se manifestar. Nenhum dos entrevistados disse que votaria pela absolvição.
Há duas semanas, a Gazeta do Povo ouviu os três senadores paranaenses sobre o caso. Alvaro Dias (PSDB), Sérgio Souza (PMDB) e Roberto Requião (PMDB) declararam que iriam votar pela cassação.
Suplente de Demóstenes Torres omitiu bens ao TSE
Em vias de assumir o mandato de senador, após a cassação de Demóstenes, o primeiro suplente Wilder Pedro de Morais(DEM-GO) omitiu boa parte de seus bens na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Wilder é um dos empresários mais ricos de Goiás e foi o segundo maior doador da campanha de Demóstenes em 2010, com R$ 700 mil repassados oficialmente por meio de duas de suas empreiteiras.
Registros da Junta Comercial de Goiás mostram que Wilder é sócio-proprietário de 24 empresas. Na declaração de bens ao TSE - o patrimônio declarado é de R$ 14,4 milhões - são listadas 15 empresas.
Informações da Receita Federal apontam que pelo menos oito empreendimentos ausentes da declaração de patrimônio foram constituídos antes das eleições de 2010 e, portanto, deveriam ter sido informados ao TSE. É o caso de dois shopping centers: o Bouganville (Nove Administração e Participações), em Goiânia, e o Brasil Park (Brasil Park Participação e Investimentos), em Anápolis. Wilder aparece como o empreiteiro responsável pelos centros de compra desde as respectivas inaugurações, em 2006 e 2007. Nem os nomes das duas empresas nem o CNPJ delas aparecem na declaração ao TSE, mas apenas a Orca Construtora, que fez parte dos investimentos nos shopping centers.
Também ficaram fora da prestação de contas de Wilder Morais três empresas de prestação de serviços funerários, duas delas constituídas antes de 2010 (uma em 2004 e outra em 1995). Neste ano, o primeiro suplente passou a ser sócio de um cemitério em Goiânia. Wilder é dono ainda de empresas do ramo agropecuário, de fabricação de estruturas metálicas, loteamento, incorporação de imóveis, estacionamento e consultoria em gestão empresarial, boa parte delas ausente da declaração apresentada ao TSE. Voltar
Sessão que cassou Demóstenes Torres

Senado cassa mandato de Demóstenes Torres

Do UOL, em São Paulo e Brasília
  • Marcos Oliveira/Agência Senado
    Demóstenes Torres chega ao Senado para acompanhar a votação que cassou seu mandato
    Demóstenes Torres chega ao Senado para acompanhar a votação que cassou seu mandato
O Senado cassou nesta quarta-feira (11) o mandato de Demóstenes Torres (ex-DEM-GO, atualmente sem partido) por quebra de decoro parlamentar. A cassação veio pouco mais de quatro meses após a prisão do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, em uma operação da Polícia Federal que investigou as relações do bicheiro com vários políticos, policiais e empresários.
Foram 56 votos a favor da cassação, 19 votos contra, 5 abstenções e 1 ausência. Eram necessários 41 votos para que a cassação fosse aprovada.
A sessão do Senado que cassou o mandato de Demóstenes começou às 10h10 e durou pouco mais de três horas. 
Com a cassação, o ex-líder do DEM fica inelegível até 2027 (oito anos após o fim da legislatura para o qual foi eleito), quando terá 66 anos. Além disso, ele perde o foro privilegiado e seu processo poderá deixar de ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal para ser julgado apenas pela Justiça Federal de Goiás.
A trajetória do então senador era marcada por críticas pesadas a políticos desonestos. Demóstenes era um dos primeiros parlamentares a criticar a falta de ética de colegas e de membros do governo.
Sobre Renan Calheiros, por exemplo, o goiano disse: "É intolerável sob qualquer critério que o presidente utilize a estrutura funcional do Congresso para cometer crimes", criticando o colega acusado de cometer irregularidades em 2007.
Nem seu próprios companheiros de partido eram poupados. "Defendo sempre a expulsão sumária", disse o então senador Demóstenes Torres sobre o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, envolvido em 2009 no escândalo do mensalão do DEM.

Sessão de cassação

A sessão do Senado que culminou na cassação começou às 10h desta quarta-feira. O primeiro a discursar na tribuna foi o senador Humberto Costa (PT-PE), que foi relator do caso no Conselho de Ética e encaminhou seu parecer pela cassação de Demóstenes. Depois dele, falou senador Pedro Taques (PDT-MT), que foi relator na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça do Senado). Após a fala dos dois, discursaram os demais parlamentares que se inscreverem, começando pelo senador Mário Couto (PSDB-PA).
Em sua defesa, tanto Demóstenes quanto seu advogado criticaram a imprensa. "Hoje cai o rei de espadas, cai o rei de ouros, cai o rei de paus, não fica nada", disse Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), lembrando Ivan Lins, ao falar na tribuna do Senado nesta quarta-feira (11). Alvo de processo de cassação no Conselho de Ética da Casa, o parlamentar se comparou a Jesus Cristo, disse que foi perseguido como "um cão sarnento" e afirmou que a Casa praticará política de dois pesos e duas medidas se o cassar, já que sua situação é similar à do relator de seu processo, Humberto Costa (PT-SE).
Em seu discurso, Demóstenes lembrou que o relator de seu caso no Conselho de Ética, Humberto Costa (PT-PE), foi acusado de envolvimento na máfia dos Sanguessugas –esquema de liberação de emendas para a compra superfaturada de ambulâncias– quando era ministro da Saúde.

Baluarte da ética

Procurador de Justiça, professor universitário, jornalista, advogado, presidente do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de Justiça, secretário de Segurança Pública e Justiça de Goiás, senador, líder de partido e, finalmente, suspeito de ser membro de um esquema de corrupção ligado ao jogo. A trajetória de Demóstenes Torres foi meteórica. Oposicionistas o consideravam um bom candidato a vice-presidente em 2014. Governistas o respeitavam. Hoje, ele deixa a arena política pelos mesmos vícios que já apontou em colegas que nunca se afastaram do poder.
Aos 51 anos de idade, era também presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado – a mais importante da Casa. Participou da formulação do novo Código Penal e foi um dos mais incisivos parlamentares a cobrar investigações sobre seus colegas José Sarney (PMDB-AP), Renan Calheiros (PMDB-AL), entre outros. Elegeu-se pela primeira vez apenas em 2002, pelo PFL (atual DEM). Tentou o governo de Goiás em 2006, mas acabou com apenas 3,5% dos votos na eleição vencida por Alcides Rodrigues (PP), aliado de seu maior rival político, o atual governador Marconi Perillo (PSDB). Foi reeleito senador em 2010 pelo DEM.
Nas propostas legislativas, era um dos senadores mais produtivos da Casa: apresentou mais de mil projetos. Foi várias vezes incluído na lista de "Cabeças do Congresso" pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). A revista “Época” chegou a elegê-lo, em 2009, como uma das cem maiores personalidades do país. O site Congresso em Foco, com base em entrevistas de jornalistas, o colocou como o oitavo melhor parlamentar de 2011, somando todos os senadores e deputados federais. Era, junto do presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), a principal figura do partido oposicionista, até que pediu desfiliação da sigla, em abril, acusando o partido de ter feito um pré-julgamento sobre seu caso.
Nas últimas eleições, declarou um patrimônio modesto à Justiça Eleitoral: R$ 374,9 mil em seis bens (duas aplicações, duas contas bancárias, um carro Captiva Sport ano 2009 e uma participação societária no valor de R$ 200 mil).

Polêmicas de Demóstenes

Em seu primeiro mandato no Senado, o senador se disse vítima de um grampo ilegal em 2008 que teria flagrado uma conversa dele com o então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. O grampo, relacionado à Operação Satiagraha da Polícia Federal, nunca foi confirmado. Um ano antes, acusou o peemedebista Renan de estar "em um chiqueiro" após denúncias de que o senador pagava pensão a uma amante com dinheiro de um lobista de empreiteira.
Em 2009, pediu que Sarney renunciasse à presidência do Senado em meio às suspeitas de que o ex-presidente tivesse feito tráfico de influência no cargo e sido complacente com corrupção em sua gestão. Chamou Perillo, ex-colega de Casa, de "mentiroso" e "ladrão". Também sugeriu a saída do Conselho de Ética do Senado ao suplente de suplente Paulo Duque (PMDB-RJ), que arquivou uma série de representações contra Sarney.
Apesar de vários senadores já terem protagonizado denúncias de quebra de decoro parlamentar, a cassação de Demóstenes é apenas a segunda do Senado brasileiro – antes dele, apenas Luiz Estevão (DF) foi cassado, em 2000, e perdeu os direitos políticos até 2014. Em outras quatro ocasiões, processos que tramitaram no conselho levaram à renúncia de senadores – três deles eram presidentes do Senado. A maior parte das denúncias, no entanto, foram arquivadas.

Quatro meses de investigações

A saga que levou à cassação de Demóstenes começou no final de fevereiro, quando o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira foi preso pela Polícia Federal sob acusação de exploração de jogos ilegais. O bicheiro ficou conhecido em 2004 após divulgação de vídeo que o flagrou oferecendo propina a Waldomiro Diniz, ex-assessor de José Dirceu.

VEJA A CRONOLOGIA SOBRE AS DENUNCIAS ENVOLVENDO DEMÓSTENES TORRES


Urgente! Senador Demostenes Torres foi caçado com 56 votos

O senador Demóstenes Torres (sem partido-G0) teve seu mandato cassado em sessão no Senado nesta quarta-feira, por 56 votos a 19, com cinco abstenções, por envolvimento com o contraventor Carlinhos Cachoeira.
A votação ocorreu após o pronunciamento dos relatores do processo - Humberto Costa (PT), no Conselho de Ética, e Pedro Taques (PDT), na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania – e do discurso de acusação, feito por Randolfe Rodrigues, líder do Psol, partido que apresentou representação para a abertura do processo.
Os senadores João Capiberibe (PSB), Antônio Valadares (PSB) e Ana Amélia (PP) foram à tribuna para criticar o voto secreto.
Demóstenes teve 35 minutos para apresentar sua defesa, que foi precedida por um discurso de seu advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. O senador comparou seu julgamento ao de Jesus Cristo e pediu que seus pares no Senado não lavassem as mãos em relação ao seu caso e o deixassem ser julgado pela poder judiciário e pelo povo do seu estado. "Porque a minha cabeça tem que rolar? Eu provei aqui várias vezes que sou inocente", disse no plenário.
Pela lei da Ficha Limpa, o ex-líder do DEM ficará inelegível até 2027 (oito anos após o fim da legislatura para o qual foi eleito), quando terá 66 anos. Fonte: Exame.com

Julgamento de Demóstenes Torres no Senado

Julgamento de Demóstenes Torres no Senado

Nesta quarta feira, o Senado realiza plenária que decide a cassação do mandato do senador Demóstenes Torres. Confira as imagens:
Senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) durante votação que decide a perda de seu mandato
Senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) durante votação que decide a perda de seu mandato - Geraldo Magela/Agência Senado

Comentários


comentar
Aprovamos comentários em que o leitor expressa suas opiniões. Comentários que contenham termos vulgares e palavrões, ofensas, dados pessoais(e-mail, telefone, RG etc.) e links externos, ou que sejam ininteligíveis, serão excluídos. Erros de português não impedirão a publicação de um comentário.
» Conheça as regras para aprovação de comentários no site de VEJA

Sarney anuncia o início da votação

Conforme o rito anunciado no início dos trabalhos, o presidente do Senado, José Sarney, acaba de abrir o processo de votação concernente ao projeto de resolução que pede a cassação do senador Demóstenes Torres.

Agora, cada parlamentar digitará num teclado situado diante de sua cadeira se vota a favor, contra ou se abstém-se de votar.

Daqui a pouco, as somas desses votos, sem a identificação dos votantes, aparecerão nos painéis situados no plenário. E Sarney anunciará os resultados. Ao lado de seu advogado, Antonio Carlos de Almeida Castro, Demóstenes aguarda a votação sentado numa das primeiras fileiras do plenário.

*Fonte: Agência Senado

Ex-marido de mulher de Cachoeira deve assumir vaga de Demóstenes

Morais é secretário de Infraestrutura de Goiás. Foto: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Infraestrutura de Goiás / Divulgação
Morais é secretário de Infraestrutura de Goiás
Foto: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Infraestrutura de Goiás / Divulgação

MIRELLE IRENE
Direto de Goiânia
Com a cassação do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), quem deve assumir a vaga no Senado é o empresário da construção civil Wilder Pedro de Morais (DEM), o primeiro-suplente. Engenheiro de 44 anos, Morais ocupa pela primeira vez um cargo público: desde 2011, é secretário de Infraestrutura do Estado de Goiás, função para o qual foi convidado pessoalmente pelo governador Marconi Perillo (PSDB). Morais é ex-marido da atual mulher do bicheiro Carlinhos Cachoeira, Andressa Mendonça.
Natural de Taquaral de Goiás, na região central do Estado, Wilder nasceu em uma família humilde de agricultores. Sua trajetória profissional, no entanto, o transformou em um empresário milionário. Seu patrimônio declarado à Justiça Eleitoral, quando concorreu nas eleições de 2010, era de R$ 14,4 milhões.
Após iniciar carreira na empresa Construsan, de Goiânia, onde ficou por 11 anos e chegou a diretor-presidente, Morais fundou em 1997, com dois amigos de faculdade, a primeira empresa do Grupo Orca Construtora, que atua hoje no Brasil e no exterior. A companhia constrói e aluga, por exemplo, lojas para hipermercados de redes como o Carrefour. Os negócios de Morais ainda abarcam diversificados empreendimentos, como mineração, incorporação de construtoras, participação na construção de shoppings, entre outros.

Veja a trajetória do senador cassado Demóstenes Torres

Ele foi acusado de usar mandato para favorecer Carlinhos Cachoeira.
Plenário do Senado aprovou cassação do mandato nesta quarta-feira (11).

Do G1, em São Paulo
Comente agora
Sneador Demóstenes Torres faz último discurso antes da votação do pedido de cassação do seu mandato (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)Sneador Demóstenes Torres faz último discurso
antes da votação do pedido de cassação do seu
mandato (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
Demóstenes Lázaro Xavier Torres, que teve omandato cassado pelo Senado nesta quarta-feira (11), nasceu em Anicuns (GO) e atuou como professor e revisor de jornal. Formado em direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Goiás, ele exerceu a profissão por pouco tempo e se especializou em direito penal e direito processual penal.
Em 1983, ele integrou o Ministério Público (MP) de Goiás e hoje está licenciado do cargo de procurador.
Exerceu por duas vezes a Presidência do Conselho Nacional de Procuradores Gerais de Justiça do Brasil. Convidado, em 1999 aceitou o comando da Secretaria da Segurança do Estado de Goiás, no mandato do governador Marconi Perillo (PSDB), entre 1999 e 2002.
Filiado ao Democratas (DEM), foi eleito senador da República em 2002 com 1,2 milhões de votos. Ele concorreu ao governo de Goiás em 2006, mas obteve 3,5% dos votos, ocupando a quarta posição no pleito.
SaúdeEm janeiro de 2009, Demóstenes passou por uma cirurgia para tratamento de diabetes tipo dois no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O procedimento teve como objetivo a estimulação da secreção de insulina pelo pâncreas a partir de hormônios produzidos pelo aparelho digestivo. Na operação, uma parte do estômago dele foi reduzida, mas não com a finalidade de emagrecimento.
Em janeiro deste ano Demóstenes voltou a se internar no Hospital Albert Einstein. Ele passou por cirurgia plástica com o objetivo de tirar excesso de pele da papada e da barriga.
Carreira política
Em fevereiro de 2009 assumiu a presidência da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Em seu mandato, ficou conhecido como um defensor do endurecimento do sistema penal brasileiro. Entre os principais processos em que foi relator no Senado está o que reduzia a maioridade penal de 18 para 16 anos e o que resultou na Lei da Ficha Limpa. Ele também integrou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia.
Reeleito para o Senado em 2011, em março de 2011 assumiu a liderança da bancada do partido no Senado, substituindo José Agripino Maia. Em 15 de julho de 2011, se casou com a advogada Flávia Coelho.
Denúncias
O senador cassado foi alvo de denúncias segundo as quais usou o mandato para atender a interesses do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal sob a acusação de comandar um esquema de jogo ilegal em Goiás. Cachoeira foi preso em fevereiro, e logo surgiram as primeiras informações sobre o envolvimento do senador com o contraventor.
Saída do DEM
Em 27 de março deste ano, Demóstenes anunciou o afastamento da liderança em carta enviada ao presidente nacional do DEM, José Agripino Maia. No documento, ele se afasta da liderança do partido.
Em 2 de abril foi aberto processo para expulsão de Demóstenes do partido, mas no dia seguinte ele anunciou sua saída do DEM, entregando a carta de desfiliação para Agripino Maia.
Em 29 de maio, Demóstenes prestou depoimento durante cinco horas no Conselho de Ética do Senado. Ele negou que tenha usado seu mandato para favorecer Cachoeira. Em discurso e após ser interrogado por parlamentares, ele voltou a afirmar que é amigo do bicheiro e admitiu que o contraventor pagava sua conta de celular, mas negou que tivesse conhecimento de irregularidades cometidas por ele.

Por 56 votos a 19, Demóstenes se torna o 2º senador da história cassado pelo Senado


O senador Demóstenes Torres teve hoje o mandato cassado por 56 votos a favor, 19 contra e 5 abstenções. A votação foi secreta e os senadores foram proibidos de revelar o voto. Demóstenes Torres se tornou o segundo parlamentar, em 188 anos de história, a ser excluído do Senado pelos próprios colegas. O outro foi Luiz Estevão em 2000. Um dos principais líderes da chamada "bancada ética" do Senado, Demóstenes foi flagrado em escutas pela Polícia Federal em situações que sugerem o uso do cargo em benefício do suposto esquema criminoso comandado por Carlinhos Cachoeira. Além disso, é acusado de ter mentido em plenário quando disse que somente mantinha relação de amizade com o empresário. Demóstenes Torres ficará inelegível até 2027 (oito anos após o término da legislatura para o qual foi eleito), quando terá 66 anos. A vaga no Senado deverá ser ocupada por seu suplente, o empresário Wilder Pedro de Morais, ex-marido de Andressa Mendonça, noiva de Carlinhos Cachoeira.