
Autor: Zidiel Infantino Coutinho Jr.
As manchetes mais comuns dos meios de comunicação dos últimos tempos abordam o uso e abuso de drogas lícitas e ilícitas e todas as suas consequências estarrecedoras. A convivência com notícias dando conta de assassinatos quase diários por conta da questão das drogas, que está banalizada em vários países, não podia ser diferente em Mato Grosso de um modo geral e, na Grande Cuiabá, de maneira particularizada.
Há menos de 20 anos não se via nada parecido com o que se vê hoje. A droga se proliferou de tal maneira entre os nossos jovens que, é impossível o cidadão comum ficar indiferente ao problema.
Não é por acaso que eu volto ao assunto poucos semanas depois de ter escrito sobre esta realidade aqui neste espaço. O problema das drogas atingiu proporções de tamanha gravidade que se faz necessário a intervenção dos governos federal, dos estados e municípios, já que a questão se transformou de um problema pontual em uma situação crônica de grande magnitude e com graves repercussões em todos os setores da sociedade, com conseqüências devastadoras principalmente entre a juventude brasileira.
Aliás, na minha opinião, é exatamente a indignação do povo brasileiro que tem provocado algumas ações recentes do poder público, como o Plano de Combate às Drogas e Atendimento aos Dependentes Químicos, anunciado em dezembro de 2011 pela presidenta Dilma Roussef. Este plano resulta de uma pesquisa sobre o perfil do usuário de crack no Brasil, encomendada pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) ainda durante o governo Lula.
Trata-se de um programa de grande importância social, pois, finalmente o governo federal não só admite que o número de pessoas que usam e abusam de drogas lícitas e ilícitas aumentou consideravelmente e continua crescendo em proporções gigantescas, como resolve atuar de forma clara no tratamento dos usuários. A ação providencial contida nas diretrizes deste Plano é atribuída a uma iniciativa pessoal da própria presidenta, alarmada com as proporções atingidas pelo problema.
Os especialistas no assunto dizem que o combate à droga deve se dar em várias frentes, desde à prevenção, com ações eficientes de alerta à população escolar a partir do ensino fundamental, até o reaparelhamento das forças policiais principalmente em regiões de fronteira com a nossa, qualificando melhor a polícia a dar combate sem trégua ao tráfico de drogas. É claro que disponibilizar tratamento médico aos dependentes também se inclui nas medidas recomendadas.
Estas são ações que dão resultados, porém a sociedade civil também deve ser chamada a cerrar fileiras nesta cruzada. A população cuiabana perdeu o direito de assistir passivamente a este estado de coisas. Eu creio que cada cidadão pode dar sua parcela de contribuição para ajudar os governos no enfrentamento do problema das drogas. Ainda é grande o número de famílias que fazem vista grossa quando descobrem que seu filho está envolvido com drogas.
Infelizmente ainda são muito comuns situações em que as famílias se consideram imunes ao problema, não acham que seja uma coisa tão grave, e fecham os olhos quando percebem algo de errado com seus filhos. Para mim, é preciso o engajamento de todos no esforço do Governo, pois estamos falando de um problema que afeta a todos.













