TCE exige prestação de contas detalhada da concessionária Nova Rota do Oeste

Jefferson Oliveira


O Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE/MT) determinou que a concessionária Nova Rota do Oeste, ligada à MTPar, preste contas detalhadas ao órgão. A decisão normativa foi assinada na última quinta-feira (18) pelo presidente do tribunal, Sérgio Ricardo, atendendo a um pedido do conselheiro Antônio Joaquim, relator das contas de governo de 2024.

O alerta do conselheiro indicava possíveis irregularidades no orçamento da concessionária, com valores possivelmente “inflados artificialmente” e uma dívida bilionária que poderia recair sobre os contribuintes mato-grossenses. Antônio Joaquim destacou que o orçamento de investimento deve refletir apenas recursos próprios das empresas, e não incluir montantes do Tesouro Estadual que não correspondam à realidade da concessionária.


Para garantir coerência na análise das contas, Sérgio Ricardo designou o conselheiro Guilherme Maluf como relator da Nova Rota do Oeste para os exercícios de 2025 e 2026. Maluf já atua como relator das contas da MTPar, controladora da concessionária.

Durante o julgamento das contas de governo de 2024, em 20 de agosto de 2025, Antônio Joaquim chamou atenção para a falta de transparência no tratamento dos dados financeiros da Nova Rota do Oeste. Ele apontou que a concessionária, embora considerada “empresa pública dependente”, apresentava receitas próprias significativas; cerca de R$ 586 milhões, segundo ele, e que misturar esses valores ao orçamento fiscal distorce a real situação financeira.
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A Nova Rota do Oeste é responsável por administrar a maior parte do trecho mato-grossense da BR-164, uma das principais rotas do agronegócio.