- Redação
O presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, conselheiro Sérgio Ricardo, criticou o andamento das investigações relacionadas à violência contra a mulher no Estado. Segundo ele, um levantamento feito pelo TCE apontou que quase a totalidade dos registros feitos pelas vítimas acabam “engavetados” sem que providências sejam tomadas.
“A maioria dos incidentes registrados nas delegacias, 95% das denúncias que chegam nas delegacias, de violência contra a mulher, morrem no BO (boletim de ocorrência), param no BO, vão para a gaveta e não se faz mais nada. Temos duas delegacias, ou três, especializadas na defesa da mulher. No interior não tem, não existe”, disse Sérgio Ricardo em entrevista a jornalistas na segunda-feira (29.09).
O conselheiro Sérgio Ricardo defendeu também que o Governo, “com a máxima urgência”, estruture todas as delegacias de Mato Grosso para que tenham um delegado que cuide da violência contra a mulher.
“O que defendemos é que, se somos campeões de feminicídio, entendo que cada município tem que ter um delegado ou uma delegada em defesa da mulher”, completou.
Recentemente, questionado sobre a possibilidade de instalar uma Delegacia da Mulher em Várzea Grande, o governador Mauro Mendes (União) disse que “não era doloroso” que as vítimas atravessassem a ponte para registrar a ocorrência em Cuiabá, onde há uma delegacia especializada. Ressaltou ainda que o custo para instalar uma delegacia é muito alto. A fala de Mauro Mendes provocou uma série de reações, como da deputada estadual Janaína Riva e da médica Natasha Slhessarenko, que classificaram como desrespeitosa a maneira como Mendes se refere às vítimas de violência.

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