Alvo da PF, advogado do consignado tinha foto com governador e movimentação bilionária






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A Polícia Federal realizou busca e apreensão nesta sexta-feira (12.09) na casa do advogado Nelson Wilians, que representou a Capital Consig, pivô do escândalo dos consignados em Mato Grosso, em ações judiciais no Estado. A busca e apreensão ocorreu em nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga irregularidades em consignações de aposentados.

De acordo com informações preliminares, a Polícia Federal encontrou dezenas de obras de arte na casa do advogado. Mauro Mendes posou para foto junto com Wilians em reunião no dia 23 de julho no Palácio Paiaguás.

Na mesma ação, foram presos Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti.

Além dos dois mandados de prisão, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão. As ordens judiciais foram expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça.

Nelson Wilians advogou para a Capital Consig em uma interpelação judicial contra o presidente do Sinpaig, Antônio Wagner, autor das denúncias de fraudes contra a empresa. A interpelação foi classificada pelo sindicalista como uma tentativa de intimidação.




Segundo dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) compartilhados com a investigação, entre 2019 e 2024, o escritório de Nelson Willians movimentou R$ 4,3 bilhões em operações financeiras consideradas suspeitas.
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As movimentações da banca Nelson Wilians Advogados aparecem em Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) enviados à PF no âmbito da operação que apura a “farra do INSS”.

No dia 23 de julho deste ano, Willians esteve em reunião com o governador do Estado, Mauro Mendes (União), para discutir “pautas estratégicas para o estado e o fortalecimento do ambiente institucional”, de acordo com publicação do sócio de Wilians, o advogado Marcel Daltro.

Além de Willians, quem também defendeu a Capital Consig das acusações de fraude nos consignados em Mato Grosso foi o escritório de Pascoal Santullo, ex-secretário de Mauro Mendes quando o governador era prefeito de Cuiabá.

Durante o processo de defesa da empresa, o escritório teve acesso a documentos sigilosos produzidos pela Controladoria Geral do Estado (CGE) para apurar as fraudes.
Outro lado

A defesa do advogado Nelson Wilians afirmou que ele tem colaborado integralmente com as autoridades. Além disso, alegou que a relação dele com um dos investigados é estritamente profissional e legal e que os valores transferidos dizem respeito à compra de um terreno vizinho à sua residência. A defesa destacou ainda que a medida é de caráter investigativo e não implica culpa ou responsabilidade.

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