Baixaria é o lado obscuro da política, diz primeira-dama de VG

Gabriela Galvão

Foto: Jonathan Dourado/RDNews

Mirian Hazama, primeira-dama de VG

     Esposa do prefeito de Várzea Grande, Tião da Zaeli (PDS), Mirian Hazama demonstra não ter dúvidas de que os adversários do marido na disputa pela prefeitura vão utilizar ataques à administração para alavancar suas candidaturas. “A baixaria é a parceira do lado obscuro da política”, disparou em entrevista ao RDNews, numa provável referência a Walace Guimarães (PMDB) e Lucimar Campos (DEM), principais opositores de Tião. Ela garante que preza pelo respeito e espera que ele impere nesta eleição.

      Mesmo com o marido já tendo disputado como vice de Murilo Domingos (PR), em 2008, Mirian afirma que este será o primeiro pleito que participa de “corpo e alma”. Confessa, no entanto, que inicialmente não queria que Tião tentasse a reeleição. “Não queria, mas quando ele (Tião) decidiu encarar eu o apoiei pelo desejo dele em mostrar o que é e que não tem preguiça de trabalhar. Agora que a prefeitura começou a tomar rumo não poderia largar. Mas sabemos que vai ser árduo”.

     A primeira-dama também garante que vai continuar como hoje, sem assumir nenhuma secretaria caso o marido seja reeleito. Ela chegou a comandar a pasta de Assistência Social, mas deixou a secretaria para cuidar das empresas da família. Mesmo sem cargo, Mirian tem uma sala disponível no Paço Couto Magalhães e diz que continuará por dentro de todas as ações da pasta.

     Ela afirma acompanhar os trabalhos desde que Tião voltou à prefeitura, há 11 meses. “Estamos arrumando o Pronto Socorro. Com ajuda de amigas já coloquei TV de LCD e ar condicionado de 30 mil btus em toda a ala pediátrica. Agora as pessoas passam frio, porque a primeira-dama do Estado, Roseli Barbosa, é do PMDB é não quer dar cobertor”, brincou, numa alusão ao apoio à candidatura de Walace.

     Outra ação que desenvolveu sem estar no cargo de secretária, segundo ela, foi trazer a administração do Restaurante Popular para a prefeitura. Ela conta que o custo com a terceirização era de R$ 48 mil, mais R$ 64 mil de marmita para servidores, dinheiro que agora está sendo economizado. “A comida está melhor e a administração é própria. Temos essa economia, pois o restaurante se paga”, comemora.

     Na campanha, Mirian diz que participa de reuniões pontuais, nas quais comparece sem o marido. Para ela, falar para um pequeno grupo e conquistá-lo, é mais vantajoso que discursar para 400 pessoas de forma vazia. As bandeiras são: educação, saúde e assistência social. “Vai ser uma campanha difícil, mas o Tião já está superando as expectativas. Em 2 dias nas ruas de fato já conquistou o 2º lugar. Perder é um verbo que não combina com meu marido”.

     Mirian e Tião são casados há 20 anos, mas se conhecem há 25 anos. Têm 2 filhos, um de 18 e outro de 11 anos. Ela é formada em pedagogia e lembra que também já foi artesã. Afirma que a prioridade é a família.