Governador resiste a mudanças e já "promoveu" 6 adjuntos a titulares

Laura Nabuco

Silval Barbosa faz de tudo para fugir de brigas. Já promoveu 6 adjuntos a titulares

     Com estilo "light" e mais político que técnico, o governador Silval Barbosa (PMDB) tem adotado a estratégia cômoda de promover adjuntos ao cargo de titulares ao invés de abrir negociação com os partidos, provocando disputas por mais espaço no staff. Das 24 pastas em que o Governo do Estado está dividido hoje, 6 são conduzidas por secretários que até pouco tempo ocupavam cargos de coadjuvantes.

     Na Saúde, Vander Fernandes atua no lugar do deputado federal Pedro Henry; no Esportes e Lazer, José de Assis Guaresqui ficou no lugar de Antônio Azambuja, que retornou à Assembleia; na Cultura, João Malheiros, que concorre a vice-prefeito de Cuiabá, foi substituído por João Carlos Laino; Ciência e Tecnologia ficou sob o comando de Áurea Regina Alves Ignácio após a saída do deputado Eliene Lima; na Secopa, a queda de Eder Moraes deu lugar a Maurício Guimarães; e Gonçalo Aparecido de Barros passou a ocupar o cargo de Nico Baracat, falecido, na pasta de Cidades. Há ainda o caso da pasta de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar que, com a saída de José Domingos Fraga, passou a ser comandada por Carlos Luiz Milhomem, membro da equipe.

     Silval faz de tudo para fugir das brigas. Quandos elas surgem entre caciques de grandes legendas, o peemedebista posterga ainda mais as decisões. Um exemplo é a disputa pelas secretarias de Transporte e Pavimentação Urbana, sob Arnaldo Alves, e Cidades.

     Liderados pelo senador e ex-governador Blairo Maggi, um grupo do PR já sugeriu o nome do vereador por Cuiabá Francisco Vuolo para substituir Arnaldo, desgastado por críticas de parlamentares e prefeitos. Já o PSD do presidennte da Assembleia, José Riva, pleiteia a pasta de Cidades e indicou o nome do vice-governador Chico Daltro ao cargo.

     Apesar de reconhecer a importância de ambos partidos e querer tê-los na base de sustentação do Governo, Silval ainda não decidiu se vai atender os pedidos devido às disputas internas que a decisão poderia causar. E é dessa forma que o peemedebista, já na metade de seu mandato, parece pretender ir levando as coisas até dezembro de 2014.