Gisa Barros se destaca na Câmara com postura firme, independente e em defesa da população

Vereadora mantém coerência, fiscaliza o Executivo e se posiciona contra o inchaço da máquina pública

João Batista destaca atuação de Daniel Monteiro: “O vereador mais técnico e atuante de Mato Grosso”

vereador Daniel Monteiro, que vem se destacando por uma postura independente, técnica e coerente, especialmente nas discussões sobre políticas públicas e responsabilidade fiscal.

Ativista João Batista exalta Antonio Joaquim como patrimônio da educação em MT: “Referência ética, técnica e humana”

Professor e defensor dos direitos da infância destaca atuação exemplar do conselheiro do TCE-MT, que articula investimento histórico de R$ 120 milhões em creches no estado

VERGONHA NACIONAL: Em Votação Secreta, Plenário da Câmara nega cassação de DEPUTADO DONADON, LADRÃO E PRESO, mas o Presidente da Câmara Henrique Alves afasta o Deputado


A Câmara rejeitou nesta quarta-feira (28), em votação secreta, a cassação do mandato do deputado federal Natan Donadon (sem partido-RO). O parlamentar está preso desde 28 de junho no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde cumpre pena de 13 anos devido à condenação por peculato e formação de quadrilha pelo Supremo Tribunal Federal (STF).


Na sessão, 233 deputados votaram a favor do parecer aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça, favorável à cassação. O número foi insuficiente para a perda do mandato, que exige ao menos 257 votos. Outros 131 deputados votaram pela manutenção do mandato de Donadon e 41 se abstiveram.

Após a votação, contudo, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou que o deputado será afastado por causa da condenação pelo STF e convocou o suplente imediato, o ex-ministro da Previdência e ex-senador Amir Lando (PMDB-RO).


"Tendo em vista a rejeição do parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, que opinava pela procedência da representação, esta presidência dará consequência à decisão do plenário. Todavia, uma vez que, em razão do cumprimento de pena em regime fechado, o deputado Natan Donadon encontra-se impossibilitado de desempenhar suas funções, considero-o afastado do exercício do mandato e determino a convocação do suplente imediato, em caráter de substituição, pelo tempo que durar o impedimento do titular", leu Henrique Alves após o anúncio do resultado.


Em julho, ato da Mesa Diretora já havia suspendido todas os benefícios parlamentares de Donadon. Segundo a Mesa Diretora da Câmara, com a rejeição da cassação, Donadon manterá o status de parlamentar, mas o mandato ficará suspenso enquanto ele estiver preso. Se for libertado até o final da atual legislatura, ele retoma prerrogativas como salário, verba de gabinete, cota de auxílio para a atividade parlamentar e apartamento funcional.

"Eu agradeço a Deus que a justiça está sendo feita", disse Donadon após a divulgação do resultado.

A sessão durou quatro horas (das 19h às 23h), e o processo de votação (tempo disponível para que o deputado fizesse o registro eletrônico de sua opção), duas horas e 35 minutos. Henrique Alves poderia ter encerrado a sessão antes do prazo, mas prolongou até as 23h com o objetivo de obter o maior quórum possível. Na última hora de votação, no entanto, não foi registrado nenhum voto. Embora 405 tivessem votado, outros 54 deputados registraram presença no plenário, mas não votaram. Outros 54 sequer apareceram.


Diante do resultado, Henrique Alves disse que não irá mais realizar votações secretas para perda de mandato. No Congresso, tramitam propostas de emenda à Constituição para abrir as votações, mas nenhuma ainda foi aprovada em definitivo. "Enquanto for presidente desta Casa, mais nenhum processo de cassação será feito por votação secreta", declarou Alves após a proclamação do resultado.

Donadon foi autorizado pela Justiça a acompanhar no plenário da Câmara a votação que analisou o requerimento de perda de mandato. Com algemas, ele foi conduzido ao Legislativo pela Polícia Judiciária, mas dentro do parlamento ficou livre sob a custódia da Polícia Legislativa. A mulher e os dois filhos do parlamentar rondoniense acompanharam a sessão.
G1

Plenário da Câmara nega cassação, mas Henrique Alves afasta Donadon


A Câmara rejeitou nesta quarta-feira (28), em votação secreta, a cassação do mandato do deputado federal Natan Donadon (sem partido-RO na foto). O parlamentar está preso desde 28 de junho no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde cumpre pena de 13 anos devido à condenação por peculato e formação de quadrilha pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Na sessão, 233 deputados votaram a favor do parecer aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça, favorável à cassação. O número foi insuficiente para a perda do mandato, que exige ao menos 257 votos. Outros 131 deputados votaram pela manutenção do mandato de Donadon e 41 se abstiveram.
Após a votação, contudo, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou que o deputado será afastado por causa da condenação pelo STF e convocou o suplente imediato, o ex-ministro da Previdência e ex-senador Amir Lando (PMDB-RO).
“Tendo em vista a rejeição do parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, que opinava pela procedência da representação, esta presidência dará consequência à decisão do plenário. Todavia, uma vez que, em razão do cumprimento de pena em regime fechado, o deputado Natan Donadon encontra-se impossibilitado de desempenhar suas funções, considero-o afastado do exercício do mandato e determino a convocação do suplente imediato, em caráter de substituição, pelo tempo que durar o impedimento do titular”, leu Henrique Alves após o anúncio do resultado.
Em julho, ato da Mesa Diretora já havia suspendido todas os benefícios parlamentares de Donadon. Segundo a Mesa Diretora da Câmara, com a rejeição da cassação, Donadon manterá o status de parlamentar, mas o mandato ficará suspenso enquanto ele estiver preso. Se for libertado até o final da atual legislatura, ele retoma prerrogativas como salário, verba de gabinete, cota de auxílio para a atividade parlamentar e apartamento funcional.Share on pinterest_share
Autor: Robson Pires | Fonte: Blog do Robson Pires

Deputados rejeitam cassar mandato de Natan Donadon, condenado pelo STF No total, 131 votaram pela manutenção do mandato do parlamentar



Com a absolvição de Donadon, país vive situação inédita de ter um deputado com mandato atrás das grades (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)



O deputado federal Natan Donadon (PMDB-RO) foi absolvido, durante votação secreta na Câmara dos Deputados, e continuará com mandato mesmo tendo sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a mais de 13 anos de prisão pelos crimes de peculato e formação de quadrilha. Esta é uma situação inédita na história do país. Para cassação do mandato seriam necessário 257 votos, porém, apenas 233 deputados votaram a favor da perda do mandato. Outros 131 votaram pela manutenção e 41 se abstiveram.


Após ouvir o resultado, Donadon ajoelhou-se, levantou as mãos para o céu e agradeceu a Deus. Em seguida, voltou para o Complexo Penitenciário da Papuda. O parlamentar foi condenado pelo STF pelo desvio de R$ 8,4 milhões da Assembleia Legislativa de Rondônia à época em que era diretor financeiro da Casa. Desde o início de julho, ele deixou de receber o salário de deputado e todos os funcionários do seu gabinete foram demitidos.



No entanto, como Donadon está impossibilitado de participar de votações por causa da condenação no STF, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), convocou o suplente imediato, o ex-ministro da Previdência e ex-senador Amir Lando (PMDB-RO), para assumir a vaga.



Defesa

No início da noite, o parlamentar subiu à tribuna para se defender diante dos colegas da Casa. Durante aproximadamente 30 minutos Donadon disse foi injustiçado e pediu para ser absolvido das acusações de desvios de recursos público. "Eu sou inocente dessas acusações que estão impondo sobre mim. Não adiantaria eu vir aqui para mentir", disse.



O parlamentar, que está preso desde de 28 de junho na Papuda, aproveitou para reclamar das condições que está sendo submetido no presídio.



"Os presos pediram pra dizer como a alimentação de lá é ruim", salientou. "Justo hoje acabou a água enquanto eu tomava banho e estava ensaboado. É desumano o que prisioneiro passa", reclamou. "Tenho sofrido bastante, inclusive financeiramente. São dois meses que não recebo salário. Meus assessores foram demitidos. Sou deputado e não acho justo terem suspendido o pagamento do meu salário e cassado todos os meus direitos", disse. . Donadon foi liberado hoje (2Cool pela Justiça para comparecer à Câmara para fazer sua defesa em plenário.


Colaborou Adriana Caitano e Leandro Kleber





http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2013/08/28/interna_politica,385120/deputados-rejeitam-cassar-mandato-de-natan-donadon-condenado-pelo-stf.shtml

Câmara mantém mandato de deputado preso


tags: 
camara
Natan chegou à Câmara após a Justiça de Brasília autorizar saída da prisão
Faltaram 24 votos para os deputados manterem a cassação de Natan Donadon. País passa a ter um político preso em regime fechado, por decisão irrecorrível do STF, mas absolvido pelo Parlamento
Em votação secreta, com 233 votos sim, 131 não e 41 abstenções, a Câmara manteve o mandato do deputado Natan Donadon (sem partido-RO), mesmo condenado a 13 anos, quatro meses e dez dias de prisão por formação de quadrilha e peculato. Com isso, o Congresso brasileiro produziu uma decisão inédita. Concluiu que um parlamentar pode estar preso em regime fechado, portanto impossibilitado de exercer qualquer atividade legislativa, e ao mesmo tempo conservar o mandato. Donadon continuará no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
Como são necessários 257 votos (maioria absoluta do número total de deputados) para a Câmara declarar a perda de mandato de um de seus integrantes, faltaram 24 votos para a cassação de Natan Donadon, decretada pelo Supremo Tribunal Federal, ser mantida.
A votação durou aproximadamente quatro horas. Dos 469 deputados presentes, 405 votaram. Quando o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), anunciou o fim da coleta de votos, Natan Donadon estava com as mãos tapando os olhos. Após o resultado sair no painel, ele se ajoelhou no plenário, levantou as mãos para o céu e começou a rezar. Na sequência, comemorou com a família a manutenção do mandato. “A Justiça está sendo feita”, afirmou Natan.
“A Câmara dos Deputados está de luto”, afirmou o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR). Para o deputado paranaense, a decisão de levar o caso a plenário foi infeliz. “Foi uma atitude infeliz que desgasta ainda mais o Parlamento. Essa votação só vai produzir um resultado de descrença para a Câmara dos Deputados”, comentou o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO). Já o líder do Psol, Ivan Valente (SP), entende que o resultado seria outro se o voto fosse aberto.
A sessão
Aberta às 19h, a sessão começou com o relator do processo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Sérgio Zveiter (PSD-RJ), reforçando a necessidade da cassação. Na semana passada, o colegiado aprovou o pedido para Natan perder o cargo. “A sociedade tem o direito de receber uma resposta da Câmara. Devemos impedir que a sensação de impunidade se alastre”, afirmou deputado fluminense.
Depois de Zveiter, falaria o advogado do agora ex-deputado, Gilson Stefanes. Ele abriu mão e deixou seu cliente discursar. Em uma intervenção emocionada, usando mais do que os 25 minutos permitidos pelo regimento interno da Câmara, Natan contou sobre seu dia a dia na Penitenciária do Distrito Federal 1, dentro do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Disse que hoje, inclusive, faltou água para tomar banho.
“Só a verdade me trouxe aqui. Eu não viria aqui se não tivesse a verdade. Não adiantaria nada eu vir aqui hoje para mentir”, disse Natan ao subir na tribuna. Depois de falar sobre a família, dos filhos, criticou a ação do Ministério Público de Rondônia que resultou na sua condenação. Também reclamou do seu julgamento no STF e apontou, na sua visão, erros na condução do caso.
“Nunca fiz nada de ilícito. Nunca desviei um centavo da Assembleia Legislativa de Rondônia”, disparou. “Vejam minha declaração de Imposto de Renda. No meu terceiro mandato, eu só tenho uma casa”, ressaltou. Para ele, o Ministério Público local “escolheu as provas” que resultaram na sua condenação. “As provas para me condenar vieram para o Supremo. Mas as provas para me absolver não vieram. Quebrem o sigilo bancário das empresas! O Ministério Público de Rondônia sabe que o serviço foi executado. Se quisessem descobrir, era simples.”
Durante o discurso, criticou a postura da relatora da ação penal, Cármen Lúcia, que reprovou o fato de Natan, na legislatura anterior, ter renunciado um dia antes do julgamento no STF. “Por que renunciei? Porque é o meu direito!”. Usando esse expediente, Natan Donadon pôde concorrer e terminou sendo reeleito.
Para participar da sessão, o advogado de Natan precisou pedir autorização da Vara de Execuções Penais de Brasília. Com a permissão da Justiça, o diretor do presídio mobilizou agentes do Grupo Penitenciário de Operações Especiais (GPOE) para escoltarem Natan até a Câmara dos Deputados. Ao chegar no prédio, deixaram o ex-deputado sob responsabilidade da Polícia Legislativa, que montou um esquema especial para ele chegar até o plenário sem ser percebido pela imprensa.
R$ 4 milhões em gastos
Desde a condenação de Natan, em 28 de outubro de 2010, até o início de julho, quando a Câmara retirou dele o apartamento funcional e o pagamento de salários e verba de gabinete, a Câmara gastou R$ 4 milhões com o deputado, em remuneração e demais benefícios. Somente em vencimentos foram R$ 962 mil. Em 29 meses de mandato, desde a condenação, ele recebeu 36 salários de R$ 26,7 mil, incluindo vencimentos mensais, 13º, 14º e 15º salários.
Outros R$ 893,4 mil foram destinados a ele na forma de ressarcimento para cobrir despesas associadas ao mandato, como aluguel de carro, combustíveis, alimentação, hospedagem e divulgação de suas atividades, o chamado cotão. O parlamentar teve mais R$ 2 milhões para gastar com funcionários que serviam em seu gabinete na capital federal e no escritório político em Rondônia.
Natan Donadon foi condenado porque, conforme entendeu o Supremo Tribunal Federal, acatando denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República, fez parte de um esquema que fraudou licitações para contratos de publicidade da Assembleia Legislativa de Rondônia entre 1998 e 1999, lesando em os cofres públicos em R$ 8,4 milhões. Dois anos e meio após a condenação, o STF rejeitou um embargo apresentado pela defesa do deputado e determinou o trânsito em julgado do processo – ou seja, a impossibilidade de recurso e, por seguinte, de reversão da condenação – e a expedição do mandado de prisão. Em 28 de junho, o deputado se entregou à Polícia Federal em Brasília. Desde então está preso na Penitenciária do Distrito Federal 1 (PDF), na capital federal.
Os aspectos jurídicos
Como acabou a possibilidade de recursos, a Constituição Federal prevê, no parágrafo 2º do artigo 55, que a perda do mandato será decidida pela Câmara “por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa”. Foi esse o caminho seguido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves. No entanto, ele recebeu pareceres jurídicos que lhe apontavam uma outra alternativa: a declaração da perda de mandato “por ato de ofício” da Mesa Diretora da Câmara – isto é, sem ouvir o plenário.
Na sessão em que foi rejeitada a cassação de Natan Donadon, vários parlamentares se pronunciaram nesse sentido. A Mesa alega, contudo, que manter a cassação por ato de ofício não encontrava amparo na Constituição Federal.
Em 12 de agosto, Zveiter apresentou seu relatório recomendando a cassação de Natan. Ele considera a situação “gravíssima”. Para o parlamentar fluminense, o deputado preso “perdeu a condição de permanecer como parlamentar” na Câmara. Na semana passada, os integrantes da CCJ aprovaram o parecer pela cassação por maioria dos votos – 39 a 16.

PRESO HÁ MAIS DE 2 MESES, CÂMARA LIVRA DONADON DE PERDA DE MANDATO


NATAN DONADON (SEM PARTIDO-RO) FOI CONDENADO POR PECULATO E FORMAÇÃO DE QUADRILHA

Natan Donadon (sem partido-RO) chega ao plenário da Câmara dos Deputados para sessão extraordinária que vai votar o processo de cassação de seu mandato (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que respeita a decisão da Casa, que na noite desta quarta-feira (28/08), livrou da cassação o deputado Natan Donadon (sem partido-RO). Alves afirmou que a decisão de declarar vago o cargo de Donadon e convocar o suplente, Amir Lando (PMDB-RO), não permite que o deputado preso exerça o mandato "em hipótese alguma". Se for solto, entretanto, Donadon assume imediatamente o cargo.

Alves, no entanto, não soube explicar como ficaria a situação se Donadon conseguisse a redução de pena e fosse para o regime semiaberto. "Vamos aguardar se ele vai recorrer da decisão, não sei. Não estou preocupado com isso", respondeu. "Cada dia com a sua agonia. Hoje já foi uma agonia muito grande", emendou. Na saída da sessão, Alves disse que não tinha o que explicar para a população e que apenas cumpriu a Constituição. O presidente da Câmara declarou que Donadon continuará sem receber o salário porque não está exercendo o mandato e que a família do deputado não poderá seguir ocupando o apartamento funcional.

Na noite de quarta, Marco Antonio, sobrinho de Donadon, revelou que a família continua no imóvel e que não tem previsão de quando vão sair, embora o prazo dado pela Câmara já tenha acabado. Ao término da votação, a sessão se transformou em encontro para lamentação. Os deputados que ainda permaneciam no plenário se diziam indignados, perplexos e ressaltaram a desmoralização da Casa diante à opinião pública. "Essa legislatura ficará com essa marca suja, vergonhosa", declarou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). O parlamentar disse que a manutenção do mandato dará "moral" para Donadon tentar a redução da pena junto à Justiça. "Agora tem de se abrir o voto para tudo", defendeu Anthony Garotinho (RJ), líder do PR. 

Em votação secreta, Câmara rejeita cassação do deputado Donadon


Em votação secreta, Câmara rejeita cassação do deputado Donadon

G1 
foto
Foto: G1
número foi insuficiente para a perda do mandato, que exige ao menos 257 votos
A Câmara rejeitou na quarta-feira (28), em votação secreta, a cassação do mandato do deputado federal Natan Donadon (sem partido-RO). O parlamentar está preso desde 28 de junho no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde cumpre pena de 13 anos devido à condenação por peculato e formação de quadrilha pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Na sessão, 233 deputados votaram a favor do parecer aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça, favorável à cassação. O número foi insuficiente para a perda do mandato, que exige ao menos 257 votos. Outros 131 deputados votaram pela manutenção do mandato de Donadon e 41 se abstiveram.
Após a votação, contudo, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou que o deputado será afastado por causa da condenação pelo STF e convocou o suplente imediato, o ex-ministro da Previdência e ex-senador Amir Lando (PMDB-RO).
"Tendo em vista a rejeição do parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, que opinava pela procedência da representação, esta presidência dará consequência à decisão do plenário. Todavia, uma vez que, em razão do cumprimento de pena em regime fechado, o deputado Natan Donadon encontra-se impossibilitado de desempenhar suas funções, considero-o afastado do exercício do mandato e determino a convocação do suplente imediato, em caráter de substituição, pelo tempo que durar o impedimento do titular", leu Henrique Alves após o anúncio do resultado.
Em julho, ato da Mesa Diretora já havia suspendido todas os benefícios parlamentares de Donadon. Segundo a Mesa Diretora da Câmara, com a rejeição da cassação, Donadon manterá o status de parlamentar, mas o mandato ficará suspenso enquanto ele estiver preso.
Se for libertado até o final da atual legislatura, ele retoma prerrogativas como salário, verba de gabinete, cota de auxílio para a atividade parlamentar e apartamento funcional.
"Eu agradeço a Deus que a justiça está sendo feita", disse Donadon após a divulgação do resultado.
A sessão durou quatro horas (das 19h às 23h), e o processo de votação (tempo disponível para que o deputado fizesse o registro eletrônico de sua opção), duas horas e 35 minutos.
Henrique Alves poderia ter encerrado a sessão antes do prazo, mas prolongou até as 23h com o objetivo de obter o maior quórum possível. Na última hora de votação, no entanto, não foi registrado nenhum voto. Embora 405 tivessem votado, outros 54 deputados registraram presença no plenário, mas não votaram. Outros 54 sequer apareceram.
Diante do resultado, Henrique Alves disse que não irá mais realizar votações secretas para perda de mandato. No Congresso, tramitam propostas de emenda à Constituição para abrir as votações, mas nenhuma ainda foi aprovada em definitivo. "Enquanto for presidente desta Casa, mais nenhum processo de cassação será feito por votação secreta", declarou Alves após a proclamação do resultado.
Donadon foi autorizado pela Justiça a acompanhar no plenário da Câmara a votação que analisou o requerimento de perda de mandato. Com algemas, ele foi conduzido ao Legislativo pela Polícia Judiciária, mas dentro do parlamento ficou livre sob a custódia da Polícia Legislativa. A mulher e os dois filhos do parlamentar rondoniense acompanharam a sessão.
'Não sou ladrão'
Antes de ser iniciada a votação, Donadon teve a oportunidade de se defender em discurso na tribuna da Casa. Sob os olhares dos colegas de Legislativo, o parlamentar cassado repetiu diversas vezes que era inocente das acusações de que teria integrado uma quadrilha que desviou mais de R$ 8 milhões da Assembleia Legislativa de Rondônia na década de 1990.
Ao longo dos 40 minutos de discurso, ele relatou detalhes da vida na prisão, negou ter conhecimento das supostas fraudes ocorridas no parlamento rondoniense e fez um apelo para que os parlamentares mantivessem seu mandato.
"Eu não viria para mentir. Minha consciência não me deixa mentir. A Bíblia diz: 'Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará'. Eu estou dizendo a verdade aos senhores", declarou aos demais deputados, que ouviam em silêncio, do plenário. "Não sou ladrão, nunca roubei nada.
É acusação injusta", afirmou.
Na tentativa de sensibilizar o plenário, o ex-peemedebista também disse que sua família tem passado por dificuldades financeiras desde que a mesa diretora da Câmara decidiu suspender seu salário.
“Nos últimos dias, tenho sofrido bastante, inclusive, financeiramente. Tenho passado dificuldades. A Mesa Diretora suspendeu meu salário, meu gabinete. São dois meses que não recebo salário. Que meus servidores ficaram desamparados. Meu trabalho, tive de parar pelo meio do caminho, não pude dar sequência. Ainda sou deputado federal. Entendo eu e meus advogados que a Mesa não poderia fazer isso”, enfatizou.
Relator do processo de cassação de Donadon na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o deputado Sérgio Zveiter (PSD-RJ) também se manifestou antes da votação. Usando cerca de 10 dos 25 minutos a que tinha direito, o parlamentar do Rio de Janeiro leu na tribuna trechos de seu parecer aprovado pela CCJ, que recomendou a perda do mandato.
Para Zveiter, diante dos fatos que foram relatados pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) durante o julgamento de Donadon, em 2010, não caberia à Câmara agora “rejulgar” a causa. O relator classificou de “gravíssima” e de “incompatível com o exercício do mandato” a natureza das acusações contra o ex-peemedebista.
“Os fatos são verdadeiramente estarrecedores e não se coadunam com os requisitos de probidade e decoro exigidos para o exercício do mandato popular (...) O caso vertente envolve a formação de um juízo de gravidade e reprovabilidade sobre um deputado federal que participou de uma organização criminosa que assaltou os cofres públicos do Poder Legislativo de Rondônia, do qual era diretor financeiro, mediante contrato simulado de prestação de serviços de publicidade, que jamais foram prestados”, observou Zveiter.
Condenação
Em 2010, o Supremo condenou Donadon a 13 anos, 4 meses e 10 dias de prisão em regime fechado pelos crimes de peculato (crime praticado por funcionário público contra a administração) e formação de quadrilha. Ele foi acusado pelo Ministério Público de ter liderado uma quadrilha que desviou recursos da Assembleia Legislativa de Rondônia entre 1995 e 1998.
Na época do julgamento, a defesa do ex-parlamentar negou as acusações e alegou que Donadon não foi responsável pelas supostas fraudes em licitações que teriam possibilitado os desvios. A defesa alegou que, na função de diretor financeiro da Assembleia Legislativa, Donadon limitou-se a assinar cheques.
Apesar de condenado, ele pode aguardar a análise dos recursos em liberdade, exercendo o mandato parlamentar. Donadon foi o primeiro deputado em exercício a ser preso por determinação do Supremo desde a Constituição de 1988.
Ao contrário do que ocorreu no processo do mensalão, os ministros do STF não haviam discutido se deveria ser automática a cassação do parlamentar de Rondônia após o trânsito em julgado. Na ação penal do mensalão, entretanto, os magistrados decidiram pelas cassações dos mandatos dos quatro parlamentares condenados.

Preso, Natan Donadon não pode reassumir mandato, diz Alves


Deputado Natan Donadon salvo pelos seus pares secretos


Plenário da Câmara nega cassação, 



mas Henrique Alves afasta Donadon



Condenado a 13 anos de prisão, parlamentar cumpre pena na Papuda.
Presidente da Câmara diz que convocará primeiro suplente do deputado.


Fabiano Costa e Felipe Néri
Do G1, em Brasília

O painel eletrônico da Câmara no momento do anúncio do resultado (Foto: Felipe Néri / G1)O painel eletrônico da Câmara no momento do anúncio do resultado (Foto: Felipe Néri / G1)
A Câmara rejeitou nesta quarta-feira (28), em votação secreta, a cassação do mandato do deputado federal Natan Donadon (sem partido-RO). O parlamentar está preso desde 28 de junho no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde cumpre pena de 13 anos devido à condenação por peculato e formação de quadrilha pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Na sessão, 233 deputados votaram a favor do parecer aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça, favorável à cassação. O número foi insuficiente para a perda do mandato, que exige ao menos 257 votos. Outros 131 deputados votaram pela manutenção do mandato de Donadon e 41 se abstiveram.
Após a votação, contudo, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou que o deputado será afastado por causa da condenação pelo STF e convocou o suplente imediato, o ex-ministro da Previdência e ex-senador Amir Lando (PMDB-RO).
"Tendo em vista a rejeição do parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, que opinava pela procedência da representação, esta presidência dará consequência à decisão do plenário. Todavia, uma vez que, em razão do cumprimento de pena em regime fechado, o deputado Natan Donadon encontra-se impossibilitado de desempenhar suas funções, considero-o afastado do exercício do mandato e determino a convocação do suplente imediato, em caráter de substituição, pelo tempo que durar o impedimento do titular", leu Henrique Alves após o anúncio do resultado.
Fonte: G1

Manutenção do mandato de Donadon reabre discussão do voto aberto


O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, pediu pressa à comissão especial que analisa a proposta de emenda à Constituição (PEC 196/12) que acaba com o voto secreto no caso de cassação de parlamentares.
Alves disse que não coloca mais em votação pedidos de perda de mandato enquanto for mantido o voto secreto. “Nenhum processo de cassação mais será votado com voto secreto. A comissão especial que trate de aprovar essa proposta, porque eu assumo esse compromisso”, disse.
A maioria dos deputados também responsabilizou o voto secreto pela absolvição de Donadon, que teve o mandato preservado, apesar de cumprir pena por peculato e formação de quadrilha por desvios realizados quando era diretor financeiro da Assembleia Legislativa de Rondônia.
Constrangimento
A líder do PCdoB, deputada Manuela D’Ávila (RS), disse que a votação compromete o futuro da Câmara. “Precisamos votar a PEC do voto secreto para que a sociedade não veja isso se repetir”, disse.
Já o líder do Psol, deputado Ivan Valente (SP), disse que a Câmara não teria passado pelo constrangimento de manter no cargo um deputado preso se tivesse votado a PEC do voto aberto em 2006 (PEC 349/01). “Se fosse aberto, o resultado seria diferente”, disse.
Para o deputado Fabio Trad (PMDB-MS), a Câmara desceu ao seu nível mais baixo e produziu uma situação jurídica “sórdida”. “É a cumplicidade dos que endossaram o erro de uma pessoa condenada em sentença irrecorrível e que agora está entre nós”, declarou.
O deputado Glauber Braga (PSB-RJ) disse que prevaleceu o corporativismo dos deputados. “A Casa se fecha em si pelo seu espírito de corpo”, afirmou.
Continue acompanhando a cobertura desta sessão.

Câmara mantém mandato de Natan Donadon e abre caminho para os condenados no Mensalão do PT


Vergonha nacional – Quando oucho.info usa o termo “banditismo político” para se referir à bandalheira que se instalou na política nacional, muitos são os que se incomodam e torcem o nariz, como se a classe fosse frequentada apenas por homens probos que se preocupam com o Brasil e os brasileiros. Sem lembrando que toda regra tem exceções.
O Congresso Nacional foi transformado em clube privado de negócios e seus frequentadores são adeptos do corporativismo. Na noite desta quarta-feira (28), a Câmara dos Deputados rejeitou, durante votação em plenário, a cassação do mandato do deputado federal Natan Donadon (sem partido-RO), condenado a treze anos de prisão por peculato e formação de quadrilha e cumprindo pena no complexo penitenciário da Papuda, em Brasília.
Durante a sessão, 232 deputados votaram pela cassação, enquanto 131 optaram pela manutenção do mandato do parlamentar, além de 41 abstenções. A decisão do plenário da Câmara é um atentado contra a sociedade, que recentemente saiu às ruas para, entre tantas reivindicações, cobrar o fim da corrupção na política. Para cassar o mandato de Natan Donadon era preciso maioria simples na votação, ou seja, 257 votos, o que representa metade dos 513 deputados mais um.
Apesar do resultado, o presidente da Câmara Dops Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), decidiu afastar Donandon em função da sentença condenatória proferida pelo Supremo Tribunal Federal e imediatamente convocou o suplente Amir Lando (PMDB-RO), ex-ministro da Previdência Social.
Em julho a Mesa Diretora da Câmara decidiu suspender todas as prerrogativas parlamentares de Donadon, que, mesmo sabendo do insucesso, poderá recorrer à Justiça. Diante do resultado vexatório, Henrique Alves disse que em caso de cassação de mandato a votação não mais será secreta, como ocorreu na noite desta quarta-feira.
É importante salientar que o resultado da votação do processo de cassação de Natan Donadon é uma amostra do que poderá acontecer quando a Câmara for decidir sobre a perda de mandato dos mensaleiros condenados pelo STF. José Genoino, João Paulo Cunha, Valdemar Costa Neto e Pedro Henry foram condenados na Ação Penal 470 e exercem mandato parlamentar.

Deputado Natan Donadon fica livre de cassação, mas suplente vai assumir mandato


Polícia Federal procura deputado Donadon - Natan Donadon - Dida Sampaio Estadão Conteúdo
Deputado Federal foi o primeiro parlamentar preso pelo crime em questão
O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que respeita a decisão da Casa, que na noite desta quarta-feira, 28, livrou da cassação o deputado Natan Donadon (sem partido-RO). Alves afirmou que a decisão de declarar vago o cargo de Donadon e convocar o suplente, Amir Lando (PMDB-RO), não permite que o deputado preso exerça o mandato "em hipótese alguma". Se for solto, entretanto, Donadon assume imediatamente o cargo.

Alves, no entanto, não soube explicar como ficaria a situação se Donadon conseguisse a redução de pena e fosse para o regime semiaberto. "Vamos aguardar se ele vai recorrer da decisão, não sei. Não estou preocupado com isso", respondeu. "Cada dia com a sua agonia. Hoje já foi uma agonia muito grande", emendou. Na saída da sessão, Alves disse que não tinha o que explicar para a população e que apenas cumpriu a Constituição. O presidente da Câmara declarou que Donadon continuará sem receber o salário porque não está exercendo o mandato e que a família do deputado não poderá seguir ocupando o apartamento funcional.

Na noite de quarta, Marco Antonio, sobrinho de Donadon, revelou que a família continua no imóvel e que não tem previsão de quando vão sair, embora o prazo dado pela Câmara já tenha acabado. Ao término da votação, a sessão se transformou em encontro para lamentação. Os deputados que ainda permaneciam no plenário se diziam indignados, perplexos e ressaltaram a desmoralização da Casa diante à opinião pública. "Essa legislatura ficará com essa marca suja, vergonhosa", declarou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). O parlamentar disse que a manutenção do mandato dará "moral" para Donadon tentar a redução da pena junto à Justiça. "Agora tem de se abrir o voto para tudo", defendeu Anthony Garotinho (RJ), líder do PR.



Câmara mantém mandato de Natan Donadon


O deputado foi condenado pelo STF por peculato e formação de quadrilha. Ele recebeu autorização da Justiça e deixou presídio para fazer sua defesa no plenário. Donadon negou todas as acusações.
Na votação, que foi secreta, somente 233 deputados votaram pela cassação, número insuficiente para a perda do mandato, que exige ao menos 257 votos. Outros 131 votaram pela manutenção do mandato e 41 se abstiveram.
Natan Donadon faz sua defesa no plenário da Câmara (Crédito: Ailton de Freitas / Agência O Globo)Natan Donadon faz sua defesa no plenário da Câmara
(Crédito: Ailton de Freitas / Agência O Globo)
Ouvir


Leia mais: http://cbn.globoradio.globo.com/editorias/politica/2013/08/28/CAMARA-MANTEM-MANDATO-DE-NATAN-DONADON.htm#ixzz2dM75w81c

Deputados rejeitam cassar mandato de Natan Donadon, condenado pelo STF


No total, 131 votaram pela manutenção do mandato do parlamentar

Publicação: 28/08/2013 23:15 Atualização: 29/08/2013 00:16
Com a absolvição de Donadon, país vive situação inédita de ter um deputado com mandato atrás das grades (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Com a absolvição de Donadon, país vive situação inédita de ter um deputado com mandato atrás das grades


O deputado federal Natan Donadon (PMDB-RO) foi absolvido, durante votação secreta na Câmara dos Deputados, e continuará com mandato mesmo tendo sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a mais de 13 anos de prisão pelos crimes de peculato e formação de quadrilha. Esta é uma situação inédita na história do país. Para cassação do mandato seriam necessário 257 votos, porém, apenas 233 deputados votaram a favor da perda do mandato. Outros 131 votaram pela manutenção e 41 se abstiveram.

Após ouvir o resultado, Donadon ajoelhou-se, levantou as mãos para o céu e agradeceu a Deus. Em seguida, voltou para o Complexo Penitenciário da Papuda. O parlamentar foi condenado pelo STF pelo desvio de R$ 8,4 milhões da Assembleia Legislativa de Rondônia à época em que era diretor financeiro da Casa. Desde o início de julho, ele deixou de receber o salário de deputado e todos os funcionários do seu gabinete foram demitidos.

No entanto, como Donadon está impossibilitado de participar de votações por causa da condenação no STF, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), convocou o suplente imediato, o ex-ministro da Previdência e ex-senador Amir Lando (PMDB-RO), para assumir a vaga.

Defesa
No início da noite, o parlamentar subiu à tribuna para se defender diante dos colegas da Casa. Durante aproximadamente 30 minutos Donadon disse foi injustiçado e pediu para ser absolvido das acusações de desvios de recursos público. "Eu sou inocente dessas acusações que estão impondo sobre mim. Não adiantaria eu vir aqui para mentir", disse.

O parlamentar, que está preso desde de 28 de junho na Papuda, aproveitou para reclamar das condições que está sendo submetido no presídio. 

"Os presos pediram pra dizer como a alimentação de lá é ruim", salientou. "Justo hoje acabou a água enquanto eu tomava banho e estava ensaboado. É desumano o que prisioneiro passa", reclamou. "Tenho sofrido bastante, inclusive financeiramente. São dois meses que não recebo salário. Meus assessores foram demitidos. Sou deputado e não acho justo terem suspendido o pagamento do meu salário e cassado todos os meus direitos", disse. . Donadon foi liberado hoje (28) pela Justiça para comparecer à Câmara para fazer sua defesa em plenário.

Colaborou Adriana Caitano e Leandro Kleber

Cultura aciona artistas por não prestação de contas de R$ 5 mi


Cultura aciona artistas por não prestação de contas de R$ 5 mi

Tarso Nunes

-- Festival Calango, sob Pablo Capilé, é um dos projetos que estão inadimplentes com a Cultura
Festival Calango, sob Pablo Capilé, é um dos projetos que estão inadimplentes com a Cultura
   A secretaria estadual de Cultura (SEC), por meio da Comissão de Prestação de Contas, notificou extrajudicialmente 180 produtores culturais a comparecerem à secretaria Executiva do Conselho, para fazer a entrega da prestação de contas e/ou regularizarem as notificações pendentes relacionadas ao Programa de Ação Cultural (PROAC). Ao todo, o montante investido nos projetos ultrapassa os R$ 5 milhões.
  Algumas pendências estão “emperradas” há mais de 5 anos (2007 a 2012), período em que a pasta foi administrada por João Carlos Vicente Ferreira, Paulo Pitaluga, Oscemário Daltro, João Malheiros e Vanessa Jacarandá.
   Entre os 180 inadimplentes estão alguns produtores culturais conhecidos como o realizador do Festival Calango Pablo Capilé, além da Vera Lúcia Capilé, Juliana Capilé, Edson Guilherme, Edilson Baracat e Radamés Alves.
   Caso não apresentem a documentação solicitada, os proponentes poderão sofrer pena de instauração de Tomadas de Contas Especial, pelo artigo 156, do Regimento Interno do Tribunal de Contas da Lei Complementar 269/2007. Se responderem as tomadas de contas, os produtores têm mais uma oportunidade de regularizar a situação.
   O profissional, no entanto, se não atender a notificação terá que devolver o valor recebido pelo projeto, com juros e correção monetária, e também poderá ser inscrito na Dívida Ativa do Estado, ficando impedido de apresentar projetos no PROAC ou em qualquer outro edital estadual. A decisão de enviar os processos para abertura de tomada de contas é decisão da secretária estadual de Cultura, Janete Riva (PSD), que é a ordenadora de despesas.
   A lista de inadimplentes é composta por dois grupos. O primeiro com 112 produtores culturais que não apresentaram a prestação de contas, ultrapassando os R$ 2,6 milhões. Eles têm o prazo de 30 dias para a apresentação. Já os 68 restantes têm um prazo de 45 dias para apresentarem as contas. Destes, ficaram pendências de notificação a serem regularizadas. Neste caso, o valor é superior a R$ 2,4 milhões.
   Para evitar prejuízos ao erário, Janete Riva explica que montou uma Comissão de Prestação de Contas para acompanhar os projetos PROAC 2013. “A intenção é que todas estas prestações de contas pendentes sejam, finalmente, resolvidas, justamente pelo tempo em que se arrastam”.
RDNEWS - Notícias e Bastidores da Política em Mato Grosso

Com a inércia do presidente, Nadaf quer projeto de reforma regimental


Com a inércia do presidente, Nadaf quer projeto de reforma regimental

Valérya Próspero e Patrícia Sanches

  
Foto: Rodinei Crescêncio
Foto: Rodinei Crescêncio -- Mário Nadaf tenta convencer vereadores sobre mudança regimental. Na foto, Toninho e Faissal
Mário Nadaf tenta convencer vereadores sobre mudança regimental. Na foto, Toninho e Faissal
 O vereador por Cuiabá Mario Nadaf (PV), descontente com a forma como os trabalhos na Câmara são organizados, prometeu elaborar projeto de resolução a fim de modificar o Regimento Interno do Legislativo. As mudanças já deveriam estar sendo discutidas, tendo em vista que faziam parte da plataforma de propostas de campanha do presidente da Mesa Diretora João Emanuel (PSD), mas a questão nunca saiu do campo das ideias. O social-democrata, entretanto, tem empurrado o assunto com a "barriga".
  Entre as situações mais urgentes, conforme Nadaf, estão a implantação do Colégio de Líderes, semelhante ao que existe na Assembleia. Nele, as lideranças dos partidos na Câmara param para discutir os projetos que vão entrar em pauta assim como os “problemas” internos. O parlamentar questiona também o excesso de projetos votados na mesma sessão. "Tem dia que apreciamos mais de 30 e outros nenhum, isso é errado. Quando temos muitos, não é possível analisar todos".
  Nadaf ainda reivindica mais espaço para as minorias e alteração no funcionamento das Comissões Permanentes. Ele quer que a minoria tenha possibilidade de escolher, por exemplo, um dos integrantes que compõem CPI. Essa, no entanto, não é a primeira vez que um vereador tenta “mudar as regras” por meio de resolução. Em maio, o vereador Allan Kardec (PT) fez a sugestão para criação do Colégio de Líderes, com reuniões previstas para as segundas, mas até o momento, a matéria não foi votada.
   Na legislatura passada, os vereadores também tentaram mudar o Regimento Interno. A Câmara havia criado comissão para reformulá-lo, pois tinha um viés presidencialista. Os vereadores buscavam assim, mais autonomia. Apesar do descontentamento geral, as mudanças nunca saíram do papel. Isso porque o então presidente Deucimar Silva (PP) e o seu sucessor Júlio Pinheiro (PTB) acabaram travando uma briga interna, que acabou por sepultar a questão.
Ir para o Blog