Gisa Barros se destaca na Câmara com postura firme, independente e em defesa da população

Vereadora mantém coerência, fiscaliza o Executivo e se posiciona contra o inchaço da máquina pública

João Batista destaca atuação de Daniel Monteiro: “O vereador mais técnico e atuante de Mato Grosso”

vereador Daniel Monteiro, que vem se destacando por uma postura independente, técnica e coerente, especialmente nas discussões sobre políticas públicas e responsabilidade fiscal.

Ativista João Batista exalta Antonio Joaquim como patrimônio da educação em MT: “Referência ética, técnica e humana”

Professor e defensor dos direitos da infância destaca atuação exemplar do conselheiro do TCE-MT, que articula investimento histórico de R$ 120 milhões em creches no estado

Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas em debate

URUAÇU

85% das brasileiras que se prostituem no exterior são goianas

Euclides Oliveira
Valdir Monteiro: Goiás representa 85% do tráfico de mulheres
Valdir Monteiro: Goiás representa 85% do tráfico de mulheres

Uruaçu já ocupou o noticiário nacional por ser uma das cidades brasileiras que mais “exportavam” pessoas há cerca de dez anos, em meados de 2003. As vítimas, em sua maioria, eram mulheres que acabaram se tornando prostitutas em países europeus, acreditando nas promessas de um “bom emprego” e de “vida fácil” fora do Brasil. Em novembro de 2010, o controvertido assunto foi amplamente discutido na cidade pelo Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NFTP) do Ministério Público (MP) de Goiás. Quase três anos depois, o tema voltou a ser tratado no município – entre a manhã e a tarde da sexta-feira (21) – no plenário da Câmara Municipal de Uruaçu. Desta vez, o debate foi encabeçado pela Secretaria de Estado de Políticas Para Mulheres e Promoção da Igualdade Racial (Semira) – órgão do Governo de Goiás – com apoio da Prefeitura de Uruaçu e do Ministério da Justiça.
“Uruaçu, infelizmente, continua sendo uma cidade de origem e de destino para o deslocamento indevido de pessoas. Esse é o levantamento do Ministério da Justiça, juntamente com a ONU (Organização das Nações Unidas). Ao nosso ver, ainda faltam políticas para que as pessoas, dentro de sua própria região, possam desenvolver os seus sonhos. Essa circunstância faz a pessoa a entrar ´no sistema´ e acreditar no que é proposto, para realizar esse sonho. A pessoa, então, acaba indo embora correndo assim um risco muito grande. A questão com maior incidência ainda é a exploração sexual. Porém, a maioria das mulheres viaja sabendo exatamente o que irão fazer no exterior, embora a prostituição não seja crime no Brasil e em outras partes do mundo. Mas, quando a mulher é explorada, configura-se o crime. Há também a questão do ´casamento servil´, quando a pessoa acha que resolverá seus problemas casando com alguém da Europa, mas acaba sendo escravizada lá fora”, comentou o coordenador da Comissão Executiva de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Semira, Valdir Monteiro da Silva, em entrevista exclusiva ao DN antes do evento.
Segundo Valdir, outra preocupação da Semira diz respeito aos travestis goianos que também são submetidos a situações de vulnerabilidade e de cárcere privado em países europeus. Esse grupo, a exemplo das mulheres, contrai dívidas ainda no Brasil com a compra da passagem aérea e roupas, por exemplo. De acordo com ele, o relato de uma das últimas pessoas que voltou da Europa para Goiás é surpreendente. “Essa mulher nos relatou que estava sendo obrigada a manter 30 relações sexuais por dia, em média, somente com uma única alimentação. Trata-se de uma situação de crueldade em que a pessoa tem, inclusive, seus documentos recolhidos; que fica com medo por estar num país estranho, sem saber onde buscar informações. Apesar disso, existem ONGs internacionais que nos repassam informações e nos ajudam, independentemente da atuação dos consulados do Brasil no exterior”, completou o representante da Semira. Segundo Valdir, 85% das mulheres brasileiras vítimas do tráfico internacional de pessoas são originárias do Estado de Goiás, justificando a realização do seminário em 10 cidades até o presente momento.
“Queremos ofertar o conhecimento para que todos possam denunciar essa situação”, completou. Valdir evitou dizer qual a “colocação” que Uruaçu ocupa neste triste ranking, uma vez que o governo federal está atualizando as estatísticas dos municípios em que o problema é mais visível. Espanha; Suriname; Suíça; e Holanda são os países que mais abrigam brasileiras para a prática da prostituição e outras formas de “trabalho” sem as mínimas condições de dignidade humana. A prefeita Solange Bertulino (PMDB) foi representada no evento pela coordenadora do Centro de Referência da Mulher de Uruaçu, Celma Amâncio Pimenta Barbosa; e pela secretária municipal da Promoção Social, Ana Maria de Oliveira Araújo.

- See more at: http://traficodepessoas.org/site/2013/07/01/goias-enfrentamento-ao-trafico-de-pessoas-em-debate/#sthash.0ZkX7L3y.dpuf

Quatro acusações de abuso sexual pesam contra parlamentar capixaba

O Porrete (ES)

Gildevan_FernandesEsta se tornando corriqueiro para os Ministérios Publico Federal e Estadual receberem denuncias contra o deputado estadual Gildevan Alves Fernandes (PV/ES).
De maio de 2009 a maio de 2012 foram cinco denuncias.

A primeira foi em outubro de 2009, quando, a Justiça Federal atendendo pedido do Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF/ES), condenou o ex-prefeito de Pinheiros e deputado estadual eleito pelo Partido Verde (PV), Gildevan Alves Fernandes, por envolvimento no esquema de licitações irregulares para a compra de ambulâncias que ficou conhecido como Máfia dos Sanguessugas. A ação foi ajuizada em 29 de maio de 2009.

As irregularidades na Prefeitura de Pinheiros, em 2002, geraram superfaturamento de R$ 17.242,00 na compra de unidade móvel de saúde; em 2005, o superfaturamento foi de R$ 12.006,02, na aquisição de outro veículo semelhante.

Por esse crime o MPF/ES condenou Gildevan à perda da função pública que eventualmente esteja ocupando no momento do trânsito em julgado da sentença; à suspensão dos direitos políticos por cinco anos; ao pagamento de multa em valor equivalente ao dobro do valor do dano, que deverá ser revertida em favor de instituição de assistência social preferencialmente localizada em Pinheiros; e ao ressarcimento integral do dano.

A segunda denuncia recebida pelo Ministério Publico Estadual (MPE/ES) contra o deputado Gildevan, é o de uma tentativa de estupro, praticada contra Débora Cardoso Silva, que é funcionária pública concursada da prefeitura de Pinheiros.

Em audiência pública na CPMI da Mulher em Vitória, Débora, conforme já havia relatado em carta pública postada na rede social facebook no grupo “Consciência Política Razão Social” e posteriormente enviado cópia para a imprensa, relatou os detalhes da tentativa do crime. Ela descreve que foi assediada pelo parlamentar durante uma carona que recebera dele quando retornava de Boa Esperança para Pinheiros. No carro só estavam eles dois, e o deputado teria se insinuado sexualmente e feito várias perguntas maliciosas.

Ela havia passado por uma cirurgia de lipoaspiração há poucos dias e, por recomendação médica, usava uma cinta abdominal, acessório que, segundo a vítima, pode ter ajudado a evitar a consumação do estupro.

O processo já foi concluído pelo MPES, e em breve, deve ser encaminhado à Justiça.

A terceira denuncia contra o deputado Gildevan, também é de tentativa de abuso sexual. De acordo com a mãe da vítima, que prefere não se identificar, o deputado teria tentado “agarrar” sua filha, uma adolescente de apenas 14 anos dentro da casa da família.

A tentativa de abuso teria ocorrido em 2010, no município de Pinheiros, época em que Gildevan estava em campanha para deputado estadual, e teria ido à casa da vitima pedir votos.

A mãe da adolescente contou que o procurador questionou o casal sobre a demora para denunciar o caso. “Ele chegou a perguntar se a denúncia estava sendo feita agora porque estamos em ano eleitoral”. A mãe da adolescente, explicou, porém, que na época dos fatos chegou a enviar uma carta por e-mail ao senador Magno Malta (PR). “Como se tratava de um caso de pedofilia e o senador estava com a CPI da Pedofilia no auge, decidimos apelar para ele, mas não deu em nada. “Ele nunca respondeu nossa carta”, lamentou.

Além da dificuldade para lidar com um assunto tão delicado numa cidade pequena, a mãe da adolescente afirmou que a família também pensou duas vezes antes de levar o caso à polícia. “O irmão do deputado é escrivão de polícia. Imagina o constrangimento que seria para nós fazer um boletim de ocorrência contra o irmão dele”, questionou.

A mãe da jovem acrescentou que só se encorajou a denunciar o abuso após tomar conhecimento do caso da servidora Débora Cardoso Silva, que decidiu assumir publicamente as acusações contra o deputado. “Não conhecia a Débora pessoalmente, mas depois que ela denunciou o deputado, criei coragem para denunciar também. Ele não pode ficar impune. Pensei, ou a gente denuncia ou fica conivente com a situação”.

No último dia 17 de maio, os pais da jovem prestaram depoimento como testemunhas no caso da funcionária pública Débora Cardoso Silva, que foi a primeira vítima a denunciar o deputado por abuso sexual, ainda em 2011. O caso, no MPES, está sendo conduzido pelo procurador de Justiça Josemar Moreira, que ouviu os pais da adolescente.

A quarta denuncia recebida pelo Ministério Publico do ES contra o deputado, também é de abuso sexual, desta vez cometido contra duas moradoras também da cidade de Pinheiros. Uma das vítimas, inclusive, seria parenta do deputado, e as duas mulheres estão sob proteção policial.

Lembrando ainda que, no crime da Máfia dos Sanguessugas em maio de 2009, onde o deputado Gildevan foi condenado pelo MPF/ES à perda da função pública, o senador Magno Malta (PR) também foi citado, e muito provavelmente por isso, aquele senador que, além de cantar aos quatro ventos ser defensor ferrenho, e de sempre usar aquela camisa preta com os dizeres “Todos contra a pedofilia” não tenha se sensibilizado com o pedido daquela mãe, que teve sua filha de apenas 14 anos vitimada pelo crime hediondo praticado por seu amigo.


Crimes comuns e hediondos praticados por políticos continuarão impunes? O dinheiro público continuará escorrendo pelos esgotos da corrupção? Os capixabas continuarão morrendo pelo caos da saúde pública? A policia Federal vai ou não participar das investigações da operação Lee Oswald? São as respostas que a sociedade capuixaba espera receber dos nobres representantes do povo que exercem cargos públicos, eleitos ou nomeados. Com a palavra os astros dessa galeria.  

NOTA DO EDITOR

Retomamos os telefonemas do advogado de defesa do deputado ao Jornal O PORRETE exigindo que fossem alteradas as matérias publicadas com as denúncias sobre os supostos crimes de estupros e suprimidos alguns trechos e nomes de vítimas e testemunhas. Essa ousadia do defensor, que não é publico, diga-se de passagem, deve estar sendo muito bem pago pelo seu trabalho, é mais uma prova do quanto os políticos brasileiros acreditam estar acima das leis e garantidos da impunidade.

Por outro lado, deixa evidente o corporativismo evidente no poder Legislativo estadual com o silêncio guardado pelos membros da Comissão de Ética que fingem não ter conhecimento das acusações e que prevaricam deixando de praticar ato de ofício abrindo as devidas investigações e convocando o suspeito para apresntar sua defesa.

Fica assim mais uma vez comprometida a imagem da Assembléia Legislativa junto a opinião pública, cujos representantes do povo mostram rezar na cartilha "O ERRADO É QUE ESTÁ CERTO", como acontece com o calote do não pagamento do reajuste salarial de 11,98% devido aos servidores da Casa em flagrante descumprimento de um mandato judicial.

Outra flagrante omissão é conduzida pela Comissão de Saúde que nada faz para apuração do caos da Saúde Pública nem para apuração das dezenas de denúcias de mortes suspeitas de erros e negligência médica, equipamentos de urgência e emergência  inutilizados, e negativa de socorro.

Ainda mais grave o silêncio dos senhores deputados em relação as denúncias levantadas pela operação Lee Oswald e que envolvem suspeitas de graves crimes de desvio de recursos públicos praticados em pelo menos 15 municípios capixabas, apontando o ex-governador Paulo Hartung como mentor intelectual e chefe de um Esquemão que continua em operação.

Resta ainda as denucias de desvio de recursos públicos apuradas pelos auditores do Tribunal de Contas ao examinarem as Prestações de contas da Câmara Muncipal da Serra. Quase R$ 10 milhões.

QUANDO EU ME FOR DESTA VIDA LEVAREI A CERTEZA DE QUE OUTROS, MUITO MAIS AGUERRIDOS ASSUMIRÃO O MEU LUGAR. OPORTUNO CITAR ALGUNS COMPANHEIROS AINDA ANÔNIMOS: DAGMAR VULPI, FERNANDA TARDIN, ALLAN CLAUDIO, JOELMA, ED LASCAR, SAMUEL, PROFESSOR MAURICIO, PROFESSOR RENATO, GILSON MESQUITA, PROMOTOR SAINT'CLAIR NASCIMENTO. TODOS ESTES E MUITOS OUTROS PODERÃO SER IDENTIFICADOS EM MATÉRIAS DE COLABORAÇÃO AO JORNAL O PORRETE.

fonte: http://www.oporrete.com.br/geral/2418-quatro-acusacoes-de-abuso-sexual-pesam-contra-parlamentar-capixaba

Acadepol promove curso de enfrentamento ao turismo e exploração sexual de menores

Quarenta profissionais da Segurança Pública participam, durante esta semana (01 a 05.07), do Curso Integrado de Enfrentamento ao Turismo Sexual e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, realizado pela Polícia Judiciária Civil. A capacitação acontece na Academia de Polícia (Acadepol), no bairro São João Del Rey, em Cuiabá, em período integral, com 40 horas/aula.
Cerca de 200 profissionais das Polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal, divididos em cinco turmas de quarenta pessoas, serão capacitados no curso, com o objetivo de auxiliarem no combate a exploração sexual de menores. Nesta semana, o curso está sendo ministrado a terceira turma.
Entre as matérias na grade curricular do curso estão as disciplinas: “Estratégias e ações policiais sobre Turismo Sexual”, “Prevenção, saúde e assistência social às vítimas”, “Doutrina e Entendimentos dos Tribunais”, além de atividade prática e outras matérias. 

Pedro Taques


De acordo com Pedro Taques, o objetivo da PEC 6/2012 é garantir a exigência de um simples ditame republicano: uma ''vida pregressa” proba dos ocupantes de cargos de comissão e função de confiança.

Leia a proposta que amplia os efeitos da ‎#FichaLimpa para todo funcionalismo público: http://migre.me/fhGwQ
http://legis.senado.gov.br/mateweb/arquivos/mate-pdf/103238.pdf
Acompanhe ao vivo pela TV Senado: http://www.senado.gov.br/noticias/TV/ (AI)

Curso prepara profissionais para combater exploração sexual em MT

Com a realização da Copa do Mundo de 2014, Cuiabá deverá receber mais de 40 mil turistas. E deverá estar preparada para oferecer segurança aos visitantes e à própria população, especialmente no que diz respeito à exploração sexual de crianças e adolescentes. Com esse foco, a Secretaria de Estado de Segurança Pública vai promover a qualificação. 

  Nada menos do que 200 profissionais da segurança pública - polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal -, participam, durante esta semana (de hoje,segunda-feira, a sexta-feira, 5), do Curso Integrado de Enfrentamento ao Turismo Sexual e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, realizado pela Polícia Judiciária Civil. A capacitação acontece na Academia de Polícia (Acadepol), no bairro São João Del Rey, em Cuiabá, em período integral, com 40 horas/aula. 

  Cerca de 200 profissionais das Polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal, divididos em cinco turmas de quarenta pessoas, serão capacitados no curso, com o objetivo de auxiliarem no combate a exploração sexual de menores. Nesta semana, o curso está sendo ministrado a terceira turma. 

  Entre as matérias na grade curricular do curso estão as disciplinas: “Estratégias e ações policiais sobre Turismo Sexual”, “Prevenção, saúde e assistência social às vítimas”, “Doutrina e Entendimentos dos Tribunais”, além de atividade prática e outras matérias. 

  O evento é promovido pela Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge), do Ministério da Justiça e visa Copa do Mundo e Olimpíadas.

Por: Darwin Júnior
Fonte: Olhar Direto

Justiça condenada líder ruralista envolvido em rede de prostituição e exploração sexual de menores

Opresidente da Federação de Agricultura do Acre, Assuero Doca Veroznez, foi condenado nesta segunda-feira pelo juiz da 2ª Vara da Infância e Juventude de Rio Branco, Romário Divino, a oito anos de prisão, em regime semi-aberto, por integrar uma rede de prostituição e exploração sexual envolvendo mulheres maiores e menores de idade no Acre. Ao todo foram condenados 15 agenciadores e clientes da rede de prostituição. 
O pecuarista Assuero Veronez era o braço direito da senadora Kátia Abreu (DEM-TO) no cargo de vice-presidente da Confederação Nacional de Agricultura (CNA). Ele foi afastado da direção da CNA após ser preso, em dezembro do ano passado, durante a Operação Delivery, resultante da atuação do Ministério Público e da Polícia Civil do Acre.
Veronez também foi condenado a pagar R$ 20 mil a título de reparação mínima por danos morais causados às vítimas N. P. G. N., S. C. A. de L., M. E. B. G., J. L. K., T. M. dos S.
O pecuarista Adálio Cordeiro Araújo também foi condenado a oito anos de prisão em regime semi-aberto. Foi concedido ao sentenciado o direito de recorrer em liberdade. Também foi fixado o valor de R$ 20 mil a título de reparação mínima por danos morais causados às vítimas J. L. K., M. E. B. A., S. C. A. de L. e N. P. G.
De acordo com a sentença de 258 páginas, a lista dos 15 condenados: Jardel de Lima Nogueira, Francinei de Oliveira Contreira, Greice Maria Vasconcelos de Almeida, Adriano Macedo Nascimento Filho, Romara Costa da Mota, Thiago Celso Andrade Reges, Maria José Souza da Silva, Adálio Cordeiro Araújo, Assuero Doca Veronez, Marcello Moniz Mesquita, George Cruijff Sales da Costa, Ramadan Kalil, Charlom Pereira da Silva, Manoel Machado da Rocha Filho e Cassio Pereira Gonçalves.
Clique aqui para ver a dosimetria detalhada da pena de cada um dos réus.
O juiz Romário Divino absolveu dos crimes a que respondiam até então Ari Palu, Cassius Afonso Regio Nogueira, Carlos Fernando Gomes Martins, Jamil Kassem Mastub, Lazaro Santos Pessin, Narciso Mendes de Assis e Paulo Henrique Delfino Nascimento.
O juiz ouviu 47 testemunhas de acusação e 46 de defesa. Ele considerou contundentes as provas presentes nos autos, como áudio, fotos e vídeos, que evidenciaram a prática criminosa. O processo, que corre em segredo de justiça, incluiu 22 pessoas acusadas pela prática dos crimes previstos no Título VI, da Parte Especial, do Código Penal – "crimes contra a dignidade sexual".
Trechos de interceptações telefônicas demonstraram que os agenciadores também se inter-relacionavam, fazendo o intercâmbio de "garotas de programa", auxiliando-se mutuamente, empregando a mesma estratégia de aliciamento, oferecendo garotas para a realização de programas sexuais a clientes comuns e até praticando o tráfico internacional.
As fotos e vídeos mostram que os agenciadores atuavam como “verdadeiros intermediários, exercendo a função de autênticos cafetões”, sustentando-se da prostituição, mediante a obtenção de vantagem ou participação direta nos lucros do preço do serviço sexual realizado pelas garotas agenciadas.
Boa parte das garotas era menor de idade e eram atraídas mediante promessas de vantagens econômicas, para realizar programas sexuais com os denunciados do núcleo de usuários ou consumidores dos serviços sexuais que, na sua maioria, era constituído por pessoas “pertencentes aos mais elevados estratos sociais e detentores de elevado poder aquisitivo, como fazendeiros, empresários, políticos e autoridades.”
Segundo o inquérito policial, foi constituída na cidade uma extensa e bem organizada rede de prostituição e exploração sexual envolvendo mulheres maiores e menores de idade que era comandada por sete pessoas, denunciadas pelo favorecimento da exploração sexual de mulheres maiores de idade e adolescentes, entre 14 e 18 anos de idade, bem ainda pela conduta de rufianismo, vez que se sustentavam da prostituição alheia.
Ainda conforme a denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual, os envolvidos no caso são separados em dois grupos distintos: os que integravam o chamado "núcleo de agenciadores" da rede de prostituição e exploração sexual, intermediando e oferecendo garotas por eles negociadas para fazer programas sexuais com os do núcleo denominado de "usuários" ou "clientes".
"Referência extraordinária"
Em julho de 2010, Veronez e a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), principal voz em defesa dos ruralistas no país, recepecionaram o então governador Binho Marques (PT), em Rio Branco, durante a inauguração da sede da Federação da Agricultura do Estado do Acre (Faeac). A solenidade foi prestigiada pelo ex-governador Jorge Viana (PT), que era candidato ao Senado.
Durante a solenidade, a senadora assistiu a um vídeo sobre o Acre, produzido Veronez, presidente da Faeac. Ele não conteve a emoção e foi aplaudida por fazendeiros e antigos companheiros de Marina Silva e Chico Mendes.
- Imaginem o que seria do verde se todo mundo gostasse do amarelo. Eu vejo as imagens da boiada do Acre correndo pelos pastos e eu sinto o meu coração estalar. Eu sinto o peito encher de orgulho e admiração pelo meu país, pelo que nós conseguimos com essa pecuária maravilhosa, construída pelo esforço único e exclusivamente dos pecuaristas do Brasil.
A senadora afirmou que Veronez é uma "referência extraordinária" em meio ambiente, tema que ela considera “importante e doloroso”.
- Pode existir alguém no país que conheça de meio ambiente igual ao Assuero. Nunca ninguém mais do que ele. Há 13 anos este homem luta incansavelmente para ver a legislação ambiental modificada. Quero declarar ao Acre a gratidão de 5 milhões de produtores rurais a um acreano de coração, que é o Assuero Doca Veronez.
Nota divulgada pela CNA em dezembro, após a prisão do pecuarista
"A diretoria da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) cumpre o dever de informar o afastamento imediato, deste colegiado, do presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Acre, Assuero Doca Veronez. Ele permanecerá afastado até que sejam concluídas as investigações policiais sobre suposta rede de prostituição de menores.
A CNA repudia a exploração sexual de menores e considera indefensável o envolvimento de qualquer cidadão com a prática de crimes desta natureza.
Brasília, 2 de novembro de 2012
Assessoria de Comunicação da CNA"

Tráfico de pessoas: Um submundo de exploração sem fronteiras

Crime transforma 3 milhões de pessoas em mercadorias por todo o mundo e movimenta 32 bilhões de dólares anuais
Aline Shayuri Yamada de Souza
Aline Shayuri

A legislação brasileira considera crime apenas o tráfico de pessoas para fins de exploração sexual; ainda não existe punição para o tráfico para fins de trabalho escravo, trabalho doméstico, venda de órgãos e adoção ilegal.
O tráfico de pessoas é um crime invisível, frequente e preocupante que está em discussão não só entre autoridades de governo e órgãos policiais, mas também entre a população. A divulgação da novela Salve Jorge, da Rede Globo, que estreou no fim de outubro de 2012, colaborou com o aumento desse debate sobre a transformação de pessoas em mercadorias. Segundo dados da Polícia Federal, 475 inquéritos foram instaurados sobre o crime de tráfico internacional de pessoas entre 1999 e 2011 no Brasil.
Em fevereiro de 2013, o Ministério da Justiça lançou o 2º Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas em parceria com as secretarias de Direitos Humanos e de Políticas para as Mulheres da Presidência da República. Para aperfeiçoar a legislação brasileira, o MJ vai solicitar à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal pressa na apreciação de projetos de lei que ampliem os tipos de crimes envolvendo o tráfico de pessoas.
Atualmente, o Código Penal considera crime apenas o tráfico de pessoas para fins de exploração sexual. Falta previsão legal para punir o tráfico para fins de trabalho escravo, trabalho doméstico, venda de órgãos e adoção ilegal.
O Congresso Nacional tem duas CPIs instaladas sobre o assunto. O presidente da CPI do Tráfico de Pessoas da Câmara, Arnaldo Jordy, garante que ainda neste semestre será apresentada uma proposta de legislação específica que adeque tudo o que foi observado como sendo vulnerabilidade da justiça brasileira para o efetivo combate ao tráfico de pessoas.
No senado, a relatora Lídice da Mata (PSB-BA) propôs a alteração do texto da Lei: de “crime contra a dignidade humana” para “agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, alojar ou acolher pessoa, por meio de ameaça, coação ou qualquer outra forma de violência, sequestro, cárcere privado, fraude, engano, abuso de poder, financiamento, corrupção, ou qualquer outro meio análogo, para fins de exploração de alguém, independentemente de seu consentimento”.
Ela acredita que a mudança pode evitar casos como o da filha de Márcia*, vítima do tráfico para fins de exploração sexual na Espanha. "A pessoa que convidou minha filha percebeu a fragilidade dela porque tinha dois filhos, tinha vontade de me ajudar, e ela, então, agiu de má-fé". A mãe conta que quando a filha deixou de ser útil para a mulher que a levou para lá, foi jogada na rua. Até que um dia conseguiu ligar para casa e pedir que alguém conseguisse seu retorno para o Brasil porque estava sofrendo muito. "Ela voltou completamente desequilibrada mentalmente”, declara a mãe.
No esforço para a abordagem legal da questão, o MJ elaborou um guia de referência sobre o Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas com o apoio do Centro Internacional para o Desenvolvimento de Políticas Migratórias (International Centre for Migration Policy Development - ICMPD) da União Europeia. Quatro capítulos abordam temas como imigração, tráfico de pessoas no Brasil e no exterior, estrutura para o combate a esse tipo de crime, entre outros aspectos.

TRÁFICO DE PESSOAS
Pelo conceito do Protocolo de Palermo – um acordo internacional em que o Brasil é signatário –, essa atividade existe para diversas finalidades como exploração sexual, comercialização de bebês e crianças para adoção, trabalho escravo, trabalho doméstico, casamento servil e venda de órgãos.
De acordo com a legislação nacional, o crime de tráfico de pessoas se configura e se consuma com a saída da pessoa do seu país de origem e entrada em outro, ainda que não haja exploração. “Se ocorre qualquer flagrante enquanto o aliciador ainda está no aeroporto com as vítimas, a Polícia Federal não pode prendê-lo porque o crime não foi consumado”, afirma o delegado federal, Luciano Ferreira Dornelas.
No tráfico para fins de exploração sexual, as quadrilhas costumam agir mediante certos métodos. Antes da viagem, os aliciadores instruem as vítimas de como se portar no serviço imigratório. Além disso, dão dinheiro para que elas comprem roupas e vão ao salão de beleza. Também compram a passagem de ida e entregam muitas notas de euro para que elas mostrem ao serviço de imigração no aeroporto de destino. Assim, fingem que são turistas com dinheiro para gastar. Quando chegam ao local de trabalho, as vítimas têm os documentos e o passaporte retidos, são submetidas a cárcere privado e todo tipo de violência.
“A maioria das vítimas deseja viajar e sabe que a finalidade é a prostituição. No entanto, o crime acontece quando elas sofrem o engano”, diz a delegada federal e chefe da Unidade de Repressão ao Tráfico de Pessoas da Divisão de Direitos Humanos da Polícia Federal, Vanessa Gonçalves Leite Souza. Esse engano se refere às condições em que a prostituição será exercida.
 “A pessoa sai do seu país de origem achando que sua dívida será apenas o valor da passagem. Entretanto, somam-se o valor das roupas que ela comprou antes de ir, mais cada dia que ela dorme num aposento, mais o que ela come e fica difícil de pagar”, conta Vanessa. Enquanto a dívida não é quitada, os relatos são de que a pessoa vira refém dos aliciadores.
O aliciamento normalmente é feito por uma pessoa próxima. “Não raro, é uma tia, uma prima, uma vizinha, uma amiga por quem a vítima tem o mínimo de confiança, que ela já sabe que foi para o exterior e voltou com um certo dinheiro”, afirma a delegada.
A maior dificuldade encontrada pelas autoridades no combate a esse tipo de crime é a falta de conscientização das potenciais vítimas. Elas não se veem como tal em grande parte dos casos porque sentem culpa por ter aceitado viajar e afirmam estar "pagando o preço".
Mas isso não significa que esteja afastada a configuração do tráfico de pessoas. O crime, então, subsiste mesmo que haja o consentimento.

VÍTIMA DO PRÓPRIO SONHO
A modelo Monique Menezes da Silva foi enganada dessa forma e conta que se perdeu no próprio sonho. Como já tinha viajado para a Itália a trabalho aos 14 anos, ficou encantada com o convite de um scouter (agenciador) chamado Junior Pelicano de uma agência em Nova Deli. "Eu contei a minha situação pra ele, eu tenho um filho, eu falei que tinha o sonho de ter a minha casa, de conseguir minha realização internacional, e confiei nele".
Monique conta que o contrato era para um período de seis meses, com salário de US$ 2100 mais o valor de cada trabalho que fizesse, além de motorista a disposição, aluguel e passagens. Ela conversou, pela internet, com duas moças que já "modelavam" naquele país. "Pelo que elas me falavam pela Internet, o contato que mantínhamos, elas não me contaram o que estava acontecendo, acho que por medo porque eu não sabia o que elas faziam", disse. Por não ter o inglês fluente, Monique leu pouco o contrato e assinou.
Ao chegar à Nova Deli, ela foi levada para uma casa com vários quartos onde viviam a francesa Anne Sabrina Savouyaud, dona da agência, as duas moças com quem Monique manteve contato e alguns empregados.
Os primeiros trabalhos foram de modelo, tirando fotos com roupas indianas para catálogos de lojas na internet. Mas, já na segunda semana, as coisas mudaram. E ela foi obrigada a se prostituir. "Eu ganhava US$ 40 por semana. Várias vezes fiquei sem dinheiro, sem comida. Jamais pensei que seria tratada assim".
Quando ela conseguia ligar para a família, não comentava nada para não assustá-los. Até que um dia, fingindo que ia ao mercado porque não havia nada para comer na casa, Monique ligou para o consulado do Brasil em Nova Deli. "Eu pedi ajuda do consulado porque eu não tinha condição de comprar a passagem de volta, meus pais não tinham condição. Minha mãe, quando soube da situação, ficou desesperada". O consulado iniciou uma investigação e descobriu outros casos de modelos que também sofreram maus tratos na mesma agência.
A modelo retornou para o Brasil e vive, hoje, com os pais na Bahia. Ela conta que ainda tem dificuldade em trabalhar, em se expor. "É uma sensação horrível você não poder pedir ajuda ou ligar pra sua família e não poder falar. Eu voltei para o Brasil bem traumatizada", conta.

ENGANADA PELA PORTUGUESA
Em agosto de 2011, Rosenilda Barbosa Alves prestou depoimento em audiência pública na Câmara Municipal de Salvador, na Bahia. Ela foi atraída por uma cidadã portuguesa a morar em Portugal, onde supostamente teria melhores condições de vida para ela e as duas filhas. No entanto, ao ter seu visto de turista expirado, Rosenilda teve que voltar para o Brasil, regularizar sua situação migratória. Foi convencida a deixar suas filhas sob os cuidados da mulher.
Mas não conseguiu voltar a Portugal e soube, então, que a portuguesa havia ingressado com pedido de adoção das duas crianças brasileiras. Para Rosenilda foi concedido apenas o direito de visitar as filhas. Apesar de o processo judicial já se encontrar na última instância de Portugal, o governo brasileiro até então ainda não havia tomado nenhuma medida eficaz a fim de reaver essa situação.

ORIGENS E DESTINOS
“As possíveis origens [das vítimas] são onde há vulnerabilidades econômicas, sociais, psicológicas”, afirma a delegada federal Vanessa Souza.
Já o também delegado Luciano Ferreira Dornelas afirma que não há rotas fixas para esse tipo de crime, pois “os aliciadores podem mudar esse caminho enviando a vítima para outro local e, posteriormente, por meio de outra pessoa contratada por terra pela organização criminosa, enviam a vítima para seu real destino”. Ele é autor dos livros “Tráfico de Pessoa – Cooperação Jurídica Internacional no Combate ao Tráfico” e "Manual de Combate ao Tráfico de Pessoa”.

Quando se trata de vítimas brasileiras, os destinos mais comuns são Portugal, Espanha e Itália. Sendo este último bem marcado pelos travestis e transexuais. Na região das Guianas, como Suriname e Guiana Francesa, muitas pessoas são levadas para trabalhar em garimpos.

OUTROS TIPOS DE TRÁFICO
Cerca de 80% das mulheres ou meninas traficadas destinam-se a exploração sexual. O restante das vítimas são homens, mulheres e crianças que trabalham em condições análogas à escravidão em áreas agrícolas ou fabris. “Nós não podemos mais analisar a questão da escravidão hoje como a figura daquelas pessoas que ficavam presas e acorrentadas em senzalas”, destaca o delegado Dornelas.
Mas a frequência do tráfico internacional de jogadores de futebol, modelos, bailarinos e cozinheiros de restaurantes étnicos também aumentou. Nesses casos, as vítimas são levadas para países como Armênia, China, Cingapura, Filipinas, Grécia e Índia. Em todos esses casos, há o confisco de passaporte, as jornadas são extenuantes, sem remuneração e em condições sub-humanas.
O deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), cita o exemplo de olheiros de escolhinhas de futebol que prometem aos garotos de famílias humildes que eles se tornarão grandes jogadores profissionais, ganhando fama e dinheiro. “É como se eles entregassem um bilhete premiado para essas frágeis famílias”, declara.  

ENFRENTAMENTO DO GDF
Em março de 2013, o Governo do Distrito Federal realizou a primeira blitz sobre o tráfico de pessoas no Aeroporto de Brasília. A proposta era levar informação sobre esse tipo de violência ao público.
O então subsecretário de Direitos Humanos da Sejus-DF, Todi Moreno, afirma que essa ação é o melhor remédio contra esse crime que viola o direito humano das pessoas. "Procuramos levar informação para elas e mostrar que, às vezes, podem estar sendo enganadas. Muita gente cruza o Oceano Atlântico em busca de sonhos e a gente percebe que quando ela chega ao seu destino não é bem o que foi prometido".
"As pessoas acham que não pode acontecer com elas. Mas, infelizmente, está acontecendo e a gente nem percebe. Os criminosos sabem persuadir, sabem trabalhar o psicológico da vítima e ela não denuncia, a família às vezes nem sabe o que está acontecendo”, diz o subsecretário.

QUANDO GENTE VIRA COISA
A CPI do Tráfico de Pessoas no Senado Federal já ouviu vários depoimentos. Um deles foi o de Antônio*. O filho dele encontra-se preso no Suriname depois de aceitar uma proposta de trabalhar como modelo fotográfico. Ele viajou sem o consentimento dos pais. "Alguém fez uma manipulação tão grande que ele não falou nada para nós, não comentou nada".
A esposa de Antônio*, Maria*, foi para o Suriname assim que soube da prisão e continua no país. O rapaz foi preso porque se envolveu em um assalto por estar passando fome e não ter os documentos pessoais para provar sua identidade.

ENFRENTAMENTO DA PF
A atuação da Polícia Federal ocorre por meio de interceptações telefônicas, depoimentos das vítimas e de outras pessoas envolvidas, interceptações ambientais (captação de imagens em determinados locais de maior ocorrência do crime), produção de relatórios dos achados e da investigação de documentos pessoais.
A Polícia Federal e os órgãos de enfrentamento ao tráfico de pessoas recebem denúncias de diversas fontes como o Ligue 180 e o Disque 100. “Atualmente, a mais importante, em volume, é o Ligue 180 da Secretaria de Políticas para as Mulheres. Após o início da novela Salve Jorge, o volume de denúncias aumentou consideravelmente”, afirma a delegada federal Vanessa Souza.

OPERAÇÕES DA PF
Em 15 de maio de 2013, a Polícia Federal iniciou a Operação Liberdade para combater o tráfico de imigrantes de Bangladesh para trabalhar na construção civil no Distrito Federal. Foram encontradas 80 pessoas morando em seis casas em Samambaia, cidade satélite de Brasília.
De acordo com a investigação, a quadrilha aliciava trabalhadores no país asiático com falsas promessas de salários de US$ 1.000 a US$ 1.500, e cobravam até US$ 10.000 pela imigração ilegal.  Atualmente, o salário mínimo em Bangladesh é de cerca de US$ 38. As vítimas entraram ilegalmente no Brasil via Guiana Inglesa (Boa Vista/RR), Peru/Bolívia (Assis Brasil/AC) e Bolívia (Corumbá/MS), com a utilização imprópria do pedido de refúgio para regularizar a situação migratória. Foram identificados quatro "coiotes" (pessoas que intermediavam o tráfico), mas não foi feita nenhuma prisão.
Em outubro de 2012, o Ligue 180 recebeu uma denúncia vinda de Salvador/BA. Era a mãe de uma jovem levada para trabalhar em Salamanca, na Espanha. Três meses depois, a Polícia Federal deflagrou a Operação Planeta, juntamente com o Cuerpo Nacional de Policía (a polícia nacional espanhola). Ao final, foram fechadas duas casas de prostituição na Espanha e presos aliciadores nos dois países.

No mesmo mês, houve a Operação Sisifo em três casas noturnas de Imbituba e Imaruí, em Santa Catarina, onde 21 mulheres paraguaias eram exploradas sexualmente. Elas foram libertadas e voltaram ao país de origem. Cinco suspeitos foram detidos.
Já em março de 2013, a operação foi no município de Naviraí, Mato Grosso do Sul. Sete mulheres paraguaias trabalhavam em um bar, onde funcionava um prostíbulo. As vítimas viviam ilegalmente no Brasil, eram mantidas em cárcere privado e agredidas constantemente pelo proprietário do local, que foi preso.

COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL
O delegado federal Luciano Dornelas destaca a importância desse tipo de cooperação no livro “Tráfico de Pessoa – Cooperação Jurídica Internacional no Combate ao Tráfico”, de autoria dele: “[...] é preciso que os governos dos Estados envolvidos nessa luta se comuniquem de forma adequada, respeitando a soberania ao mesmo tempo em que cooperam entre si”.

ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS
Ao mesmo tempo em que faz a repressão, o Governo montou os Núcleos de Enfrentamento e os Postos Avançados de Atendimento Humanizado aos Migrantes em alguns Estados para prestar assistência às vítimas.

Programas como o Pró-Vítima atendem, além das próprias traficadas, as famílias delas. A recuperação e reintegração das vítimas na sociedade incluem cuidados médicos, psicológicos, de assistência social e jurídica.


CLIQUE AQUI para assistir ao vídeo "Tráfico de pessoas: Um submundo de exploração sem fronteiras".

CPI do Tráfico de Seres Humanos

Na qualidade de membro da CPI que apura o Tráfico de Seres Humanos da Câmara dos Deputados, o deputado Federal Severino Ninho (PSB) apresentou um requerimento para que sejam convidados para participarem de Audiência Pública na referida Comissão, o professor e escritor Samuel Lira e a Sra. Lúcia Amélia Brullhardt. 



Samuel Lira é palestrante e organizador de ações e publicações que ajudam as vítimas do crime do tráfico de pessoas, exploração sexual e o tráfico de seres humanos em Pernambuco, no Brasil e em outros países, enquanto a Sra. Lúcia Amélia é fundadora e presidente da ONG Prevenção Madalena's, com sede na Suiça, onde faz um reconhecido trabalho prevenção ao tráfico de pessoas.

Antônia Lúcia homenageia Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

Foto: Fernando Chaves
Em ato público na Câmara em homenagem ao Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, a deputada Antônia Lúcia (PSC-AC), membro da CPI que investiga esse tipo de tráfico e vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, ressaltou a importância de cuidar das crianças de hoje, para que no futuro o Brasil não tenha mais que enfrentar o problema.

“Tenho lutado ativamente no Congresso contra a exploração sexual de crianças e adolescentes. E como membro da CPI que investiga esses crimes, não poderia deixar de estar presente nessa cerimônia. Não basta pensar nas crianças de amanhã e no que poderemos fazer por elas, temos que cuidar daquelas que passam por isso hoje, e em como podemos evitar tantas tragédias na infância. Afinal, são elas quem tomarão conta do nosso país no futuro”, enfatizou a acreana.
ASCOM PSC Nacional

EXPLORAÇÃO SEXUAL Xuxa pode depor em CPI

Professor também teria abusado da apresentadora
PUBLICADO EM 23/05/12 - 01h10

Integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a exploração sexual de crianças e adolescentes apresentaram ontem dois requerimentos para convidar a apresentadora Xuxa para depor.

Em depoimento ao programa Fantástico, da TV Globo, no último domingo, ela revelou ter sofrido abuso sexual na infância e na adolescência.

A apresentadora contou que foi abusada sexualmente por "várias vezes" e que não contou aos seus pais por medo. Ela apontou o "melhor amigo" do pai e o namorado da avó como dois dos responsáveis pelo abuso.

Com medo de expor a imagem da apresentadora, integrantes da comissão propuseram que Xuxa fosse consultada sobre o convite antes de a proposta ser votada. Com a permissão da relatora, a votação foi adiada para a próxima terça-feira, dia 29. Se aprovados, os requerimentos não obrigam a apresentadora a comparecer à CPI.

CPI sobre exploração sexual pretende ouvir depoimento de Xuxa

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a exploração sexual de crianças e adolescentes vai votar nesta terça-feira requerimento para ouvir a apresentadora de TV Xuxa Meneghel. Em depoimento veiculado na TV Globo no último domingo, durante o programa Fantástico, a apresentadora revelou ter sofrido abuso sexual na infância e na adolescência. O deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), autor do pedido, argumentou que a apresentadora prestou um testemunho impactante e que a presença dela na CPI será uma contribuição importante para a comissão.
Xuxa revelou ter sido abusada sexualmente por "várias vezes" e que não contou aos seus pais por medo. Ela apontou o "melhor amigo" do pai e o namorado da avó como dois dos responsáveis pelo abuso. Xuxa também citou um professor. Ele teria dito que ninguém acreditaria na palavra da apresentadora, então uma criança, caso ela resolvesse revelar o abuso.
O depoimento da apresentadora foi feito quando ela falava sobre seu trabalho com as crianças. "Eu fui abusada. Eu sei o que é, o que uma criança sente. A gente sente vergonha, a gente não quer falar sobre isso, acha que a gente é culpada", disse a apresentadora.

Tiroteio deixa oito pessoas feridas após jogo da NBA
Oito pessoas ficaram feridas, uma em estado grave, por tiros disparados enquanto milhares de fãs deixavam uma partida de basquete dos playoffs da NBA na noite de segunda-feira, informou a polícia.
O tiroteio ocorreu durante um confronto do lado de fora da arena Chesapeake, no centro da Cidade de Oklahoma, enquanto fãs seguiam para o estacionamento após o time da casa, o Oklahoma City Thunder, ter derrotado o Los Angeles Lakers.
Uma vítima estava em estado grave, enquanto as outras sete pessoas atingidas não apresentavam risco de morte, afirmou o capitão do Departamento de Polícia da Cidade de Oklahoma. A polícia local afirmou na manhã desta terça-feira que não havia novidades sobre o estado de saúde das vítimas.
O tiroteio começou quando um grupo de mulheres avançou em um grupo de homens e começou uma discussão, segundo Nelson. Um homem teria puxado a arma e começado a atirar.
Não houve nenhuma prisão, mas duas pessoas em um veículo foram detidas para questionamentos, afirmou o capitão.
Investigadores acreditam que entrevistas com os feridos podem ajudar a identificar os suspeitos.
Além das 18 mil pessoas que lotaram a arena para assistir ao jogo, cerca de 9 mil pessoas se aglomeraram do lado de fora para ver a partida em um telão.

PF desmonta quadrilha de tráfico internacional de drogas no RS e em outros estados do sul
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira a Operação Ibéria para o cumprimento de 12 mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão de um grupo suspeito de tráfico internacional de drogas nos três estados do Sul do País e no Uruguai. Os alvos são moradores de Pelotas, Chuí e Porto Alegre no Rio Grande do Sul; Criciúma em Santa Catarina; Cascavel no Paraná; e Chuy no Uruguai.
A investigação teve início para averiguar a conexão de traficantes brasileiros com espanhóis que abandonaram em julho de 2011 um veleiro com cerca de 450 kg de cocaína em Buenos Aires, na Argentina, e logo após se dirigiram até Pelotas, onde permaneceram por alguns dias. Na cidade, contaram com apoio de um traficante estabelecido na região. A partir daí, foi descoberto que, além da conexão internacional, ele mantinha um esquema próprio de distribuição de maconha em Pelotas e na região da fronteira Brasil-Uruguai, na cidade do Chuí. A droga vinha do Paraguai até Porto Alegre e era distribuída para Pelotas.
Duas pessoas foram presas em flagrante durante a investigação, além da detenção de um dos espanhóis que deixou a carga na Argentina. Ele era procurado pela Interpol e tinha mandado de prisão para extradição expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Na manhã de hoje foram cumpridos seis mandados de prisão e apreendidos R$ 18 mil, 4,8 mil dólares, 4,9 mil pesos uruguaios, 3,6 quilos de maconha, 660 gramas de cocaína, pequena quantidade de crack, cinco automóveis, três motocicletas e duas balanças de precisão.

Estudante recebe multa de 675 mil dólares por baixar 31 músicas
Depois de ter feito o download de 31 músicas, e posteriormente compartilhá-las em 2007, o estudante Joel Tenenbaum foi processado, condenado e agora terá de pagar uma multa no valor de 675 mil dólares.
O estudante foi processado pela associação da indústria fonográfica do país, a RIAA (Recording Industry Association of America), acusado por grandes gravadoras como Sony BMG e Warner Brothers de violação de copyright ao baixar e compartilhar uma seleção composta com músicas como, por exemplo, “Pink”, do Aerosmith, e “My Name Is”, do rapper Eminem.
No primeiro julgamento, Tenenbaum, estudante de PhD em Física da Universidade de Boston, foi condenado a pagar o valor. Porém, ao recorrer em 2009, um juiz optou por reduzir a multa para 67.500 dólares, por considerar a original “excessiva”.
A luta para baixar ainda mais o montante, associada aos contínuos recursos da RIAA, prejudicaram ainda mais o jovem. No fim das contas, a justiça americana acabou por reinstaurar a multa original. A justificativa foi a de que o juiz que ordenou a redução do valor não tinha competência para fazê-lo em um caso de direitos autorais.

Desemprego entre os jovens deve se manter em alta até 2016, diz OIT
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) informou hoje (22) que a tendência é que a taxa mundial de desemprego entre os jovens se mantenha em alta até 2016. De acordo com especialistas, os efeitos da crise econômica internacional ainda são intensos. Segundo o relatório, em 2012, a estimativa é que aproximadamente 75 milhões de jovens, de 15 a 24 anos, fiquem desempregados ao longo deste ano.
"A crise de desemprego entre os jovens pode ser vencida desde que a criação de emprego para os jovens se torne uma prioridade no processo político e que os investimentos no setor privado acelerem radicalmente", disse o diretor executivo da OIT para o Emprego.
Os números calculados para 2012 representam 4 milhões a mais de jovens desempregados em comparação aos dados de 2007. As informações estão no relatório Tendências Mundiais do Emprego dos Jovens.
As previsões mostram que 12,7% dos jovens devem ficar desempregados ao longo deste ano. Um percentual idêntico ao auge da crise em 2009 e ligeiramente superior ao de 2011, quando o desemprego afetou 12,6% dos jovens.
"[As medidas que devem ser adotadas] passam por medidas como alívios fiscais e incentivos para as empresas que contratam jovens, esforços para reduzir a diferença de competências entre os jovens, programas de empreendedorismo que integrem formação qualificada, e acesso aos capitais, bem como uma melhoria da proteção social dos jovens", disse o representante da OIT.
Texto produzido por Christian Ely.

Deixe seu comentário sobre as notícias que giraram o mundo no dia de hoje.
Atualizado de segunda a sexta-feira, durante o programa Rádio Repórter (das 14h30min até 16h).