Fonte: A Gazeta
O governador Silval Barbosa (PMDB) terá que ter diplomacia aguçada para conseguir costurar uma nova composição no seu secretariado e contemplar partidos aliados como o Partido da República (PR) e o Partido da Social Democracia (PSD) sem desagradar outros partidos como o próprio PMDB. Tudo porque os próprios partidários de ambas as siglas não tem discurso uniforme, ou seja, na mesma medida em que desejam manter os cargos que já ocupam não chegam a um consenso de quem é o melhor nome para a função.
Fora isto, o PSD não tem mais cargos, entregou todos, mas se manteve firme na condição de partido governista e em alguns casos sendo mais importante para o governo do Estado na votação de matérias fundamentais na Assembleia do que outros partidários não tão fiéis quanto pregam, mas que cobram força política por essa fidelidade.
Um dos exemplos mais claros é a questão envolvendo Francisco Vuolo que chegou a ser praticamente confirmado como secretário de Transportes e Pavimentação Urbana, cargo atualmente ocupado por outro republicano, Arnaldo Alves de Souza. "Não vejo motivos para a troca, principalmente agora em que o secretário conseguiu recursos superiores a R$ 2,5 bilhões em investimentos para obras rodoviárias e de pontes", disse o deputado Emanuel Pinheiro lembrando que não existe veto ao nome de Vuolo, e sim a necessidade de não prejudicar quem vem fazendo um trabalho de longo prazo que começa a ter resultados positivos.
Emanuel Pinheiro chegou a defender que Francisco Vuolo fosse nomeado como Secretário de Cultura, cargo até então ocupado por outro deputado republicano, João Malheiros, hoje candidato a vice na chapa liderada por Mauro Mendes (PSB) que é contrária ao governo Silval Barbosa.
Já o PMDB que nas últimas horas resolveu partir para a refrega e não permitir que a Secretaria de Cidades que era ocupada pelo peemedebi ta Nico Baracat, recém falecido, e atualmente tem como titular o também membro do PMDB, Gonçalo Aparecido de Barros, colocou as barbas de molho e disse não aceitar perder espaços, que para a agremiação já são poucos em relação a importância da agremiação que tem como seu principal filiado o próprio governador Silval Barbosa.
O líder do governo na Assembleia, Romoaldo Júnior cobrou discernimento dos partidos aliados e a importância de se rever a participação do PSD no governo, "pois hoje eles tem uma outra dimensão e importância que asseguram ao governo uma maioria considerável no Parlamento Estadual e na definição das políticas fundamentais".
O governador Silval Barbosa sinalizou estar aberto tanto a contemplar o PR como o PSD, além de outras agremiações aliadas, mas pediu a eles que tivessem unicidade interna para não trazerem para dentro da administração estadual crises que dizem respeito apenas aos partidos e sua participação.
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