Algoz de Mayra superou abuso sexual para dar aos EUA seu 1º ouro no judô

Responsável por tirar a brasileira Mayra Aguiar da final olímpica, a norte-americana Kayla Harrison entrou para a história ao ganhar a primeira medalha dos Estados Unidos no judô em Olimpíadas. A conquista marca a superação da judoca de 22 anos, que continuou no esporte mesmo depois de sofrer abuso sexual de seu treinador na adolescência.

Kayla começou no esporte aos seis anos, incentivada pela mãe, que é faixa-preta. Logo ela foi treinar com Daniel Doyle, que era amigo da família e homem de confiança de seus pais. Atualmente, ele cumpre pena de dez anos de prisão.

Doyle começou a abusar Kayla quando ela tinha 11 anos. Ela ficou até os 15 sofrendo em silêncio, até que contou para um amigo seu, que contou para sua mãe, que contou para a polícia. Durante o período em que foi violentada, a campeã olímpica chegou a pensar em suicídio.

Mas ela conseguiu se livrar desse peso e, nos anos seguintes, conquistou os títulos do Mundial e do Pan-Americano. Em Londres, a consagração veio depois de derrotar a favorita Mayra Aguiar na semifinal, e bater a anfitriã britânica Gemma Gibbons na decisão.

"Esse ouro é muito importante porque a coloca em outro nível. Ela estava em uma idade em que podia voltar e fazer tudo de novo. Todo mundo sabe o que ela passou, e ela é um grande modelo para mulheres de todo o mundo. As pessoas vão olhar para ela, ver sua história e vão dar muita força", comemorou o técnico de Kayla, Edward Liddie.

"Ela é uma profissional. Ela sabia da pressão que tinha nos ombros, de ser a primeira medalha de ouro. E fez o que precisava fazer. Ela é uma garota muito forte", completou o treinador, que ainda fez questão de elogiar a brasileira Mayra Aguiar, que ficou com o bronze: "Temos um profundo respeito por ela. Nós somos amigos, é uma rivalidade sadia, foi uma luta dura, como sempre é. Foi a luta mais dura do dia"

Campeã olímpica rejeita MMA

Kayla já foi colega de treino de Ronda Rousey, ex-judoca medalhista olímpica que atualmente é campeã de MMA no Strikeforce. Mas a campeã não pensa em seguir os passos dela: “Não sei, não penso nisso ainda. Eu gosto muito do meu rosto para tomar porrada nele".

Um dos treinadores de Kayla, Jimmy Pedro, disse não concordar com essa possível mudança e disparou: "Ela é campeã olímpica, é muita classe para o MMA”. 

Por: Gustavo Franceschini - UOL Esporte
Foto: Franck Fife - AFP


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