Gisa Barros se destaca na Câmara com postura firme, independente e em defesa da população

Vereadora mantém coerência, fiscaliza o Executivo e se posiciona contra o inchaço da máquina pública

João Batista destaca atuação de Daniel Monteiro: “O vereador mais técnico e atuante de Mato Grosso”

vereador Daniel Monteiro, que vem se destacando por uma postura independente, técnica e coerente, especialmente nas discussões sobre políticas públicas e responsabilidade fiscal.

Ativista João Batista exalta Antonio Joaquim como patrimônio da educação em MT: “Referência ética, técnica e humana”

Professor e defensor dos direitos da infância destaca atuação exemplar do conselheiro do TCE-MT, que articula investimento histórico de R$ 120 milhões em creches no estado

Sarney ao final da cassação: 'página virada dentro do Senado'

Cassação do mandato do senador Demóstenes foi aprovada pelo Senado nesta quarta-feira. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Cassação do mandato do senador Demóstenes foi aprovada pelo Senado nesta quarta-feira
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) disse ao final da sessão que cassou o mandato de Demóstenes Torres, nesta quarta-feira, que a decisão mostrou amadurecimento da Casa. "É uma página virada dentro do Senado", enfatizou, sem revelar o seu voto. "É secreto", justificou.
Sarney discordou da opinião de Demóstenes, que alegou em seu discurso de defesa, durante a sessão, que o processo foi muito rápido. "Foi um processo que demorou bastante, todos tiveram a oportunidade de ler todas as peças do processo e tomar sua decisão", garantiu.
Agora, segundo o presidente do Senado, será dada sequência aos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Cachoeira, que irão tomar o seu rumo próprio. "E nós vamos continuar nosso trabalho", completou.
Caso Cachoeira 
Acusado de comandar a exploração do jogo ilegal em Goiás, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, em 29 de fevereiro de 2012, oito anos após a divulgação de um vídeo em que Waldomiro Diniz, assessor do então ministro da Casa Civil, José Dirceu, lhe pedia propina. O escândalo culminou na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos e na revelação do suposto esquema de pagamento de parlamentares que ficou conhecido como mensalão.
Escutas telefônicas realizadas durante a investigação da PF apontaram contatos entre Cachoeira e o senador democrata Demóstenes Torres (GO). Ele reagiu dizendo que a violação do seu sigilo telefônico não havia obedecido a critérios legais.
Nos dias seguintes, reportagens dos jornais Folha de S.Paulo e O Globo afirmaram, respectivamente, que o grupo de Cachoeira forneceu telefones antigrampos para políticos, entre eles Demóstenes, e que o senador pediu ao empresário que lhe emprestasse R$ 3 mil em despesas com táxi-aéreo. Na conversa, o democrata ainda vazou informações sobre reuniões reservadas que manteve com representantes dos três Poderes.
Pressionado, Demóstenes pediu afastamento da liderança do DEM no Senado em 27 de março. No dia seguinte, o Psol representou contra o parlamentar no Conselho de Ética e, um dia depois, em 29 de março, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski autorizou a quebra de seu sigilo bancário.
O presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), anunciou em 2 de abril que o partido havia decidido abrir um processo que poderia resultar na expulsão de Demóstenes, que, no dia seguinte, pediu a desfiliação da legenda, encerrando a investigação interna. Mas as denúncias só aumentaram e começaram a atingir outros políticos, agentes públicos e empresas.
Após a publicação de suspeitas de que a construtora Delta, maior recebedora de recursos do governo federal nos últimos três anos, faça parte do esquema de Cachoeira, a empresa anunciou a demissão de um funcionário e uma auditoria. O vazamento das conversas apontam encontros de Cachoeira também com os governadores Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal, e Marconi Perillo (PSDB), de Goiás. Em 19 de abril, o Congresso criou a CPI mista do Cachoeira.
Terra

Você concorda com a cassação do senador Demóstenes Torres? COMENTE

O Senado cassou nesta quarta-feira (11) o mandato de Demóstenes Torres (ex-DEM-GO, atualmente sem partido) por quebra de decoro parlamentar. Você concorda com atitude da maioria dos senadores?
Resultado parcial
  • 1
  • 2
  • 3
825 votos


Para DEM, cassação de Demóstenes não deve 'esfriar' CPI

Demóstenes teve o mandato cassado nesta quarta-feira em sessão no Senado. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Demóstenes teve o mandato cassado nesta quarta-feira em sessão no Senado
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Após a aprovação da cassação do senador Demóstenes Torres (Sem partido-GO) nesta quarta-feira em Brasília, o presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN), em entrevista ao Terra, disse que o resultado não deve "esfriar" a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Cachoeira. "Não acho que vai 'esfriar' (a CPI). Vamos continuar com a sequência normal dos depoimentos. O fato mais importante agora é ouvir o Cavendish e o Pagot", disse Agripino, se referindo ao dono e ex-diretor da Delta, Fernando Cavendish, e o ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot.
Quando perguntado sobre o resultado da votação de hoje no Senado, que decidiu pela cassação de Demóstenes por 56 votos favoráveis, 19 contras e cinco abstenções, Agripino não quis se pronunciar. "Acho que a votação você recebe e aceita. Não tenho como dizer se era esperado ou não, mas ela foi feita da maneira correta e cada um decidiu de acordo com sua convicção", falou.
O senador achou adequado o tom da sessão que decidiu o futuro político do senador Demóstenes Torres, que era filiado ao DEM antes de aparecerem as denúncias sobre sua ligação com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. "Desde o início o Senado foi muito correto, dando espaço amplo para a defesa do acusado. Acho que tanto a manifestação do relator Humberto Costa, quanto a do senador (Demóstenes) foram competentes", disse.
Apesar de não querer revelar qual foi o seu voto, alegando ser impedido pelo regimento da casa, o senador Agripino Maia se mostrou mais uma vez favorável ao fim da votação secreta em casos como esse. "Quando o assunto é cassação de mandato, sou a favor do fim do voto secreto, acho que tem que ser assim. Por outro lado, eu defendo a votação secreto em casos específicos, como a escolha de embaixadores e apreciação de vetos, até para proteger a legitimidade de interesse", disse.
Futuro político
Sobre o futuro político do ex-colega de partido, Agripino Maia disse não saber o que pode acontecer. "O futuro político depende dele agora, ele que tem que conduzir a sua carreira. Eu não posso falar sobre isso, não cabe a mim", analisou. Com a decisão do Senado, Demóstenes Torres ficará inelegível por oito anos contados a partir do fim do mandato (fevereiro de 2019). Assim, só poderá concorrer a um cargo político a partir das eleições de 2028.
O processo, julgado nesta quarta-feira, é resultado das apurações do Conselho de Ética, que por três meses colheu provas e depoimentos embasados nas operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, e decidiu por unanimidade pela cassação do senador. A representação contra ele, proposta pelo Psol, foi aceita após os membros da comissão entenderam que Demóstenes usou sua influência e poder para favorecer Cachoeira.
O parecer então foi encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça, a qual Demóstenes inclusive já presidiu, que considerou o pedido de cassação constitucional por avaliar que o parlamentar teve direito à defesa e que o processo obedeceu quesitos de legalidade e constitucionalidade. O político deve voltar agora ao cargo de procurador de Justiça, do qual se licenciou para entrar na vida pública há 11 anos.
Nos últimos dez dias, Demóstenes usou a tribuna para discursar jurando inocência e pedindo a seus pares que não o condenasse. Por repetidas vezes, ele negou, para uma plateia vazia, ter feito lobby para Cachoeira ou recebido dinheiro. A defesa dele também insistiu durante todo o processo que as escutas que flagraram as relações entre Demóstenes e o bicheiro Carlinhos Cachoeira são ilegais e teriam sido alteradas e editadas com a finalidade de atingir o senador.
Carlinhos Cachoeira 
Acusado de comandar a exploração do jogo ilegal em Goiás, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, em 29 de fevereiro de 2012, oito anos após a divulgação de um vídeo em que Waldomiro Diniz, assessor do então ministro da Casa Civil, José Dirceu, lhe pedia propina. O escândalo culminou na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos e na revelação do suposto esquema de pagamento de parlamentares que ficou conhecido como mensalão.
Escutas telefônicas realizadas durante a investigação da PF apontaram contatos entre Cachoeira e o senador democrata Demóstenes Torres (GO). Ele reagiu dizendo que a violação do seu sigilo telefônico não havia obedecido a critérios legais.
Nos dias seguintes, reportagens dos jornais Folha de S.Paulo e O Globo afirmaram, respectivamente, que o grupo de Cachoeira forneceu telefones antigrampos para políticos, entre eles Demóstenes, e que o senador pediu ao empresário que lhe emprestasse R$ 3 mil em despesas com táxi-aéreo. Na conversa, o democrata ainda vazou informações sobre reuniões reservadas que manteve com representantes dos três Poderes.
Pressionado, Demóstenes pediu afastamento da liderança do DEM no Senado em 27 de março. No dia seguinte, o Psol representou contra o parlamentar no Conselho de Ética e, um dia depois, em 29 de março, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski autorizou a quebra de seu sigilo bancário.
O presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), anunciou em 2 de abril que o partido havia decidido abrir um processo que poderia resultar na expulsão de Demóstenes, que, no dia seguinte, pediu a desfiliação da legenda, encerrando a investigação interna. Mas as denúncias só aumentaram e começaram a atingir outros políticos, agentes públicos e empresas.
Após a publicação de suspeitas de que a construtora Delta, maior recebedora de recursos do governo federal nos últimos três anos, faça parte do esquema de Cachoeira, a empresa anunciou a demissão de um funcionário e uma auditoria. O vazamento das conversas apontam encontros de Cachoeira também com os governadores Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal, e Marconi Perillo (PSDB), de Goiás. Em 19 de abril, o Congresso criou a CPI mista do Cachoeira.
Terra

Lula e senadores comemoram a cassação do ex senador Demóstenes Torres

O senador foi acusado de usar o mandato a favor do empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira
NOTÍCIA1 COMENTÁRIOS
Antonio Cruz/ABr
Demóstenes Torres (sem partido-GO) foi o segundo senador a perder o mandato na história da República
Por 56 votos a 19, o Senado aprovou nesta quarta, 11, a cassação do mandato do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). Ele é acusado de usar o mandato a favor do empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. No momento da votação, 80 senadores estavam no plenário. A sessão foi aberta, porém a votação, secreta.
Ao defender a cassação do senador, o relator do processo no Conselho de Ética, Humberto Costa (PT-PE), enfatizou que Demóstenes mentiu em plenário para esconder sua relação com o empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Segundo Humberto Costa, além de participar da organização criminosa, Demóstenes atuou para proteger Cachoeira das investigações que estavam sendo feitas pela Polícia Federal.
Leia também:
Após o discurso dos relatores no processo de cassação, começou a discussão do pedido. Os cinco senadores que pediram a palavra apoiaram a cassação do mandato de Demóstenes e todos defenderam o fim da votação secreta. Na semana passada, o Senado aprovou a proposta de emenda à Constituição (PEC) que acaba com a votação secreta. A proposta precisa agora ser apreciada pela Câmara.
Agência Brasil

GO em Luto:Senado cassa Demóstenes Torres por 56 votos a favor

Agência Estado

0 comentário(s)

O plenário do Senado cassou nesta quarta o mandato do senador Demóstenes Torres (Ex-DEM, sem partido-GO) por usar o cargo na defesa dos interesses do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Numa rápida votação secreta, que não durou mais que cinco minutos, foram dados 56 votos a favor da perda do mandato de Demóstenes, 19 contra e cinco abstenções. Apenas o senador Clovis Fecury (DEM-MA) não participou da sessão de votação.

No discurso de apresentação de sua defesa, Demóstenes Torres pediu aos colegas tempo para que fosse julgado. O senador defendeu que o caso só poderia ir a votação no Senado após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a legalidade das investigações contra ele. Demóstenes alega que foi, por três anos, investigado ilegalmente pela Justiça de primeira instância.

Sen. Demóstenes Torres pede que senadores o deixem ser julgado pelo Poder Judiciário


Sen. Demóstenes Torres pede que senadores o deixem ser julgado pelo Poder Judiciáriohttp://www.senado.gov.br/noticias/tv/videos/cod_midia_183687.flv

Saiba quem é Wilder Morais, suplente do líder da bancada do minoria (DEM) Demóstenes Torres

Secretário de Infraestrutura de Goiás deve assumir vaga no Senado.
Empresário é ex-marido de Andressa Mendonça, atual mulher de Cachoeira.

Gabriela LimaDo G1 GO
9 comentários
Wilder Morais (Foto: Diomício Gomes/O Popular)Wilder Morais (Foto: Diomício Gomes/O Popular)
A cassação do senador Demóstenes Torres(sem partido-GO) abre caminho para o atual secretário de Infraestrutura de Goiás e primeiro-suplente do político, Wilder Pedro de Morais (DEM-GO), de 44 anos, assumir a vaga no Senado.
Novato na política, o democrata é bastante conhecido em Goiás e ficou em evidência após as denúncias contra Demóstenes por ser ex-marido de Andressa Mendonça, atual mulher do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Nascido na pequena Taquaral, a 80 km de Goiânia, Wilder morou na roça, teve problemas de saúde durante a infância e enfrentou a pobreza antes de se tornar multimilionário e um dos donos do Grupo Orca, holding que atualmente conta com cerca de 15 empresas e atua na construção civil, com incorporações e shoppings centers.
Apesar da riqueza, pessoas próximas ao empresário o descrevem como um homem simples e bem-humorado.
O empresário que atualmente mora em uma casa no Setor Marista, bairro nobre de Goiânia, teve uma infância muito distante do meio luxuoso onde vive. O pai trabalhava como peão em terras de fazendeiros para sustentar a família e quando o filho completou 4 anos decidiu mudar-se para a cidade. Em Taquaral, fez "bicos" até conseguir um emprego de taxista. A mãe ajudava no orçamento da casa trabalhando como costureira.
Wilder mudou-se para a capital aos 17 anos em busca de um sonho: tornar-se engenheiro. Para financiar os estudos, conseguiu com um amigo três máquinas de datilografar e montou uma escola da datilografia. Frequentou cursinhos preparatórios para o vestibular e, em 1988, entrou no curso de engenharia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), onde formou-se em 1992.
Já no primeiro semestre do curso, conseguiu um estágio em uma construtora. Passou a engenheiro e, posteriormente, chegou a diretor-presidente da empresa. Em 1997, fundou, em sociedade com dois amigos da faculdade, sua própria construtora. Expandiu os negócios da empresa até criar o Grupo Orca.
A ascensão financeira e o respaldo empresarial de Wilder chamaram a atenção de Demóstenes Torres, que em 2009 o convidou para ser seu suplente na campanha de 2010. Wilder participou ativamente da campanha eleitoral, tanto em reuniões como em doações financeiras. Em 2011, foi chamado pelo governador Marconi Perillo (PSDB) para assumir a Secretaria de Infraestrutura.
Separação
Mas a biografia do primeiro suplente de Demóstenes não é feita apenas de conquistas. Um assunto de foro íntimo divulgado nacionalmente acabou associando o nome de Wilder ao de Carlinhos Cachoeira, preso durante a Operação Monte Carlo suspeito de comandar uma rede de exploração de jogos de azar e corromper agentes públicos para garantir o funcionamento do esquema ilegal.
Wilder era casado com Andressa Mendonça quando ficou amigo de Cachoeira. Mãe dos dois filhos do empresário, de 4 e 6 anos, Andressa deixou o marido, e um casamento de cinco anos, para morar com o contraventor.

A troca de maridos veio a público quando o então senador usou o epsódio para justificar os diversos telefonemas a Cachoeira. Segundo interceptações da Polícia Federal, os dois se falaram por telefone quase 300 vezes em um ano. O pivô da separação do empresário foi também o que levou Demóstenes Torres à perda do mandato, permitindo assim que Wilder possa ganhar uma cadeira no Senado.

Sen. Humberto Costa afirma que cumpriu o papel constitucional de trazer a verdade dos fatos


Sen. Humberto Costa afirma que cumpriu o papel constitucional de trazer a verdade dos fatos

Senadores aprovam perda de mandato do sen. Demóstenes Torres com 56 votos favoráveis e 19 contrários


Senadores aprovam perda de mandato do sen. Demóstenes Torres com 56 votos favoráveis e 19 contrários

Pela lei da Ficha Limpa, o ex-líder do DEM ficará inelegível até 2027 (oito anos após o fim da legislatura para o qual foi eleito), quando terá 66 anos

Demóstenes Torres discursa no Senado
Senador Demóstenes Torres, cassado por 56 votos a 19
São Paulo – O senador Demóstenes Torres (ex-DEM), acusado de ter recebido dinheiro e ter favorecido os interesses do contraventor Carlinhos Cachoeira, teve seu mandato cassado por 56 votos nesta quarta-feira. Foram 19 votos contra a cassação e 5 abstenções.
Demóstenes é o segundo senador na história da casaa perder o mandato por decisão dos pares. Luiz Estevão (DF) foi o primeiro, em 2000.
A votação ocorreu após o pronunciamento dos relatores do processo - Humberto Costa (PT), no Conselho de Ética, e Pedro Taques (PDT), na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania – e do discurso de acusação, feito por Randolfe Rodrigues, líder do Psol, partido que apresentou representação para a abertura do processo.
Os senadores João Capiberibe (PSB), Antônio Valadares (PSB) e Ana Amélia (PP) foram à tribuna para criticar o voto secreto.
Demóstenes teve 35 minutos para apresentar sua defesa, que foi precedida por um discurso de seu advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. O senador comparou seu julgamento ao de Jesus Cristo e pediu que seus pares no Senado não lavassem as mãos em relação ao seu caso e o deixassem ser julgado pela poder judiciário e pelo povo do seu estado. "Porque a minha cabeça tem que rolar? Eu provei aqui várias vezes que sou inocente", disse no plenário.
Pela lei da Ficha Limpa, o ex-líder do DEM ficará inelegível até 2027 (oito anos após o fim da legislatura para o qual foi eleito), quando terá 66 anos.

Ex líder do DEM Senador Demóstenes Torres é cassado e fica inelegível até 2027

Foram 56 votos pela cassação, 19 contra e 5 abstenções. Voto foi secreto. Ele foi acusado de usar mandato para favorecer bicheiro Carlos Cachoeira
Demóstenes Torres, durante a sessão que cassou seu mandato (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Demóstenes Torres, durante a sessão que cassou seu mandato (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
O senador Demóstenes Torres (sem partido, ex-DEM-GO) foi cassado nesta quarta-feira (11) por quebra de decoro parlamentar e ficará inelegível até 2027. Ele é acusado de usar o mandato para favorecer o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Em votação secreta, 56 dos 80 senadores presentes votaram pela cassação, 19 foram contra e houve 5 abstenções. Com o resultado, Demóstenes se tornou o segundo senador cassado na história do Brasil; o outro foi Luiz Estevão, em 2000.

Para se confirmar a perda do cargo, aprovada anteriormente por unimidade no Conselho de Ética e na Comissão de Constituição e Justiça, seriam necessários, no mínimo, 41 votos de senadores. O único senador ausente na sessão foi Clovis Fecury (DEM-MA), que está de licença desde o dia 6 de julho.

Com a cassação aprovada, Demóstenes Torres tem seus direitos políticos suspensos por oito anos a contar do fim do mandato parlamentar, que se encerraria em 2019. Com isso, Demóstenes só poderá voltar a disputar eleições a partir de 2027, quando tiver 66 anos.

Em tese, ele poderia questionar a cassação no Supremo Tribunal Federal (STF), mas ainda nesta terça (10), antes da decisão, o advogado de Demóstenes, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, descartou uma apelação na Justiça. "Não vamos recorrer. A decisão do plenário é soberana. Não há como fazer qualquer tipo de recursos. Só nos cabe aceitar a decisão", disse o advogado.

Com a perda do mandato, Demóstenes também perde o foro privilegiado e deixa de ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal, onde é alvo de inquérito. Como é procurador de Justiça do Ministério Público de Goiás licenciado, Demóstenes passa a ter como foro o Tribunal de Justiça de Goiás.

O senador cassado foi acusado de quebra de decoro parlamentar por suspeita de ter utilizado o mandato parlamentar para auxiliar nos negócios do contraventor, preso pela Polícia Federal no fim de fevereiro durante a Operação Monte Carlo sob acusação de explorar jogos ilegais e corrupção.

Poucos dias após a prisão, surgiram notícias do envolvimento de Carlinhos Cachoeira com Demóstenes Torres. (G1).