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Governador Silval Barbosa, que apoia Lúdio Cabral, vê contradição entre Taques e Maggi
ANA ADÉLIA JÁCOMO
DA REDAÇÃO
O governador Silval Barbosa (PMDB) afirmou, em entrevista, nesta semana, que enxerga uma grande contradição na aliança entre PDT e PR, por juntar num mesmo palanque (em apoio à candidatura do empresário Mauro Mendes, do PSB, a prefeito de Cuiabá) adversários políticos tradicionais.
No caso, o senador pedetista Pedro Taques e o senador republicano Blairo Maggi.
O lider do PMDB disse que não costuma combater seus adversários, por acreditar que, futuramente, podem se tornar-se aliados, citando a aliança que une os dois senadores.
“É duro você ficar brigando, xingando um candidato e, até, duvidando de sua honestidade; depois, saírem abraçados. Então, tenho esse cuidado. Se você é o líder e o diretório entende que a sua presença no palanque ajuda, está sujeito a abraçar todo mundo. Se criou uma aresta muito grande no passado, fica um constrangimento ainda maior. Eu não tenho esses problemas no Estado”, disse Silval.
“Eu sempre digo que não faço política com o fígado, mas com a razão. Eu não xingo ninguém. Há pessoas que falam que sou muito pacífico. Não. É meu estilo de fazer política, não brigo porque não sei o dia de amanhã”, completou o governador.
Depois de muitas ida e vindas, o PDT manteve a aliança com o PSB, em apoio ao projeto do empresário Mauro Mendes viando à disputa pela Prefeitura de Cuiabá.
As legendas ainda cooptaram o PR, cujo líder é o senador Blairo Maggi, antigo rival político de Taques. Com isso, Mendes vai levar os dois senadores para o palanque.
“Muitos falam que o PDT não tem relação com o PMDB, mas eu falo que, no Estado, a democracia é bem plural. Temos mais de 40 municípios onde há uma composição com o PDT - uns como cabeça de chapa; outros de vice e assim por diante. A gente tem que saber trabalhar isso”, declarou o governador.
As próprias incoerências
Em relação ao fato de o PMDB ter selado uma aliança com o petista Lúdio Cabral, que defende o fim do gerenciamento de hospitais regionais pelas Organizações Sociais de Sáude (OSS), e com isso, contrapõe a bandeira do Governo, Silval minimizou as ideias divergentes.
“Eu estabeleci as OSS dentro dos hospitais, que são de estrutura do Governo. O Lúdio sempre criticou, mas ele é médico, atende na rede pública. É experiente, qualificado, capacitado, conhece o que é orçamento e gestão. Se ele entende que o Pronto-Socorro ou a Saúde sob a gestão do município vai dar certo, eu tenho que dar um voto de confiança", disse Silval.
“Quem decide se passa [a gestão] para o Estado ou para uma OSS é o prefeito. Nós estávamos assumindo o Pronto-Socorro de Cuiabá. Se tivessem passado para nós, já estaria com uma OSS, porque esse é o meu entendimento. Agora, se o Lúdio tem outro entendimento e acha que dá conta, vamos dar um voto de confiança”, completou o governador.