Por Redação, com informações do Blog do Popó
A repercussão das imagens do alagamento no Hospital São Benedito, amplamente divulgadas pelo Blog do Popó, provocou uma reação imediata e, na avaliação de servidores, desesperada da gestão do prefeito Abílio Brunini (PL). Em vez de apresentar um plano para resolver os crônicos problemas de manutenção expostos pela chuva, a Prefeitura de Cuiabá optou por uma medida drástica: a censura.
Determinações internas, enviadas através de grupos oficiais de WhatsApp utilizados pela administração municipal, estabeleceram uma proibição expressa do envio de fotos de qualquer ocorrência dentro das unidades de trabalho. A ordem, classificada por funcionários como um “tom de mordaça”, inclui a vedação de registros de imagens que mostrem as condições da estrutura física, usuários do serviço público e dos próprios servidores.
De acordo com as mensagens, qualquer comunicação sobre problemas nas unidades deve ser feita exclusivamente por texto, sem o auxílio de imagens ou vídeos. A medida é interpretada como uma tentativa clara de impedir que a população tenha acesso visual à real situação da saúde pública na capital mato-grossense.
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A tentativa de apagar a realidade
A proibição surge no rastro do caos instalado no Hospital São Benedito, onde a falta de manutenção ficou escancarada com as chuvas. As imagens que correram as redes sociais mostraram corredores alagados, goteiras e profissionais de saúde lutando contra as más condições para prestar atendimento.
A resposta da gestão Brunini, no entanto, não foi um anúncio de investimentos em infraestrutura ou uma prestação de contas à população. Foi, na visão de críticos, a imposição de um blackout visual: Proibido fotografar o abandono.
 Proibido registrar o descaso.
 Proibido mostrar a verdade.
O recado da Prefeitura, na prática, é simples: se não consegue consertar o hospital, tenta esconder o problema. A chuva, que inundou corredores e salas, revelou de forma crua o que a máquina de propaganda tenta encobrir – uma gestão que não suporta o teste de transparência da primeira lâmina d’água.
Servidor transformado em “vigia do segredo”
A determinação coloca os servidores públicos em uma situação delicada e antiética, transformando-os, contra a vontade, em vigilantes do “segredo” administrativo. Profissionais que deveriam ter como missão servir à população agora se veem coagidos a compactuar com o ocultamento de informações de interesse público.
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A medida levanta sérias questões sobre o compromisso da gestão com a transparência e o controle social. Ao invés de abrir as portas para mostrar as soluções, a prefeitura tranca as portas e cala as câmeras.
Cuiabá, uma cidade que merece respeito e serviços públicos dignos, vê seu governo optar pelo caminho da opacidade. Enquanto a população sofre com a precariedade, a ordem é tapar o sol – ou, neste caso, a água – com uma peneira de decretos internos e silêncio imposto.
Gestão Abílio proíbe imagens em unidades de saúde após alagamento no Hospital São Benedito
novembro 03, 2025
  
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