Folha do Estado
A dois meses dos eleitores comparecerem as urnas para eleger vereadores e o próximo prefeito, a campanha eleitoral segue sem ganhar fôlego nos dois maiores municípios de Cuiabá e Várzea Grande em função da falta de recursos e das regras rígidas da legisla- ção eleitoral. Tradicionalmente, carros de som, adesivaços e a visibilidade de bandeiras sendo erguidas pelos cabos eleitorais anunciavam a chegada da disputa eleitoral marcada pelo acirramento da disputa pelo voto.
No entanto, atualmente não há atos de campanhas expressivos. Os candidatos a prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), Guilherme Maluf (PSDB), Carlos Brito (PSD) e Lúdio Cabral (PT) apostam em visitas as unidades médicas e ambientes de concentração popular como feiras em bairros sob a justificativa de pedir votos e obter informações que possam complementar. Já Adolfo Grassi (PPL) e Procurador Mauro (PSOL) participam minimamente de atividades públicas em busca do voto do eleitorado.
Neste cenário de pouca efervescência eleitoral, o cientista político João Edisom de Souza explica que o ritmo frio de campanha eleitoral se deve as dúvidas dos candidatos em relação ao que pode ser explorado para conseguir o voto do eleitor. O estudioso aponta mudanças jurí- dicas para sustentar seu argumento. “Hoje, uma simples condenação colegiada pelo Tribunal Regional Eleitoral por propaganda extemporânea pode levar a uma inelegibilidade de 8 anos. Essa insegurança jurídica provoca temor nos candidatos. Ainda mais numa época de fiscalização intensa, ninguém quer aparecer de forma negativa na imprensa, como símbolo de abuso de poder econômico, em meio a disputa eleitoral”, comenta.
Outro ponto considerado relevante para explicar o desâ- nimo da campanha eleitoral é a impossibilidade jurídica de atrair multidões por meio de grandes eventos “Não há mais autoriza- ção da Justiça para patrocinar showmícios com atrações nacionais. Ao mesmo tempo, as grandes empresas que são financiadoras de campanha estão em fase de contenção de gastos e muito atenta a legislação temendo a participação em escândalos. Essa falta de ritmo da campanha eleitoral é percebida em todo o Brasil”, observa João Edisom.
Diante da escassez de recursos e insegurança jurídica, o caminho é apostar em outras alternativas para conquistar o eleitorado. “Os candidatos estão apostando em uma elei- ção midiática. Nestes primeiros meses, estão focando suas aten- ções nas mídias sociais. Depois, apostam suas forças nas mensagens que serão veiculadas na propaganda eleitoral gratuita em rádio e TV”.
Até mesmo no marketing de campanha, os candidatos preferiram não apostar em gastos elevados. Com exceção de Mauro Mendes (PSB) que contratou o marqueteiro Pernambuco Jenner Ribeiro, os demais candidatos apostaram em soluções caseiras para conduzir a comunicação.
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