Esposa de Maluf não vai atuar em pasta e vê nepotismo em nomeação

Valérya Próspero

Foto: Bruno Moreira

Esposa de Maluf, Maria Tereza não quer ser secretária

   Casada há 20 anos com o candidato a prefeito de Cuiabá e deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), a dermatologista Maria Tereza Marranghello Maluf garante apoiar o marido em sua gestão, se eleito, mas reforça que a exemplo da esposa de Chico Galindo, Norma Suely, não vai assumir nenhuma pasta. Em entrevista ao RDNews, a dermatologista disse que tanto ela quanto o tucano são contra as primeiras-damas assumirem secretarias e consideram a nomeação nepotismo.

   Ela lembra a existência de um projeto na Assembleia com o intuito de proibir o governador de nomear a esposa como secretária. A proposta está "emperrada" nas comissões do Legislativo há mais de um ano e a tendência é que não saia do papel já que a iniciativa quebra uma tradição que vigora há anos no Poder Público, em todos os níveis dos Executivos.

  É comum que a secretaria de Assistência Social seja destinada às esposas dos prefeitos, governadores ou presidentes. É justamente esse cargo que costuma garantir a presença de mulheres no staff, mas sem levar em consideração a competência técnica e os conhecimentos sobre a administração da pasta.

   Diante da “impossibilidade” de ocupar uma vaga na gestão de Maluf, caso eleito, Maria Tereza aponta que, como médica, pode contribuir muito na administração do tucano, especialmente na área de dermatologia, dando sugestões e indicando programas. “Cuiabá é uma cidade com muitos casos de doenças causadas pela forte incidência dos raios solares. É preciso investir pesado em prevenção e dar tratamento qualificado”, aponta.

   A médica fez questão de ressaltar que seu principal papel como primeira-dama será o de dar suporte familiar que o marido precisa para governar a Capital. “Saber que ele tem ao seu lado a mulher e os filhos para poder trabalhar com tranquilidade”, reforça. O RDNews abriu espaço para que todas as esposas dos candidatos pudessem falar sobre a campanha dos maridos e/ou como avaliam a Capital e os desafios existentes, mas apenas Tereza e a mulher de Lúdio, Ana Regina concederam entrevistas.

  Virgínia Mendes, mulher de Mauro Mendes, preferiu não falar. Ela deve atravessar a campanha sem conceder entrevistas. Discreta e cautelosa, prefere distância dos holofotes e, caso Mauro seja eleito, não deve assumir cargo nenhum. Adriana Barreto acha cedo para se pronunciar sobre a campanha e ressalta estar empenhada em montar o movimento "mulheres 55".