Sest incentiva rede contra exploração sexual com evento 'estratégico' em Marília

Encontro reúne serviços públicos e organizações civis para discutir rede de enfrentamento à exploração sexual em rodovias e fora delas

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Marília - O Sest (Serviço Social do Transporte) promove na terça-feira em Marília evento que considera ‘estratégico’ para rede de proteção contra exploração sexual de crianças e adolescentes.

Assim, a partir da análise de trabalho no setor e mapa de riscos e vulnerabilidade em rodovias, quer divulgar orientações e atuação dentro e fora das estradas.

Prevê reunir serviços públicos, como Ministério Público, Polícia Rodoviária Federal, Estado e prefeituras, além de conselhos e organizações civis.

O Projeto Mapear, da PRF (Polícia Rodoviária Federal) avalia pontos críticos em rodovias de todo o país. E lista, inclusive, pontos de vulnerabilidade na BR-153 e SP-294.

Rede de proteção

Mais que alerta, o objetivo do evento em Marília é fortalecer rede de proteção, bem como expor fatores sociais, econômicos e culturais na exploração sexual.

O gerente do Projeto, Marcos Joel, e o policial e instrutor de Direitos Humanos, André Palácios, apresenta dados nacionais e da BR-153.

Mas a iniciativa busca contemplar todos os espaços de convivência e circulação. Ou seja, compreender que a proteção envolve diferentes setores e coordenação de ações.

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A analista da de Promoção Social do SEST SENAT e gestora do Projeto Proteção, Raíssa Osório, considera o encontro ‘estratégico’.

“Queremos trazer a realidade sobre o tema na região Sudeste, conectar autoridades e profissionais e gerar ações concretas. A articulação local é fundamental para transformar os dados em resultados”, afirma.

Childhood Brasil

O evento em Marília terá ainda Childhood Brasil, unidade de fundação internacional que surgiu em 1999 na Suécia e referêmncia no combate à exploração sexual.

Eva Cristina Dengler, superintendente de Programas e Relações Empresariais da instituição, faz, inclusive, palestra para explicar fenômeno da exploração sexual.

A expectativa é que a mobilização de instituições públicas, setor privado e social desenvolva estratégias de prevenção e enfrentamento.

O encontro começa às 8h da terça-feira, 19, na sede do Sest-Senat (Avenida Doutor Durval de Menezes, Núcleo Habitacional Nova Marília)

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Influenciador Felca relata ameaças após vídeo-denúncia de exploração infantil

 Youtuber falou sobre repercussão de produção que expôs conteúdos impróprios com menores e comentou prisão de influenciador investigado por exploração sexual

Foto: Divulgação

O influenciador digital Felca, 27, comentou nesta sexta-feira sobre as ameaças que passou a receber após publicar o vídeo-denúncia "Adultização", no qual denunciou a exploração de menores em conteúdos de internet. A produção, que já ultrapassa 36 milhões de visualizações, trouxe à tona a presença de público adulto em vídeos aparentemente inocentes, nos quais crianças eram sexualizadas de forma proposital.

Durante entrevista ao programa Altas Horas, Felca afirmou que as críticas e tentativas de difamação eram esperadas. “Algumas ameaças, sim, algumas críticas, movimentos de difamação. Eu e meus amigos sabíamos que era grande, tudo era esperado. Quem deve ter medo são os pedófilos, não quem denuncia”, disse. O youtuber explicou que percebeu crianças sendo adultizadas para atrair público e monetização, e que a indignação pessoal motivou a criação do vídeo.

Felca também destacou o alcance de sua denúncia: recebeu registros de pessoas assistindo ao conteúdo em transportes públicos e observou crescimento significativo nas redes sociais, passando de 8,8 milhões para 15,5 milhões de seguidores em cinco dias. Segundo ele, a intenção não era autopromoção, mas chamar atenção para a causa.

O vídeo denunciou o influenciador Hytalo Santos, preso recentemente em Carapicuíba, na Grande São Paulo, junto do marido Israel, por suspeita de tráfico humano e exploração sexual infantil. As autoridades apontam que Hytalo expunha adolescentes a conteúdos de cunho sexual e questionava os menores sobre experiências íntimas, práticas que resultaram em mandados de prisão preventiva. A defesa do influenciador classificou a medida como “extrema” e afirmou que tomará providências legais.

O Ministério Público reforçou que o vazamento de informações sigilosas prejudica as investigações. Hytalo teve suas contas suspensas nas redes sociais e está proibido de manter contato com menores de 18 anos, em cumprimento a decisão judicial. Felca comemorou o engajamento público, mas reforçou a importância de manter o foco na proteção das crianças e na responsabilização de quem explora menores em conteúdos digitais.

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‘Efeito Felca’: Câmara acelera projeto para punir exploração de menores, mas tem discordâncias

 Hugo Motta (Republicanos) busca votação ainda em agosto após repercussão envolvendo Felca; deputados discordam sobre responsabilização e punição

MATHEUS BASTOS,FLORIANÓPOLIS17/08/2025 17h18

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Vídeo de influenciador Felca sobre adultização das crianças mobilizou Parlamento – Foto: Reprodução Youtube/Felca

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), articulou para o projeto que busca estabelecer regras para proteger crianças e adolescentes nas plataformas digitais seja apreciado ainda nesta semana.

A movimentação ganhou força após o humorista Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, publicar um vídeo denunciando a exploração de menores em conteúdos do influenciador paraibano Hytalo Santos.

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O tema passou a ter ainda mais destaque após a prisão de Hytalo Santos e do marido, na última sexta-feira (15), em Carapicuíba (SP). Eles são investigados pelo MP-PB (Ministério Público da Paraíba) e pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) pela exposição de menores em vídeos publicados nas redes sociais.

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Após repercussão de Felca, proposta contra exploração de menores prevê responsabilização de plataformas

Apresentada em sua versão mais recente na terça-feira (12), a proposta de Motta não deve sofrer alterações, apesar de estar aberto às discussões na câmara.

Câmara pretende acelerar discussões sobre projeto para proteção infantil – Foto: Câmara dos Deputados/ND

O texto prevê a responsabilização das plataformas digitais pela proteção do público infantojuvenil, obriga a retirada de conteúdos ilícitos mesmo sem decisão judicial e define regras específicas para limitar riscos à integridade de crianças e adolescentes.

Um dos pontos que mais geram discordância entre parlamentares é a expressão “acesso provável”, usada no projeto para ampliar a abrangência da lei a qualquer serviço ou produto de tecnologia da informação que possa ser acessado por menores.

Oposição e críticos da redação argumentam que a definição é vaga e poderia estender indevidamente o alcance da norma.

Punições geram questionamentos da oposição ao projeto que combate exploração de menores

Alguns trechos da proposta geram discordâncias, incluindo o que trata das penalidades às grandes empresas de tecnologia.

O projeto prevê que uma “autoridade nacional” terá poder de aplicar medidas como suspensão temporária ou até proibição das atividades de plataformas que descumprirem a lei.

Hytalo Santos e marido foram presos por crimes de tráfico humano e exploração sexual infantil a partir de conteúdos produzidos nas redes sociais – Foto: Divulgação/DEIC/Polícia Civil/ND

Deputados oposicionistas alegam que o texto concentra decisões sensíveis nas mãos do Executivo, sem estabelecer salvaguardas claras.

Na última semana, Motta reafirmou a entidades civis e a colegas da base aliada que pretende votar a urgência e o mérito do projeto ainda em agosto.

A ideia é acelerar a resposta do Legislativo a denúncias de exploração infantil online, mesmo antes da instalação do grupo de trabalho previsto para unificar propostas semelhantes em tramitação.

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