Gisa Barros se destaca na Câmara com postura firme, independente e em defesa da população

Vereadora mantém coerência, fiscaliza o Executivo e se posiciona contra o inchaço da máquina pública

João Batista destaca atuação de Daniel Monteiro: “O vereador mais técnico e atuante de Mato Grosso”

vereador Daniel Monteiro, que vem se destacando por uma postura independente, técnica e coerente, especialmente nas discussões sobre políticas públicas e responsabilidade fiscal.

Ativista João Batista exalta Antonio Joaquim como patrimônio da educação em MT: “Referência ética, técnica e humana”

Professor e defensor dos direitos da infância destaca atuação exemplar do conselheiro do TCE-MT, que articula investimento histórico de R$ 120 milhões em creches no estado

Ministério do Turismo libera emenda do senador Pedro Taques para projeto Porto Cuiabá


A emenda parlamentar no valor de R$ 2,5 milhões que o senador Pedro Taques destinou ao Projeto Porto Cuiabá já foi liberada pelo Ministério do Turismo. Dessa forma, os recursos serão transferidos à Prefeitura de Cuiabá assim que o projeto for protocolado no Ministério.
Com os recursos doados pelo senador, o projeto já tem R$ 23 milhões assegurados para a execução da obra, orçada em R$ 28 milhões.  A Prefeitura de Cuiabá irá assegurar R$ 5 milhões em recursos próprios. A Secretaria de Estado de Turismo irá disponibilizar R$ 10 milhões através de recursos do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e outros R$ 5,5 milhões foram oferecidos pelo grupo do supermercado Atacadão.
O restante será proveniente da contrapartida dos empresários que decidirem investir na região, por meio de concessões.
O projeto Porto Cuiabá prevê a revitalização de um trecho de 1,35 km de extensão da Avenida Beira Rio, restauração da Praça Luís Albuquerque, ciclovia ao longo da orla, calçadão de 12 metros de largura onde serão instalados equipamentos para prática de esportes, assim como bares e lanchonetes. Próximo à orla também terá estacionamentos para mais de 900 veículos.
A ideia é promover a reintegração do Rio Cuiabá ao convívio dos munícipes, resgatando e valorizando o patrimônio histórico e cultural presente na região e oferecendo opções gastronômicas, de entretenimento e lazer. 
Fonte:  Renata Neves

Cuiabá: prefeitura paga 15% a mais por serviço de segurança no Pronto Socorro


Fonte: A Gazeta

Contrato realizado pela Prefeitura de Cuiabá para manter vigilância armada ostensiva e segurança patrimonial no Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá pode estar custando cerca de 15% mais caro aos cofres públicos. Alegando motivo de urgência, após o registro de um boletim de ocorrência de furto na unidade, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizou contrato emergencial com a Integral Segurança e Vigilância Patrimonial, há cerca de dois meses, para manter oito postos em plantão de 24 horas todos os dias da semana, na unidade. Cada posto conta com quatro vigilantes.

Com duração de 180 dias, o contrato tem valor global de R$ 589,617 mil, o equivalente a R$ 98,269 mil mensais. Registro de Preço publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) que circulou na última segunda-feira (26), realizado pela Secretaria de Estado de Administração (SAD) para contratação de serviço semelhante, na capital e em Várzea Grande, contou com uma oferta da empresa Pantanal Vigilância e Segurança no valor de R$ 10,670 mil por posto.

Com base no levantamento feito pelo Estado, para manter oito postos, o serviço custaria R$ 85,363 mil mensais. O montante é 15,11% menor do que o valor atualmente desembolsado pela prefeitura. Ao longo dos seis meses de contrato emergencial, a economia poderia chegar a R$ 77,439 mil.

O valor recentemente registrado pelo Estado é praticamente o mesmo cobrado desde o ano passado, quando foi feito contrato entre a empresa e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

A diferença entre o valor pago pelo Município e pelo Estado pelo mesmo serviço, cerca de R$ 12,899 mil mensais, seria o suficiente para pagar, por exemplo, mais de 13 diárias de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na rede conveniada, haja vista que o contrato efetuado pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), conforme publicado no Diário Oficial, é pago com recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) para a Média e Alta Complexidade.

O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB) destaca que o contrato com dispensa de licitação é legal. Ele costuma frisar que na maioria das vezes, o Executivo precisou fazer esse tipo de contrato, mas conseguiu valores abaixo do mercado. "Tinham médicos sendo ameaçados e estavam se recusando a trabalhar na unidade, por isso concordei com a dispensa de licitação. A dispensa de licitação é permitida, desde que fundamentada e isso aconteceu", declarou o prefeito.

Cuiabá: prefeitura paga 15% a mais por serviço de segurança no Pronto Socorro


Fonte: A Gazeta

Contrato realizado pela Prefeitura de Cuiabá para manter vigilância armada ostensiva e segurança patrimonial no Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá pode estar custando cerca de 15% mais caro aos cofres públicos. Alegando motivo de urgência, após o registro de um boletim de ocorrência de furto na unidade, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizou contrato emergencial com a Integral Segurança e Vigilância Patrimonial, há cerca de dois meses, para manter oito postos em plantão de 24 horas todos os dias da semana, na unidade. Cada posto conta com quatro vigilantes.

Com duração de 180 dias, o contrato tem valor global de R$ 589,617 mil, o equivalente a R$ 98,269 mil mensais. Registro de Preço publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) que circulou na última segunda-feira (26), realizado pela Secretaria de Estado de Administração (SAD) para contratação de serviço semelhante, na capital e em Várzea Grande, contou com uma oferta da empresa Pantanal Vigilância e Segurança no valor de R$ 10,670 mil por posto.

Com base no levantamento feito pelo Estado, para manter oito postos, o serviço custaria R$ 85,363 mil mensais. O montante é 15,11% menor do que o valor atualmente desembolsado pela prefeitura. Ao longo dos seis meses de contrato emergencial, a economia poderia chegar a R$ 77,439 mil.

O valor recentemente registrado pelo Estado é praticamente o mesmo cobrado desde o ano passado, quando foi feito contrato entre a empresa e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

A diferença entre o valor pago pelo Município e pelo Estado pelo mesmo serviço, cerca de R$ 12,899 mil mensais, seria o suficiente para pagar, por exemplo, mais de 13 diárias de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na rede conveniada, haja vista que o contrato efetuado pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), conforme publicado no Diário Oficial, é pago com recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) para a Média e Alta Complexidade.

O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB) destaca que o contrato com dispensa de licitação é legal. Ele costuma frisar que na maioria das vezes, o Executivo precisou fazer esse tipo de contrato, mas conseguiu valores abaixo do mercado. "Tinham médicos sendo ameaçados e estavam se recusando a trabalhar na unidade, por isso concordei com a dispensa de licitação. A dispensa de licitação é permitida, desde que fundamentada e isso aconteceu", declarou o prefeito.

"Há prerrogativas para acreditarmos em retaliação", diz Allan Kardec sobre assalto à casa de Ricardo Saad


CPI investiga licitação de maquinários para as obras da Copa 2014.


DA REDAÇÃO

Isso É Notícia/Montagem
Comissão que investiga a licitação dos Maquinários. A esquerda, Ricardo Saad, relator; ao centro, Toninho de Souza, presidente; e a direita, Allan Kardec, membro titular.
Membro titular da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Maquinários, o vereador Allan Kardec (PT) opinou sobre a possibilidade da casa do relator da Comissão, Ricardo Saad (PSDB), ter sido motivada como forma de retaliação por parte dos investigados. Saad teve sua casa, que é localizada no bairro Cidade Alta, invadida por bandidos no último sábado (17).

Em entrevista ao Isso É Notícia, Kardec disse preferir não acreditar que, atualmente, alguém ainda tome esse tipo de medida como intimidação, mas não descartou a hipótese, uma vez que a investigação é delicada e resvala por nomes de importantes figuras do cenário municipal.

“Eu acho estranho nunca ter acontecido algo parecido na casa do vereador e, de repente, neste momento que a gente está envolvido numa situação política delicada, isso acontece. Suscita dúvidas, mas não acredito que vamos chegar a esse ponto, em Cuiabá , uma cidade cosmopolita e que passou por uma forte democratização”.

De acordo com o vereador Ricardo Saad, os bandidos que invadiram sua casa não mexeram em nada, indicando que a procura era, exclusivamente, por documentos, dentre os quais, foram levados os da propriedade da Fazenda Serra Azul na estrada de Cáceres, compra e venda de residência no bairro Cidade Alta e contratos relacionados a comércio no município de Sinop envolvendo as suas duas filhas.

Questionado quanto ao medo de sofrer esse tipo de retaliação, Kardec afirmou que está “tranquilo” e espera que o acontecido não atrapalhe as investigações.

“Há prerrogativas para acreditarmos em retaliação, mas não tenho medo algum, até porque tudo que eu estou fazendo está sendo informado ao Executivo Estadual do meu partido, todas as informações que eu tenho e meus passos. Estou tranquilo com a minha rotina: de casa, para o trabalho, do trabalho para a universidade”.

A CPI
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que irá investigar as denúncias sobre irregularidades no processo licitatório de maquinários pesados pela Prefeitura de Cuiabá é formada pelos vereadores Toninho de Souza (PSD), Allan Kardec (PT) e Ricardo Saad (PSDB) que ocupam respectivamente, os cargos de presidente, membro titular da Comissão e relator, sendo todos os parlamentares fazem opositores do prefeito Mauro Mendes (PSB), citado nas investigações.

Dentre as questões que deverão ser respondidas durante a investigações, figura a de que uma das empresas vencedoras do certame pertence ao empresário Vanderley Torres, dono da Trimec Construtora e sócio do prefeito Mauro Mendes (PSB) em empreendimentos minerais no Pará.

Outra denúncia que deve ser investigada pela Comissão, corresponde ao fato de que, duas empresas que participaram do processo licitatório têm, exatamente, o mesmo endereço como sede.

Publicada Lei que proíbe acúmulo de função de motorista e cobrador de ônibus


  
  
 
JBNews

Foi publicada nesta quinta-feira (28) na Gazeta Municipal a Lei nº 5.695, de 20 de Agosto de 2013, que proíbe as empresas de transporte coletivo de Cuiabá de exigir que motoristas acumulem a função de cobrador. A Lei entra em vigor em 90 dias após a data da publicação.
As empresas que descumprirem a determinação receberão, inicialmente, uma advertência e poderão ser condenadas ao pagamento de multa de R$ 20 mil em caso de reincidência.
Aquela que continuar descumprindo a Lei poderá ter a concessão cassada pela Prefeitura de Cuiabá.
Para evitar aumento no custo da tarifa do transporte coletivo, o prefeito Mauro Mendes vetou trecho do projeto de lei que obrigava as empresas a disponibilizar aos usuários, em todos os ônibus, um trabalhador para a exclusiva função de motorista e outro trabalhador para a função de cobrador.
Na avaliação do prefeito, a bilhetagem eletrônica vigente representou um aumento das condições de segurança dos passageiros e trabalhadores no interior dos ônibus, pela extinção da circulação de dinheiro em espécie nos veículos.
Transparência – Desde maio, a Gazeta Municipal de Cuiabá é disponibilizada digitalmente e pode ser acessada através do portal do Tribunal de Contas do Estado (TCE), cujo link está disponível no site da Prefeitura de Cuiabá (www.cuiaba.mt.gov.br).
A adesão da prefeitura ao Diário Oficial de Contas (DOC), ferramenta disponibilizada gratuitamente pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), foi feita por meio de celebração de Termo de Cessão de Uso, após o encerramento contratual junto à gráfica que imprimia a Gazeta Municipal.
Utilizada por vários municípios de Mato Grosso, a ferramenta garante a publicidade dos atos administrativos em tempo real e a fiscalização automática dos mesmos pelo Tribunal.
Confira a íntegra da Lei:
LEI Nº 5.695 DE 20 DE AGOSTO DE 2013.
DISPÕE SOBRE A PROIBIÇÃO DE EMPRESAS QUE PRESTAM SERVIÇOS DE TRANSPORTE COLETIVO EM CUIABÁ DE EXIGIREM QUE MOTORISTAS EXERÇAM SUA FUNÇÃO CUMULADA COM A FUNÇÃO DE COBRADOR.
O PREFEITO MUNICIPAL DE CUIABÁ-MT: Faço saber que a Câmara Municipal manteve o VETO PARCIAL e em conformidade com o Art.29 §§2º e 3º da Lei Orgânica do Município, promulgo a seguinte Lei:
Art. 1º Esta Lei estabelece normas para a prestação de serviço de transporte coletivo urbano no Município de Cuiabá e fixa as penalidades para as hipóteses de descumprimento.
Art. 2° Ficam as empresas concessionárias de Transporte Coletivo Urbano, no Município de Cuiabá, proibidas de exigirem que motoristas exerçam sua função cumulada com a função de cobrador.
Parágrafo único. (VETADO)
Art. 3º Caberá ao poder concedente, por seus órgãos competentes, fiscalizar o fiel cumprimento ao disposto nesta Lei, aplicando às empresas concessionárias que a descumprir, as seguintes penalidades:
I - advertência escrita na primeira notificação, com prazo de 5 (cinco) dias para a apresentação de defesa por parte da empresa infratora;
II - multa de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) por situação de reincidência, decorrido o prazo previsto no inciso anterior ou indeferido o respectivo recurso;
III - diante da continuidade do descumprimento desta Lei, após caso de reincidência com aplicação de multa, fica autorizada a Prefeitura Municipal de Cuiabá a cassar a concessão da empresa infratora.
Art. 4º Esta Lei entra em vigor após 90(noventa) dias da data de sua publicação.
Palácio Alencastro em Cuiabá-MT, 20 de agosto de 2013.
MAURO MENDES FERREIRA
PREFEITO MUNICIPAL

Prefeitura ainda precisa de R$ 7,5 milhões para poder executar projeto Porto Cuiabá



Apesar de ter feito uma cerimonia de lançamento para apresentar o projeto Porto Cuiabá à imprensa, a Prefeitura de Cuiabá ainda não conseguiu reunir toda verba necessária para executar, em sua totalidade, a requalificação da orla do rio que dá nome a Capital. Se a obra custar os R$ 28 milhões estimados, sem a necessidade de nenhum aditivo, ainda faltam R$ 7,5 milhões para garantir a conclusão do plano.   

Por enquanto a prefeitura tem garantidos R$ 10 milhões do Governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento do Turismo (Sedtur), mais R$ 5 milhões de recursos próprios e outros R$ 5,5 milhões patrocinados pelo Atacadão, conseguidos em decorrência de uma negociação envolvendo problemas com um terreno do supermercado. 


  “Agora vamos pleitear recursos com o Governo Federal para completar o projeto. Dizem que sobra dinheiro e falta projeto lá em Brasília. Então vamos conseguir dinheiro com esse nosso projeto. A União também precisa participar”, afirmou o prefeito Mauro Mendes (PSB), durante o almoço concedido à imprensa para a apresentação do projeto, no Hotel Paiaguás. 


  Além de tentar recursos com o Governo Federal, Mauro mendes espera levantar verbas com a concessão dos espaços para bares e restaurantes previstos no projeto Porto Cuiabá. Por enquanto estão previstos espaços para três grandes bares/restaurantes, mas o plano já passa por uma readequação com a finalidade de ampliar o número para seis. Além disso, também serão terceirizados espaços para quiosques menores. 


  Apesar de ainda não ter a totalidade dos recursos necessários para concluir o projeto, o prefeito se mostrou confiante em completar todo o projeto até o fim de maio de 2014, tendo todo a orla requalificada já para a Copa do Mundo. “Sabemos que estamos em uma corrida contra o tempo, mas esse é o nosso objetivo. Entregar tudo antes da Copa”, asseverou.

Por: Jardel P. Arruda
Fonte: Olhar Direto

Professores suspendem greve em Cuiabá com reajuste de quase 15% nos salários

Mauro Mendes: reajuste aos professores em 2013 totaliza 14,77%


Os professores da rede municipal de ensino aceitaram a proposta de aumento salarial feita pela Prefeitura de Cuiabá e encerraram ontem  (28) a greve que durou menos de uma semana. O aumento salarial concedido este ano pela administração municipal é o maior em nove anos.

A Prefeitura já havia concedido, a todos os profissionais, aumento de 5,8% de ganho real, pagos a partir dos meses de fevereiro e março. Também foi concedido mais 6,97% de reposição de perdas inflacionárias na data-base da categoria, no mês de julho, totalizando 12,77% de aumento salarial. Ainda assim, os professores entraram em greve e, mesmo que a Justiça que tenha considerado o movimento ilegal, mantiveram a paralisação.

Na nova proposta, feita na noite do dia 27 pelo prefeito Mauro Mendes, a administração concedeu mais 4% de ganho real nos salários dos servidores. Com mais esse percentual, somado aos 12,77% já concedido este ano aos professores, o reajuste em 2013 totaliza 14,77%. Serão pagos 2% na folha de pagamento de dezembro de 2013 e mais 2% em março de 2014.

Segundo o secretário municipal de Educação, Gilberto Figueiredo, o reajuste de 14,77% é referente ao ano de 2013 e novas negociações estão abertas a partir de julho de 2014, por ocasião da data-base dos profissionais da educação.

“A arrecadação da prefeitura nos meses de janeiro e fevereiro é menor. Em fevereiro também incide o pagamento de 1/3 de férias dos professores e técnicos da educação, por isso o reajuste só é possível a partir do mês de março”.

Segundo Gilberto Figueiredo, nunca se fez tanto pela educação de Cuiabá como está sendo feito nesta gestão. “É a maior demonstração de respeito aos profissionais, comprovando que a educação é prioridade na Gestão Mauro Mendes”, afirmou.

Benefícios - Além do reajuste salarial, os direitos trabalhistas também estão sendo respeitados. A prefeitura já concedeu aos profissionais da educação quase mil licenças-prêmio somente este ano. “É mais do que a soma dos últimos quatro anos”, disse o secretário.

A Secretaria de Educação também já iniciou um processo de reestruturação das instalações físicas das unidades escolares, que vai contemplar toda a rede municipal de ensino ao longo dos próximos anos.

O povo será o juiz da História...", diz prefeito em entrevista


Foto: Mary JurunaEm entrevista ao Circuito Mato Grosso, o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB) faz uma avaliação dos primeiros sete meses de gestão. Ele admite ter encontrado muitos problemas no município, mas diz tentar mudar a realidade com serviços prestados à população. Ele comenta sobre os embates travados com a Câmara de Vereadores e alega que muitos vereadores da oposição estão apenas “esbravejando” ao invés de buscar melhorias para a cidade. Veja os principais trechos da entrevista:
 
Circuito Mato Grosso: Ao assumir a Prefeitura de Cuiabá, em qual pasta o senhor encontrou as maiores dificuldades?
Mauro Mendes: A gestão como um todo tem muitos desafios, não tem nenhuma área hoje na Prefeitura de Cuiabá que pudéssemos dizer que está tudo tranquilo, tudo resolvido. Cuiabá vem acumulando uma série de problemas que se arrastam ao longo dos anos. Temos procurado enfrentar muitos deles, não tenho a presunção de achar que vamos resolver tudo em quatro anos, mas temos procurado dedicar um pouco da nossa atenção e da nossa capacidade de organização junto com os secretários em todas essas áreas. 
 
CMT: Esses problemas e dificuldades são maiores do que o senhor imaginava antes de assumir o município? 
MM: As dificuldades são grandes, mas me sinto preparado, para que junto com o povo e aqueles que querem o bem de Cuiabá possamos melhorar esta cidade. As coisas que precisam ser feitas aqui não são tarefa de um homem só. Poder público, servidores públicos, cidadão, cada um pode fazer algo para ajudar. Pagar imposto em dia ajuda, não jogar lixo na rua ajuda, educação no trânsito ajuda, enfim, são pequenas ações que podem melhorar as condições de vida na cidade. 
 
CMT: Uma das promessas de sua campanha era quanto ao novo Pronto-Socorro de Cuiabá. Como anda este projeto? 
MM: Estamos com Termo de Referência pronto, vamos soltar o edital para contratar o projeto. Nossa meta é até o final do ano estar com projeto pronto, para licitar e dar início à construção já no próximo ano. 
 

Donadon pode estar abrindo o prolífico filão de parlamentares presidiários


sob a proteção de seis togados: Roberto Barroso, Teori Zavascki, Rosa Weber, Dias Toffoli, Carmen Lúcia e Ricardo Lewandowski. Eles é que estão embalando esse bebê de Rosemary

estatua_justicaPor Reinaldo Azevedo (*)
Em votação secreta, a Câmara dos Deputados manteve o mandato do deputado-presidiário Natan Donadon (sem partido-RO). Houve uma maioria de votos em favor da cassação — 233 a 131, com 41 abstenções —, mas eram necessários 257 votos, a metade mais um dos 513 deputados. Nada menos de 108 se ausentaram. À parte problemas de força maior (saúde ou algo assim), são ainda mais covardes do que os que votaram ou contra ou se abstiveram. Saiba, leitor, que, em situações assim, para que a sem-vergonhice seja diluída, as tarefas são divididas: uns tantos votam contra, alguns outros se abstêm, e outa parcela não vota. Assim, um resultado meticulosamente planejado, que afronta o bom senso e a decência, fica parecendo obra do acaso. Não é corriqueiro que 21% dos deputados faltem a uma sessão com essa importância. Teori Zavascki, Roberto Barroso, Dias Toffolli, Carmen Lúcia, Rosa Weber e Ricardo Lewandowski, todos ministros do Supremo, devem estar orgulhosos. Viram o exercício prático de uma tese acalentada pelos seis. Viram nascer o Bebê de Rosemary, por cuja paternidade (e maternidade) respondem. É num monstrengo como esse que pode resultar o seu notório saber jurídico. Já chego lá e explico por que evoquei o nome dos ministros. Vamos a esse caso em particular.
Por ocasião da condenação de Donadon, o tribunal não se pronunciou sobre o seu mandato, e a questão foi remetida para a Câmara — contra, parece-me óbvio, o que dispõem a própria Constituição e o Código Penal (já chego lá). No julgamento do mensalão, o STF procurou corrigir essa falha.
A manutenção do mandato de Donadon começou a ser tramada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Alertei aqui para o risco de se produzir esse resultado absurdo num post do dia 14. O deputado tucano Jutahy Jr. apresentou um relatório alternativo ao do relator do caso, o deputado Sérgio Zveiter (PSD-RJ), que abria a possibilidade de livrar a cara do agora deputado-presidiário.
Por que? Vocês terão de acompanhar uma argumentação que foi explicitada neste blog muitas vezes. Mas é importante porque será preciso chamar às falas aquela meia-dúzia de togados. O “x” da questão está no Artigo 55 da Constituição, que segue em azul, com destaque para os trechos relevantes para o caso.
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: I – que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior; II – cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar; III – que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada; IV – que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;V – quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição; VI – que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. § 1º – É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas. § 2º – Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. § 3º – Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
O roteiro da indecência
Muito bem. Numa leitura possível (mas absurda para quem pretende lidar com a lógica e o bom senso), que constitui o que chamo de “roteiro da indecência”, cabe aplicar o §2º do artigo (leiam acima). Como Donadon “sofreu uma condenação criminal em sentença transitada em julgado” (Inciso VI), então seria preciso “decidir a perda do mandato por voto secreto e maioria absoluta” na Câmara . Sim, em seu relatório, Sveiter pediu a cassação, mas o fez com base nessa argumentação. Estava, na prática, começando a livrar a cara de Donadon, embora parecesse fazer o contrário.
O deputado Jutahy Jr. apresentou um relatório em separado, alternativo, com outra argumentação — tantas vezes exposta neste blog e que, na prática, saiu vitoriosa no STF (5 a 4) no julgamento dos deputados mensaleiros. Segundo esse outro ponto de vista, muito mais sólido e assentado também nos Artigos 14 e 15 da Constituição (além do 55) e no Artigo 92 do Código Penal, há que se aplicar não o §2º do Artigo 55 da Constituição, mas §3º, aquele que estabelece que basta à Mesa da Câmara fazer um ato declaratório porque a condenação criminal — em crimes como o de Donadon e dos mensaleiros — já implica a perda automática do mandato, uma vez que o parlamentar perdeu os direitos políticos (Inciso IV). Logo, não é necessário fazer uma votação. Vejamos.
O roteiro da decência
Reza o Artigo 15 da Constituição: Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: (…) III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos.
Note, leitor. A condenação criminal transitada em julgado implica a perda dos direitos políticos, certo? Certo!
Perdidos os direitos políticos, então estamos tratando do Inciso IV daquele Artigo 55. E para o Inciso IV, não é o plenário que decide, mas a mesa da Câmara, em ato meramente declaratório. Não fosse assim, seria preciso admitir que existe parlamentar sem direito político. Existe?
Há mais. Sim, antes do Artigo 15 da Constituição, vem o 14. E ali se estabelece, no Inciso II do Parágrafo 3º que, para ser candidato é preciso: II – o pleno exercício dos direitos políticos.
Ora,  é concebível que, para se candidatar, alguém precise estar no pleno gozo de deus direitos políticos, mas não para ser um parlamentar? Se dispositivos faltassem para a cassação automática — CONSTITUCIONAIS —, há ainda a sanção aplicada pelo Artigo 92 do Código Penal: Art. 92 – São também efeitos da condenação: I- a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo: a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública; b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos.
É bem verdade que as penas do Artigo 92 não são automáticas e têm de ser declaradas em sentença. Mas o Código Penal está aí, à disposição dos juízes — inclusive dos do STF.
Os mensaleiros e a nova maioria do STF
Seguiu-se, no caso de Donadon, o roteiro da indecência. E, assim, se chega à espantosa condição de haver um deputado presidiário. é certo que o lugar de alguns seria mesmo a Papuda, mas não como representantes do povo. É que ninguém dá bola pra Banânia! Imaginem se dessem: “Ah, naquele país, preso não vota em deputado, mas deputado pode ser preso e continuar… deputado!”
No julgamento do mensalão, por 5 votos a 4 — o tribunal estava com 9 porque não haviam sido aprovados ainda os substitutos de Cezar Peluso e Ayres Britto —, o tribunal decidiu que a condenação implicava a cassação automática dos mandatos dos deputados-mensaleiros: defenderam essa posição Joaquim Barbosa, Luiz Fux, Gilmar Mendes, Marco Aurélio e Celso de Mello. Acharam que a decisão cabe à Câmara e ao Senado os ministros Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Rosa Weber e Carmen Lúcia. Então os deputados mensaleiros João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT) estão cassados, né? Pois é…
Ocorre que a questão voltou a ser examinada na recente condenação do senador Ivo Cassol (PP-RR). E aí se deu o evento espantoso! Roberto Barroso, que, nesta quarta, fez uma candente defesa da moralidade e da ética na política, resolveu abrir o caminho para a mudança. Alegando amor à letra da lei — justo ele, que escreveu um livro sobre um tal “novo constitucionalismo” — houve por bem ignorar os Artigos 14 e 15 e o Parágrafo 3º do Artigo 55 da Constituição e se fixar apenas no Parágrafo 2º. Para ele, a cassação é atribuição exclusiva das respectivas Casas Legislativas. Teori Zavascki o seguiu. Os quatro (Lewandowski, Toffoli, Rosa e Carmen), que já havia expressado essa posição no julgamento do mensalão, repetiram seu voto. E assim se formou uma maioria de 6 votos em favor da tese que permite que se repita o que se deu com Donadon: ter um parlamentar presidiário. É o que pode voltar a acontecer com João Paulo Cunha (PT-SP) caso se consiga rever aquela decisão.
Acinte, deboche, esculacho
A decisão da Câmara é um acinte, É um deboche. É um esculacho. Que fique claro: Barroso, Zavascki, Rosa, Carmen, Toffoli e Lewandowski não têm nada a ver com essa particularidade do caso Donadon. Eu estou aqui a demonstrar quais são as consequências práticas da escolha  esdrúxula que fizeram no caso de Ivo Cassol. E é inútil os doutores dizerem que, “se o Congresso é assim”, a culpa não é deles”. Se nada podem fazer em relação ao caso Donadon, poderiam ter votado — DE ACORDO COM A LETRA DA LEI — para que essa vergonha não se repetisse. Mas fizeram justamente o contrário.
É evidente que a defesa dos deputados mensaleiros vai recorrer para evocar o novo entendimento do tribunal. Donadon pode estar abrindo o prolífico filão de parlamentares presidiários. Sob a proteção intelectual e jurídica de seis togados da mais alta corte do país. Com aquela toga vistosa, precisam  tomar cuidado para não virar os black blocs das instituições.
E Barroso, não obstante, acha que política deve ser uma coisa mais séria. A política e a Justiça, digo eu.




POLÍTICA: CÂMARA DOS DEPUTADOS MANTÉM MANDATO DE NATAN DONADON EM VOTAÇÃO SECRETA


A Câmara dos Deputados rejeitou nesta quarta-feira a cassação do deputado Natan Donadon. Na votação - secreta - que aconteceu, nesta noite, 233 deputados votaram pela cassação. No entanto, para que Donadon perdesse o mandato, seriam necessários ao menos 257 votos. Outros 131 deputados votaram pela manutenção do mandato e 41 se abstiveram.
Com a decisão do plenário, mesmo preso desde 28 de junho no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, Donadon continuará com o status de parlamentar.
Diante da situação inédita, os dirigentes da Casa terão de decidir se ele continuará recebendo salário, verbas, cota de auxílio para a atividade parlamentar e se permanecerá com direito ao apartamento funcional.
Em julho, ato da Mesa Diretora suspendeu todas as prerrogativas parlamentares de Donadon. Mais cedo, antes da votação secreta e nominal, Donadon teve a oportunidade de se defender em discurso na tribuna da Casa.
Ele disse que era inocente das acusações de que teria integrado uma quadrilha que desviou mais de R$ 8 milhões da Assembleia Legislativa de Rondônia na década de 1990."Eu não viria para mentir. Minha consciência não me deixa mentir. A Bíblia diz: ´Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará´. Eu estou dizendo a verdade aos senhores", declarou aos demais deputados, que ouviam em silêncio, do plenário. "Não sou ladrão, nunca roubei nada. É acusação injusta."
Donadon foi condenado em 2010, pelo Supremo a mais de 13 anos de prisão em regime fechado pelos crimes de peculato - que é o crime praticado por funcionário público contra a administração e formação de quadrilha.
O deputado recorreu diversas vezes, até o STF decidir, em junho, condenar o parlamentar. Após alguns dias, ele se entregou à Polícia Federal e foi transferido para a Papuda. Por causa da prisão, o PMDB resolveu desfiliar Donadon e, desde então, está sem partido.
O projeto que pedia a cassação de Donadon é de autoria do deputado Sérgio Zveiter (PSD-RJ), e passou com facilidade pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
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Câmara dos Deputados livra Natan Donadon de cassação


Houve 233 votos a favor da cassação, mas eram necessários 257; 131 deputados votaram contra, 41 se abstiveram e 54 dos presentes na sessão não votaram; outros 54 não compareceram

Brasília - Preso há mais de dois meses, o deputado Natan Donadon (sem partido-RO) escapou nessa quarta-feira, 28, da cassação pela Câmara dos Deputados. Assim, manteve o mandato, mas o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), em decisão solitária, decidiu afastá-lo do cargo enquanto ele estiver cumprindo pena em regime fechado pela condenação a mais de 13 anos por desvio de recursos públicos.
Natan Donadon sai algemado da Câmara dos Deputados, após ter seu mandato mantido - Dida Sampaio/AE
Dida Sampaio/AE
Natan Donadon sai algemado da Câmara dos Deputados, após ter seu mandato mantido
Alves anunciou ainda que não submeterá mais nenhum caso de cassação de mandato a plenário enquanto não for aprovada a proposta de mudança na Constituição que abre o voto neste tipo de decisões. Na sessão de ontem, em votação secreta, foram 233 votos pela cassação, 24 a menos do que o exigido, 131 pela absolvição e 41 abstenções - com 21 abstenções, o PT foi o partido que mais contribuiu com as ausências. O resultado sugere a intenção de se preservar os mandatos de condenados no processo do mensalão.
Condenado por desvios de R$ 8,4 milhões da Assembleia Legislativa de Rondônia, Donadon ficará em regime fechado por pelo menos dois anos e tem pena total de 13 anos, 4 meses e 10 dias de prisão pelos crimes de peculato e formação de quadrilha. Algemado, deixou ontem pela primeira vez da penitenciária da Papuda e fez um discurso emocional em plenário alegando inocência e reclamando das condições da prisão.
O lobby feito ao longo do dia junto ao baixo clero, sobretudo nas bancadas evangélicas, do PT e do PMDB, surtiu efeito para garantir a manutenção do mandato. Depois de segurar a sessão por quase cinco horas e ver a cassação ser rejeitada, Alves construiu a solução de afastamento e dará posse hoje ao suplente, Amir Lando (PMDB-RO).
Precedente. O caso é visto pela Câmara como um precedente para descumprir eventual decisão do Supremo pela perda imediata do mandato no processo do mensalão, no qual a Corte decidiu que caberia à Mesa apenas decretar a cassação.
A Câmara observa que o rito com ampla defesa foi aplicado pelo STF em relação a Ivo Cassol (PP-RO) e não houve referência a cassação imediata também na condenação de Donadon. O resultado, porém, pode levar a uma aceleração da votação da proposta que torna aberta esse tipo de decisão. Alves ressaltou que há acordo de líderes para apreciação do tema.
Durante todo o dia, Melkisedek Donadon, irmão do deputado e ex-prefeito de Vilhena (RO), visitou vários gabinetes pedindo apoio. Outros deputados do baixo clero comentavam entre si que a cassação do colega dificultaria situações futuras. Muitos petistas defenderam a abstenção e alguns nem sequer compareceram à sessão.
Camburão. Donadon saiu de camburão, algemado, do presídio da Papuda, para onde voltou na mesma situação após se livrar da cassação. Ele deixou a Câmara agradecendo a Deus pelo resultado. Vestido de terno e gravata e com boton de deputado, traje semelhante ao que foi preso, entrou em plenário pouco após as 19 horas. Foi cumprimentado por colegas, como Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) - que escapou há alguns dias de processo de cassação por sua relação com Carlinhos Cachoeira - e Sérgio Moraes (PTB-RS), que causou polêmica anos atrás ao dizer estar "se lixando" para a opinião pública. Pouco depois, foi encontrar a família. Ao abraçar a filha, Rebeca, disse: "filhinha, me perdoe".
Em seu discurso, começou falando do cotidiano na prisão, onde está desde 28 de junho. "É desumano o que um prisioneiro passa, o que eu passei nestes dias", disse. Contou que antes de ir à Câmara, faltou água e pediu ajuda de um vizinho de cela com garrafas para concluir seu banho. Afirmou que foi à Casa para dar explicações e defender sua inocência. Criticou a imprensa, o parecer do relator, Sérgio Zveiter (PSD-RJ), e negou os crimes que lhe são atribuídos. "Não desviei um centavo."
Ele defendeu a legalidade de todos os pagamentos feitos na Assembleia de Rondônia. Reclamou de pressões externas. "Temos de ter cuidado com a voz das ruas. A voz das ruas crucificaram Jesus. Creio em Deus e na Justiça. Sei que essa Casa é independente."
O relator havia recomendado a cassação de Donadon pelo cometimento de crimes de natureza gravíssima e "fatos estarrecedores", que "não se coadunam com as exigências para a representatividade parlamentar. "Ele participou de uma organização criminosa que assaltou os cofres públicos de Rondônia."

CONDENADO A 13 ANOS DE PRISÃO, PARLAMENTAR CUMPRE PENA NA PAPUDA. PRESIDENTE DA CÂMARA DIZ QUE CONVOCARÁ PRIMEIRO SUPLENTE DO DEPUTADO


Fabiano Costa e Felipe Néri Do G1, em Brasília
O painel eletrônico da Câmara no momento do anúncio do resultado (Foto: Felipe Néri / G1)

O painel eletrônico da Câmara no momento do anúncio do resultado (Foto: Felipe Néri / G1)
A Câmara rejeitou nesta quarta-feira (28), em votação secreta, a cassação do mandato do deputado federal Natan Donadon (sem partido-RO). O parlamentar está preso desde 28 de junho no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde cumpre pena de 13 anos devido à condenação por peculato e formação de quadrilha pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Na sessão, 233 deputados votaram a favor do parecer aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça, favorável à cassação. O número foi insuficiente para a perda do mandato, que exige ao menos 257 votos. Outros 131 deputados votaram pela manutenção do mandato de Donadon e 41 se abstiveram.

Após a votação, contudo, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou que o deputado será afastado por causa da condenação pelo STF e convocou o suplente imediato, o ex-ministro da Previdência e ex-senador Amir Lando (PMDB-RO).
"Tendo em vista a rejeição do parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, que opinava pela procedência da representação, esta presidência dará consequência à decisão do plenário. Todavia, uma vez que, em razão do cumprimento de pena em regime fechado, o deputado Natan Donadon encontra-se impossibilitado de desempenhar suas funções, considero-o afastado do exercício do mandato e determino a convocação do suplente imediato, em caráter de substituição, pelo tempo que durar o impedimento do titular", leu Henrique Alves após o anúncio do resultado.
Em julho, ato da Mesa Diretora já havia suspendido todas os benefícios parlamentares de Donadon. Segundo a Mesa Diretora da Câmara, com a rejeição da cassação, Donadon manterá o status de parlamentar, mas o mandato ficará suspenso enquanto ele estiver preso. Se for libertado até o final da atual legislatura, ele retoma prerrogativas como salário, verba de gabinete, cota de auxílio para a atividade parlamentar e apartamento funcional.
O PLACAR DA VOTAÇÃO *
A favor da cassação233
Contra a cassação131
Abstenções41
Total de votantes405
O número mínimo de votos para a cassação é 257
"Eu agradeço a Deus que a justiça está sendo feita", disse Donadon após a divulgação do resultado.
A sessão durou quatro horas (das 19h às 23h), e o processo de votação (tempo disponível para que o deputado fizesse o registro eletrônico de sua opção), duas horas e 35 minutos. Henrique Alves poderia ter encerrado a sessão antes do prazo, mas prolongou até as 23h com o objetivo de obter o maior quórum possível. Na última hora de votação, no entanto, não foi registrado nenhum voto. Embora 405 tivessem votado, outros 54 deputados registraram presença no plenário, mas não votaram. Outros 54 sequer apareceram.
Diante do resultado, Henrique Alves disse que não irá mais realizar votações secretas para perda de mandato. No Congresso, tramitam propostas de emenda à Constituição para abrir as votações, mas nenhuma ainda foi aprovada em definitivo. "Enquanto for presidente desta Casa, mais nenhum processo de cassação será feito por votação secreta", declarou Alves após a proclamação do resultado.

Donadon foi autorizado pela Justiça a acompanhar no plenário da Câmara a votação que analisou o requerimento de perda de mandato. Com algemas, ele foi conduzido ao Legislativo pela Polícia Judiciária, mas dentro do parlamento ficou livre sob a custódia da Polícia Legislativa. A mulher e os dois filhos do parlamentar rondoniense acompanharam a sessão.
O deputado Natan Donadon (em partido-RO) em sessão que decidiu cassação de seu mandato na Câmara (Foto: Lúcio Bernardo Jr/Ag.Câmara)O deputado Natan Donadon (em partido-RO) na
sessão que deliberou sobre a cassação do
mandato  (Foto: Lúcio Bernardo Jr/Ag.Câmara)
'Não sou ladrão'
Antes de ser iniciada a votação, Donadon teve a oportunidade de se defender em discurso na tribuna da Casa. Sob os olhares dos colegas de Legislativo, o parlamentar cassado repetiu diversas vezes que era inocente das acusações de que teria integrado uma quadrilha que desviou mais de R$ 8 milhões da Assembleia Legislativa de Rondônia na década de 1990.

Ao longo dos 40 minutos de discurso, ele relatou detalhes da vida na prisão, negou ter conhecimento das supostas fraudes ocorridas no parlamento rondoniense e fez um apelo para que os parlamentares mantivessem seu mandato.
"Eu não viria para mentir. Minha consciência não me deixa mentir. A Bíblia diz: 'Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará'. Eu estou dizendo a verdade aos senhores", declarou aos demais deputados, que ouviam em silêncio, do plenário. "Não sou ladrão, nunca roubei nada. É acusação injusta", afirmou.
Na tentativa de sensibilizar o plenário, o ex-peemedebista também disse que sua família tem passado por dificuldades financeiras desde que a mesa diretora da Câmara decidiu suspender seu salário.

“Nos últimos dias, tenho sofrido bastante, inclusive, financeiramente. Tenho passado dificuldades. A Mesa Diretora suspendeu meu salário, meu gabinete. São dois meses que não recebo salário. Que meus servidores ficaram desamparados. Meu trabalho, tive de parar pelo meio do caminho, não pude dar sequência. Ainda sou deputado federal. Entendo eu e meus advogados que a Mesa não poderia fazer isso”, enfatizou.
Relator do processo de cassação de Donadon na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o deputado Sérgio Zveiter (PSD-RJ) também se manifestou antes da votação. Usando cerca de 10 dos 25 minutos a que tinha direito, o parlamentar do Rio de Janeiro leu na tribuna trechos de seu parecer aprovado pela CCJ, que recomendou a perda do mandato.
Para Zveiter, diante dos fatos que foram relatados pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) durante o julgamento de Donadon, em 2010, não caberia à Câmara agora “rejulgar” a causa. O relator classificou de “gravíssima” e de “incompatível com o exercício do mandato” a natureza das acusações contra o ex-peemedebista.
“Os fatos são verdadeiramente estarrecedores e não se coadunam com os requisitos de probidade e decoro exigidos para o exercício do mandato popular (...) O caso vertente envolve a formação de um juízo de gravidade e reprovabilidade sobre um deputado federal que participou de uma organização criminosa que assaltou os cofres públicos do Poder Legislativo de Rondônia, do qual era diretor financeiro, mediante contrato simulado de prestação de serviços de publicidade, que jamais foram prestados”, observou Zveiter.
Condenação
Em 2010, o Supremo condenou Donadon a 13 anos, 4 meses e 10 dias de prisão em regime fechado pelos crimes de peculato (crime praticado por funcionário público contra a administração) e formação de quadrilha. Ele foi acusado pelo Ministério Público de ter liderado uma quadrilha que desviou recursos da Assembleia Legislativa de Rondônia entre 1995 e 1998.
Na época do julgamento, a defesa do ex-parlamentar negou as acusações e alegou que Donadon não foi responsável pelas supostas fraudes em licitações que teriam possibilitado os desvios. A defesa alegou que, na função de diretor financeiro da Assembleia Legislativa, Donadon limitou-se a assinar cheques.
Apesar de condenado, ele pode aguardar a análise dos recursos em liberdade, exercendo o mandato parlamentar. Donadon foi o primeiro deputado em exercício a ser preso por determinação do Supremo desde a Constituição de 1988.
Ao contrário do que ocorreu no processo do mensalão, os ministros do STF não haviam discutido se deveria ser automática a cassação do parlamentar de Rondônia após o trânsito em julgado. Na ação penal do mensalão, entretanto, os magistrados decidiram pelas cassações dos mandatos dos quatro parlamentares condenados.

Plenário da Câmara nega cassação de Donadon



 
Publicado em: 29/08/2013 - 09:04 | Atualizado em: 29/08/2013 - 09:06
 Lúcio Bernardo Jr/Ag.Câmara
O deputado Natan Donadon (em partido-RO) nasessão
que deliberou sobre a cassação domandato
A Câmara rejeitou nesta quarta-feira (28), em votação secreta, a cassação do mandato do deputado federal Natan Donadon (sem partido-RO). O parlamentar está preso desde 28 de junho no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde cumpre pena de 13 anos devido à condenação por peculato e formação de quadrilha pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Na sessão, 233 deputados votaram a favor do parecer aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça, favorável à cassação. O número foi insuficiente para a perda do mandato, que exige ao menos 257 votos. Outros 131 deputados votaram pela manutenção do mandato de Donadon e 41 se abstiveram.
De acordo com a Câmara, Donadon vai continuar sem receber salário de deputado. Os pagamentos do salário e da verba de gabinete de Donadon haviam sido suspensos pela Mesa Diretora depois da prisão do deputado. Após a votação, contudo, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou que o deputado será afastado por causa da condenação pelo STF e convocou o suplente imediato, o ex-ministro da Previdência e ex-senador Amir Lando (PMDB-RO).
"Tendo em vista a rejeição do parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, que opinava pela procedência da representação, esta presidência dará consequência à decisão do plenário. Todavia, uma vez que, em razão do cumprimento de pena em regime fechado, o deputado Natan Donadon encontra-se impossibilitado de desempenhar suas funções, considero-o afastado do exercício do mandato e determino a convocação do suplente imediato, em caráter de substituição, pelo tempo que durar o impedimento do titular", leu Henrique Alves após o anúncio do resultado.
Em julho, ato da Mesa Diretora já havia suspendido todas os benefícios parlamentares de Donadon. Segundo a Mesa Diretora da Câmara, com a rejeição da cassação, Donadon manterá o status de parlamentar, mas o mandato ficará suspenso enquanto ele estiver preso. Se for libertado até o final da atual legislatura, ele retoma prerrogativas como salário, verba de gabinete, cota de auxílio para a atividade parlamentar e apartamento funcional.
De acordo com a Câmara, Donadon vai continuar sem receber salário de deputado. Os pagamentos do salário e da verba de gabinete de Donadon haviam sido suspensos pela Mesa Diretora depois da prisão do deputado.
Após a votação, contudo, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou que o deputado será afastado por causa da condenação pelo STF e convocou o suplente imediato, o ex-ministro da Previdência e ex-senador Amir Lando (PMDB-RO).
"Tendo em vista a rejeição do parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, que opinava pela procedência da representação, esta presidência dará consequência à decisão do plenário. Todavia, uma vez que, em razão do cumprimento de pena em regime fechado, o deputado Natan Donadon encontra-se impossibilitado de desempenhar suas funções, considero-o afastado do exercício do mandato e determino a convocação do suplente imediato, em caráter de substituição, pelo tempo que durar o impedimento do titular", leu Henrique Alves após o anúncio do resultado.
Em julho, ato da Mesa Diretora já havia suspendido todas os benefícios parlamentares de Donadon. Segundo a Mesa Diretora da Câmara, com a rejeição da cassação, Donadon manterá o status de parlamentar, mas o mandato ficará suspenso enquanto ele estiver preso. Se for libertado até o final da atual legislatura, ele retoma prerrogativas como salário, verba de gabinete, cota de auxílio para a atividade parlamentar e apartamento funcional.

Plenário da Câmara nega cassação, mas Henrique Alves afasta Donadon

Márcia Sousa
www.g1.com Foto: Lúcio Bernardo Jr/Ag.Câmara

A Câmara rejeitou nesta quarta-feira (28), em votação secreta, a cassação do mandato do deputado federal Natan Donadon (sem partido-RO). O parlamentar está preso desde 28 de junho no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde cumpre pena de 13 anos devido à condenação por peculato e formação de quadrilha pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Na sessão, 233 deputados votaram a favor do parecer aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça, favorável à cassação. O número foi insuficiente para a perda do mandato, que exige ao menos 257 votos. Outros 131 deputados votaram pela manutenção do mandato de Donadon e 41 se abstiveram.

De acordo com a Câmara, Donadon vai continuar sem receber salário de deputado. Os pagamentos do salário e da verba de gabinete de Donadon haviam sido suspensos pela Mesa Diretora depois da prisão do deputado.

Após a votação, contudo, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou que o deputado será afastado por causa da condenação pelo STF e convocou o suplente imediato, o ex-ministro da Previdência e ex-senador Amir Lando (PMDB-RO).

"Tendo em vista a rejeição do parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, que opinava pela procedência da representação, esta presidência dará consequência à decisão do plenário. Todavia, uma vez que, em razão do cumprimento de pena em regime fechado, o deputado Natan Donadon encontra-se impossibilitado de desempenhar suas funções, considero-o afastado do exercício do mandato e determino a convocação do suplente imediato, em caráter de substituição, pelo tempo que durar o impedimento do titular", leu Henrique Alves após o anúncio do resultado.

Em julho, ato da Mesa Diretora já havia suspendido todas os benefícios parlamentares de Donadon. Segundo a Mesa Diretora da Câmara, com a rejeição da cassação, Donadon manterá o status de parlamentar, mas o mandato ficará suspenso enquanto ele estiver preso. Se for libertado até o final da atual legislatura, ele retoma prerrogativas como salário, verba de gabinete, cota de auxílio para a atividade parlamentar e apartamento funcional.

"Eu agradeço a Deus que a justiça está sendo feita", disse Donadon após a divulgação do resultado.

A sessão durou quatro horas (das 19h às 23h), e o processo de votação (tempo disponível para que o deputado fizesse o registro eletrônico de sua opção), duas horas e 35 minutos. Henrique Alves poderia ter encerrado a sessão antes do prazo, mas prolongou até as 23h com o objetivo de obter o maior quórum possível. Na última hora de votação, no entanto, não foi registrado nenhum voto. Embora 405 tivessem votado, outros 54 deputados registraram presença no plenário, mas não votaram. Outros 54 sequer apareceram.

Diante do resultado, Henrique Alves disse que não irá mais realizar votações secretas para perda de mandato. No Congresso, tramitam propostas de emenda à Constituição para abrir as votações, mas nenhuma ainda foi aprovada em definitivo. "Enquanto for presidente desta Casa, mais nenhum processo de cassação será feito por votação secreta", declarou Alves após a proclamação do resultado.

Donadon foi autorizado pela Justiça a acompanhar no plenário da Câmara a votação que analisou o requerimento de perda de mandato. Com algemas, ele foi conduzido ao Legislativo pela Polícia Judiciária, mas dentro do parlamento ficou livre sob a custódia da Polícia Legislativa. A mulher e os dois filhos do parlamentar rondoniense acompanharam a sessão.

Condenação

Em 2010, o Supremo condenou Donadon a 13 anos, 4 meses e 10 dias de prisão em regime fechado pelos crimes de peculato (crime praticado por funcionário público contra a administração) e formação de quadrilha. Ele foi acusado pelo Ministério Público de ter liderado uma quadrilha que desviou recursos da Assembleia Legislativa de Rondônia entre 1995 e 1998.

Na época do julgamento, a defesa do ex-parlamentar negou as acusações e alegou que Donadon não foi responsável pelas supostas fraudes em licitações que teriam possibilitado os desvios. A defesa alegou que, na função de diretor financeiro da Assembleia Legislativa, Donadon limitou-se a assinar cheques.

Apesar de condenado, ele pode aguardar a análise dos recursos em liberdade, exercendo o mandato parlamentar. Donadon foi o primeiro deputado em exercício a ser preso por determinação do Supremo desde a Constituição de 1988.

Ao contrário do que ocorreu no processo do mensalão, os ministros do STF não haviam discutido se deveria ser automática a cassação do parlamentar de Rondônia após o trânsito em julgado. Na ação penal do mensalão, entretanto, os magistrados decidiram pelas cassações dos mandatos dos quatro parlamentares condenados.