Atos estão concentrados em regiões de agronegócio, como os estados do Paraná, Maranhão, Rondônia e, hoje, no Mato Grosso, além de São Paulo. Aneel contabiliza 4 torres derrubadas
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A crescente sequência de atentados já chega a 13 torres de transmissão de energia elétrica. O detalhe é que a maioria dos ataques está concentrada em regiões de agronegócio, como os estados do Paraná, Maranhão, Rondônia e, hoje, Mato Grosso, além de São Paulo.
Os ataques começaram em 8 de janeiro, logo depois que as sedes dos Três Poderes foram destruídas por terroristas apoiadores de Jair Bolsonaro. Até esta terça-feira (17), a Aneel contabilizava quatro torres derrubadas.
A Polícia Federal já abriu quatro inquéritos para investigar a onda de atentados, enquanto a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Operado Nacional do Sistema Elétrico (ONS) não descartam atos de vandalismo e sabotagem.
Segundo o diretor da Associação dos Engenheiros e Técnicos do Sistema Eletrobras, Ikaro Chaves, o mais provável é que sejam atos terroristas, depois que foi frustrada pelas autoridades do governo Lula a tentativa de golpe de estado por bolsonaristas que não aceitam o resultado das eleições.
“Na nossa opinião, são atentados terroristas, até porque sabotagens em linhas de transmissão são relativamente corriqueiras no país e acontecem, às vezes, por vandalismo. O que nós estamos vendo agora são ataques sistemáticos”, afirma.
Para Ikaro Chaves, os ataques repetidos têm toda a característica de sabotagem e vêm com motivação política com o objetivo de causar dano à população, mas, além disso, é preciso manter equipes de segurança de prontidão e reforçar a segurança das linhas de transmissão. “É preciso fazer um trabalho sério de investigação envolvendo autoridades policiais e as próprias empresas responsáveis pelo sistema para conter os ataques.”
O primeiro atentado às linhas de transmissão ocorreu às 21h30 de 8 de janeiro, quando uma torre da Eletronorte, em Cujubim, no estado de Rondônia, foi derrubada.
Abaixo, algumas das ocorrências mais importantes registradas:
9 de janeiro – Linha de Transmissão Foz do Iguaçu-Ibiúna, operada por Furnas, sofre primeiro ataque por vândalos, causando danos em outras três linhas.
9 de janeiro – Queda de uma torre no município de Rolim de Moura (RO).
12 de janeiro – Linha em 440 kilovolt (kV) Assis-Sumaré, da Taesa, é atacada por vândalos. Empresa também informou que houve tentativa de derrubada da linha em Rio das Pedras (SP).
12 de janeiro – Torre da linha de transmissão Assis-Andirá Leste, da Isa Cteep, localizada em Palmital (SP), sofre danos em sua base metálica, “resultado de ato criminoso praticado por terceiros”.
13 de janeiro – A linha Foz do Iguaçu-Ibiúna, de Furnas, é alvo de novo atentado, agora no município de Tupãssi (RR).
14 de janeiro – Operador Nacional do Sistema Elétrico confirma queda da linha de transmissão Pimenta Bueno-Vilhena C3, na cidade de Vilhena (RO).
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, acionou a Polícia Federal para investigar os ataques a torres de energia.
“O que podemos dizer é que, pelo fato de vários eventos convergirem, nós entendemos, por bem, sermos proativos e nos adiantarmos a possíveis problemas mais graves, usando todos os instrumentos de vigilância que o Estado possui”, afirmou.
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