Manifestantes devem protestar contra os casos de violência contra a mulher. Evento será no sábado, a partir das 16h, na Praça Maria Taquara, na capital.
Mais de 1,2 mil manifestantes devem participar da primeira edição da Marcha das Vadias em Cuiabá (MT) para protestar contra o machismo presente na sociedade. “A mulher tem o direito de se vestir como quiser. E não sofrer qualquer violência por estar com uma roupa tida como inadequada”, afirmou Mayara Belfort, universitária do curso de Serviço Social da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), uma das organizadoras do evento no estado.
A concentração está marcada para o próximo sábado (2), a partir das 16h, na histórica Praça Maria Taquara, que leva o nome de uma mulher que foi uma figura histórica que desafiou as convenções tradicionalistas do século passado na capital mato-grossense.
Maria Taquara foi a primeira mulher em Cuiabá, por exemplo, a abolir as saias e começar a usar calça jeans. Os manifestantes vão percorrer, segundo Belfort, as principais avenidas e ruas da capital protestando com pouca roupa pelos direitos das mulheres. Policiais devem fazer a segurança do protesto.
A Marcha das Vadias começou no ano passado em Toronto, no Canadá, quando alunos de uma universidade resolveram protestar depois que um policial sugeriu que as estudantes do sexo feminino deveriam evitar se vestir como “vagabundas” para não serem vítimas de abuso sexual ou estupro.
Em Cuiabá, o evento está sendo organizado e divulgado pelas redes sociais. Pelo menos 1.258 já confirmaram que devem participar do evento na capital, conforme a organização.
Belfort explicou que o protesto tem sido organizado por alunas do curso do Serviço Social da UFMT, como uma atividade paralela de uma evento que está sendo realizado na instituição. Entidades sociais ligadas a movimentos estudantis também estão se mobilizando para integrar a marcha.
O estudo “Mapa da Violência no Brasil 2012” apontou o estado de Mato Grosso como o 9º estado do país em número de assassinatos de mulheres. O estado tem 5,5, homicídios por 100 mil mulheres, índice que supera a média nacional. Já Cuiabá ocupa o antepenúltimo (25º) lugar no ranking das capitais brasileiras, que teve a taxa de 3,2 homicídios a cada 100 mil mulheres, enquanto a média nacional das capitais foi de 5,1 assassinatos.
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