Gisa Barros se destaca na Câmara com postura firme, independente e em defesa da população

Vereadora mantém coerência, fiscaliza o Executivo e se posiciona contra o inchaço da máquina pública

João Batista destaca atuação de Daniel Monteiro: “O vereador mais técnico e atuante de Mato Grosso”

vereador Daniel Monteiro, que vem se destacando por uma postura independente, técnica e coerente, especialmente nas discussões sobre políticas públicas e responsabilidade fiscal.

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CANALHA Homem é preso após espancar mulher em praça de MT

 

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Uma mulher foi espancada em plena praça pelo ex-marido que não aceita fim de relacionamento. O fato aconteceu na noite desta terça-feira (02) na praça principal do bairro Jardim Europa, em Rondonópolis (212 km de Cuiabá).

A vítima ficou bastante ferida. Consta no registro da ocorrência que, por volta das 22h, a guarnição da Polícia Militar recebeu informações de que uma mulher estava sendo espancada em determinado endereço.

Quando a equipe chegou no local, encontrou a mulher ainda sendo agredida. Aos militares, a vítima relatou que teria iniciado um relacionamento com o suspeito há cerca de seis meses, mas decidiu terminar, pois estava sofrendo há algum tempo agressões físicas e psicológicas.

Mas o suspeito não aceitava o fim do relacionamento e por diversas vezes a agrediu com socos e chutes. Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada e encaminhou a vítima para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

A mulher estava bastante ferida, inclusive com ferimentos na cabeça e um corte profundo na região do olho esquerdo. Diante dos fatos, o foi suspeito preso em flagrante e encaminhado para a delegacia de Polícia Civil para as devidas providências.            

      


Fonte: FOLHAMAX

Juca: “São tantas ações como presidente que às vezes fica difícil de acompanhar”

 

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Presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, o vereador Juca do Guaraná Filho (MDB) fez um balanço de seu trabalho parlamentar, destacando as principais ações à frente da Mesa Diretora do Legislativo

“São tantas ações como presidente da Câmara Municipal de Cuiabá que às vezes fica difícil de acompanhar. Por isso separamos as nossas principais realizações para você conhecer todo o nosso trabalho à frente do Legislativo Municipal”, afirma.

Uma das ações destacadas foi a contratação de jovens para estágios na Casa. Oito estagiários aprovados em processo seletivo realizado pela Câmara e pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) estão desempenhando suas funções na Câmara.

“Para nós é muito gratificante receber esses jovens que vieram para contribuir conosco, com certeza, vamos aprender com eles e eles vão aprender com os nossos servidores, com secretários e os vereadores”, destacou o parlamentar.

Juca também criou a Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão, que vem promovendo ações para que a Câmara seja cada vez mais inclusiva.

À frente da Mesa Diretora, Juca criou um espaço de ouvidoria na recepção da Casa para que a população tenha livre acesso para falar de suas reivindicações.

Sempre procurando inovar, pensando no bem estar da população, Juca criou a primeira Sala de Amamentação em uma Câmara no Centro-Oeste e a segunda no país.

"É com muita alegria e emoção que inauguramos essa sala, que reflete amor e carinho. Aqui é para todas as mulheres que necessitarem da sala. Fizemos tudo com muito carinho e cuidado pensando em cada detalhe para que nossas mamães ficassem mais a vontade para servirem a necessidade de seus filhos", ressalta Juca, que lembra que fez a indicação para a instalação da Sala após um pedido das servidoras, por meio da Sala da Mulher.

A transparência nos trabalhos da Casa também são uma marca da administração Juca do Guaraná, que sempre se colocou à disposição dos 25 vereadores, o que possibilitou uma gestão aberta ao diálogo e transparente.

“Sempre coloquei que seria presidente dos 24 vereadores na intenção de construir uma relação independente com o Executivo, garantindo ao vereador o direito de legislar e fiscalizar, porque é preciso em primeiro lugar manter a transparência dos atos”, pontuou.

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Boa Ação é Doação Campanha Boa Ação é Doação realiza feijoada em prol de famílias em situação de vulnerabilidade em Cuiabá

 

Campanha Boa Ação é Doação realiza feijoada em prol de famílias em situação de vulnerabilidade em Cuiabá

A Câmara Municipal de Cuiabá, por meio da Sala da Mulher Maria Nazareth Hahn, promove neste domingo, 7 de agosto, no Ditado Popular, uma feijoada em prol da campanha Boa Ação é Doação.

Os ingressos custam R$ 50,00 mais um quilo de alimento não perecível e podem ser adquiridos na Sala da Mulher, das 8h às 17h. Todo valor arrecadado será revertido na aquisição de cestas básicas que serão doadas para famílias em situação de vulnerabilidade social.

A voluntária, Amabila Camargo e a coordenadora da Sala da Mulher, Jéssica Fernandes reforçaram o convite para o evento e frisaram a importância de mais uma edição da campanha.

“As outras edições da Boa Ação é Doação foram um sucesso e temos certeza que essa não será diferente. Convidamos a todos a comprar o seu ingresso, saborear uma deliciosa feijoada e, assim, ajudar centenas de famílias”, comentaram.

Para informações e ingressos: 65 99993-3731 (Jéssica Fernandes)

 

Fonte: Câmara Municipal de Cuiabá

Câmara de vereadores de Cuiabá, promove campanha “Boa Ação é Doação”

 

A Câmara Municipal de Cuiabá, por meio da Sala da Mulher Maria Nazareth Hahn, vai realizar dois eventos esta semana, dentro da campanha “Boa Ação é Doação”.Na próxima quinta-feira (04.08) a campanha é pelo doação de leite materno e no domingo (07.08) uma feijoada para aquisição de cestas básicas para a população carente.

A campanha de doação de leite materno é uma iniciativa da Sala de Amamentação Ernestina Ferreira, que é vinculada à Sala da Mulher e todo leite arrecadado será doado ao estoque de leite do Hospital Geral.

Segundo o presidente do legislativo, vereador Juca do Guaraná, que tem incentivado todas as iniciativas voltadas ao atendimento das populações carentes, essa campanha de doação de leite materno visa ajudar a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) neonatal do Hospital Geral que atende bebês recém nascidos e prematuros.

“O Ministério da Saúde (MS) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) dizem que o aleitamento materno reduz em 13% a mortalidade até os cinco anos, evita diarreia e infecções respiratórias, diminui o risco de alergias, diabetes, colesterol alto e hipertensão, leva a uma melhor nutrição e reduz a chance de obesidade. Portanto, incentivar a amamentação e a doação de leite, cmo nesta campanha da Sala da Mulher, é fundamental e peço que todas as mães que puderem, participem. É um gesto nobre, de doação de vida e de saúde”, disse Juca do Guaraná.

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A campanha de doação será 9 às 15 horas e para doar, basta ir à Câmara ou entrar em contato pelo fone abaixo.

FEIJOADA – “No domingo, estamos convidando a comunidade a participar conosco de uma feijoada, que além de deliciosa, será uma ação de solidariedade”, comentou o presidente da Câmara.

“Como no ano passado, a Sala da Mulher está arrecadando alimentos para cestas básicas que serão doação à população carente. Na campanha anterior arrecadamos 25 toneladas de alimentos em 43 dias. Estas cestas básicas foram entregues nos bairros de Cuiabá. Um gesto muito bonito e uma campanha de sucesso da Sala da Mulher”, lembrou Juca do Guaraná.

A feijoada será domingo, dia 7, mas os ingressos já estão sendo vendidos, custam R$ 50,00 e mais um quilo de alimento não perecível e podem ser adquiridos na Sala da Mulher, na Câmara de vereadores, todos os dias, das 8h às 17h.

A voluntária, Amabila Camargo e a coordenadora da Sala da Mulher, Jéssica Fernandes reforçaram o convite para o evento e frisaram a importância de mais uma edição da campanha, lembrando que todo valor arrecadado será revertido na aquisição de cestas básicas que serão doadas para famílias em situação de vulnerabilidade social.

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Veja o vídeo

“As outras edições da Boa Ação é Doação foram um sucesso e temos certeza que essa não será diferente. Convidamos a todos a comprar o seu ingresso, saborear uma deliciosa feijoada e, assim, ajudar centenas de famílias”, comentaram.

SERVIÇO

Campanha Boa Ação é Doação

Local: Câmara de vereadores – Praça Barão de Melgaço, s/n – Centro, Cuiabá

Informações e ingressos: Fone (65) 9 9993-3731 (com a Jéssica Fernandes)

Boa Ação é Doação: edição leite materno acontece na próxima quinta (4)

 


A Sala de Amamentação Ernestina Ferreira, vinculada à Sala da Mulher Maria Nazareth Hahn, realiza na próxima quinta-feira, 4 de agosto, mais uma edição da campanha Boa Ação é Doação- Leite Materno. O leite arrecadado será doado ao estoque de leite do Hospital Geral.

A ideia para esta edição especial surgiu em decorrência do baixo índice de estoque de leite da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) neonatal  que concentra muitos bebês recém nascidos e prematuros do Hospital Geral. 

A ação acontecerá das 9h às 15h, visando também despertar as mães sobre a importância do aleitamento materno e a sua doação.

A voluntária na Sala da Mulher, Amabila Camargo, convida as mulheres a participarem dessa campanha que trará garantia de vida para esses bebês nos primeiros momentos de vida.

"A primeira edição da campanha foi um sucesso, conseguimos leite para alimentar mais de 400 bebês. Então, você que é mamãe e está amamentando venha até a Câmara, estamos de braços abertos te esperando para ajudar esses pequenos que tanto precisam”, disse.

A diretora assistencial do Hospital Geral, Caroline Evangelista, explica a importância de doar leite materno para o banco da unidade.

"Isso pra nós é muito importante, pois vai trazer mais divulgação do aleitamento materno, e para doação de leite. Nós temos recém nascidos que precisam de leite materno. Essa ação vai trazer pra gente mais doadoras, mais leite e mais vida. Porque o leite materno é vida", finalizou a diretora.

Boa Ação é Doação- Leite Materno

Data: 4 de agosto (quinta-feira)

Horário: 9h às 15h

Local: Sala de Amamentação Ernestina Ferreira Nascimento

Secom Câmara

Câmara analisa projetos e pareceres na sessão desta terça

 

A Câmara Municipal de Cuiabá realizou nesta terça-feira (2) a primeira Sessão Ordinária da semana. Os parlamentares aprovaram um Projeto de Decreto Legislativo e pareceres emitidos pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR).

O parecer favorável da CCJR ao processo nº 5527/2022 que institui a campanha permanente de conscientização e enfrentamento ao assédio materno, foi aprovado.

O autor do projeto vereador dr. Luiz Fernando (Republicanos) explicou na justificativa da matéria a definição desse tipo de assédio. “Cumpre- se ressaltar que o assédio materno define- se por todos os comportamentos de violência psicológica dirigidas contra as mulheres no local de trabalho, desde a gravidez até a amamentação e, em muitos casos, após a gravidez”, diz trecho do projeto.

A propositura que institui o mês “Maio Laranja” dedicado ao enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes, também teve o parecer favorável da CCJR aprovado durante a sessão.

O processo nº 8117/2022 que concede Título de Cidadão Cuiabano, foi aprovado.

Por 12 votos a 8 os parlamentares seguiram o parecer de rejeição da CCJR ao processo nº 284/2021, a matéria segue ao arquivo. Já o processo nº 764/2022 foi retirado de tramitação.

Parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação

Durante a sessão ordinária, o vereador Chico 2000 (PL) presidente da CCJR apresentou o parecer da comissão à representação por quebra de decoro parlamentar de autoria da vereadora Edna Sampaio (PT) em desfavor ao vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos).

A CCJR se posicionou de forma contrária ao pedido da vereadora. Com 21 votos a 1, o parecer de rejeição da CCJR foi aprovado em plenário.

“Não existe previsão legal em nenhum canto do nosso país, o único que permitia o afastamento cautelar era o decreto 20167 que teve esse inciso revogado em 1997. De lá pra cá todos os afastamentos cautelares que houveram de vereador ou de prefeito antes de transitado o julgado pela Comissão de Ética e pelo Plenário, antes desse processo, ele foi revertido judicialmente. Se votássemos o afastamento do vereador tenente-coronel Marcos Paccola, com certeza, em questão de dias ele estaria anulando esse julgamento e voltando para esta Casa por falta de previsão legal”,      comentou o presidente da CCJR.

A partir de agora, a Comissão de Ética receberá o processo, irá nomear um relator e, posteriormente, será dado o prazo de cinco Sessões Ordinárias (aproximadamente 15 dias) para o vereador tenente-coronel Paccola apresentar sua defesa.

Confira a pauta do dia no link: https://legislativo.camaracuiaba.mt.gov.br/sessoes.aspx

Assista a sessão: https://youtu.be/I2OPcNrnX3s

Secom Câmara

Feijoada irá beneficiar campanha Boa Ação é Doação

 

O evento visa ajudar famílias em situação de vulnerabilidade.

A Câmara Municipal de Cuiabá, por meio da Sala da Mulher Maria Nazareth Hahn, promove neste domingo, 7 de agosto, no Ditado Popular, uma feijoada em prol da campanha Boa Ação é Doação.

Os ingressos custam R$ 50,00 mais um quilo de alimento não perecível e podem ser adquiridos na Sala da Mulher, das 8h às 17h. Todo valor arrecadado será revertido na aquisição de cestas básicas que serão doadas para famílias em situação de vulnerabilidade social.

A voluntária, Amabila Camargo e a coordenadora da Sala da Mulher, Jéssica Fernandes reforçaram o convite para o evento e frisaram a importância de mais uma edição da campanha.

“As outras edições da Boa Ação é Doação foram um sucesso e temos certeza que essa não será diferente. Convidamos a todos a comprar o seu ingresso, saborear uma deliciosa feijoada e, assim, ajudar centenas de famílias”, comentaram.

Para informações e ingressos: 65 99993-3731 (Jéssica Fernandes)

 

Secom Câmara

Governador do MT pressionou Agência Nacional de Águas por hidrelétricas no Pantanal

 Flexibilização da legislação defendida por Mauro Mendes beneficia a empresa Maturati e uma Pequena Central Hidrelétrica

Mauro Mendes pressiona por hidrelétricas no Pantanal - Alan Santos/PR

No dia 10 de maio, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, chamou de “lamentável” a lei aprovada pela Assembleia Legislativa do Mato Grosso que proibiu a construção de hidrelétricas no rio Cuiabá, um dos principais rios do Pantanal. 

“Isso é uma coisa técnica, e acho lamentável a Assembleia Legislativa ter feito esse tipo de lei a toque de caixa. Tem muito deputado querendo ganhar voto nesta eleição. Isso tem que ser feito com estudo técnico e não podia ter feito assim”, afirmou, após o Projeto de Lei (PL) 957/2019 ter sido aprovado. Dois meses depois, em 4 de julho, Mendes vetou o texto.

Essa não foi a primeira vez que o governador se mostrou favorável a empreendimentos na bacia hidrográfica que compõe o Pantanal, maior planície alagável do mundo. Documentos obtidos pela Agência Pública mostram que, ao longo de seu mandato, Mendes pressionou entidades, órgãos públicos e políticos para flexibilizar leis que poderiam viabilizar a construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas, as PCHs, na região. 

A pressão foi liderada pela empresa Maturati Participações S.A., que planeja construir seis PCHs no rio, com apoio de Mendes, do senador Carlos Fávaro (PSD) e do suplente de deputado federal Valtenir Pereira (MDB). Além dos negócios da Maturati, da flexibilização da lei depende a construção de uma PCH que pertence ao filho de Mendes, Luiz Antônio Taveira Mendes, e a parentes do ex-secretário da Casa Civil do estado Mauro Carvalho.

Considerado um dos biomas mais sensíveis do Brasil, o Pantanal depende de rios que nascem em planaltos e serras, na bacia do alto Paraguai, e sofreu muito com queimadas nos últimos anos. Segundo dados do MapBiomas Água, a região perdeu 74% da superfície de água desde 1985, e cientistas denunciam que existem poucos estudos sobre os efeitos de várias usinas em um espaço tão frágil. 


Pantanal vem sofrendo com a degradação ambiental nos últimos anos / Rogério Florentino/Agência Pública


Mauro e Maturati

Toda a preocupação de Mauro Mendes e da Maturati Participações em acelerar a construção de hidrelétricas na bacia do Pantanal foi evidenciada em um documento protocolado pela própria Maturati em julho de 2020 no Ministério de Minas e Energia.

A carta apresenta a linha do tempo de todas as ações tomadas em parceria com Mendes e outros políticos para liberar as hidrelétricas na região — a Maturati é o principal alvo da lei aprovada na Assembleia e vetada pelo governador. “Inobstante acreditarmos no novo governo do Presidente Bolsonaro, e no seu discurso em prol dos benefícios das PCHs para o Brasil, mesmo assim, estamos vivenciando as mesmas burocracias dos governos anteriores”, reclama o presidente da Maturati, o empresário Fernando Luiz Vilela, no documento. 

A principal reclamação da Maturati envolvia a Resolução 64/2018 da Agência Nacional de Águas (ANA), que suspendeu a construção de hidrelétricas na bacia do alto Paraguai, região que compreende rios que irrigam o Pantanal.  A suspensão valeu até maio de 2020. Além de interromper negócios milionários, a norma determinava estudos para avaliar os impactos das hidrelétricas na região. 

Nesse período, a Maturati e a Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel) mobilizaram políticos para derrubar a resolução. Em julho de 2019, atendendo a pedido de empresários, o então deputado federal Valtenir Pereira apresentou um projeto de decreto legislativo para derrubar a resolução. “Trata-se de medida abusiva, que implica em insegurança jurídica, além de prejudicar a economia de toda a bacia”, dizia o parlamentar. 


Construção de hidrelétricas pode causar impactos ambientais na região / Rogério Florentino/Agência Pública


Dois meses depois, em agosto de 2019, foi a vez de o governador Mauro Mendes protocolar um pedido na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados e na Casa Civil “pedindo a revogação ou revisão da Resolução 64”. A mesma carta, segundo a Maturati, foi encaminhada à ANA. 

Na carta, obtida pela reportagem da Agência Pública via Lei de Acesso à Informação (LAI), o governador reclama que a resolução aprovada pela ANA suspendeu hidrelétricas que não estavam em operação até 19 de julho de 2018. 

“No início do corrente ano o Governo do Estado de Mato Grosso esteve reunido com a diretoria da ANA e externou a discordância quanto aos termos da aludida resolução”, diz. “A resolução criou restrições que já receberam atos autorizativos do estado causando impacto relevante para aqueles que já apresentaram seus estudos”. 

No documento, Mendes cita 28 PCH’s que conseguiram licença de instalação e licença provisória junto ao estado e que foram impedidas de tocar as obras por conta da resolução. Por conta disso, Mendes exige a revogação da medida. “Diante desse contexto, ainda que o Governo do Estado de Mato Grosso esteja aberto a dialogar, não há como avançar na construção de solução sem que seja revogada ou alterada a Resolução Nº 64/18, para que de fato se trate exclusivamente da restrição para novos empreendimentos”, conclui o governador. 

Ainda em agosto a ANA respondeu ao governador informando que a resolução estaria em revisão. A partir de então, uma série de resoluções da agência foi liberando da suspensão sub-bacias importantes do Pantanal, como a sub-bacia do rio Cuiabá, região dos empreendimentos da Maturati, onde a empresa pretende construir 6 hidrelétricas.

No dia 20 de maio de 2020, mostram os documentos, Mauro Mendes, Carlos Fávaro, Fernando Vilela e o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), fizeram uma reunião com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, para novamente cobrar pela liberação dos empreendimentos em águas pantaneiras.  

 


Principais rios do Pantanal afloram no “Arco das Nascentes” / Rogério Florentino/Agência Pública


PCH Santo Antônio

Candidato à reeleição pelo União Brasil e aliado de Jair Bolsonaro, Mauro Mendes é diretamente interessado na liberação de hidrelétricas na bacia do alto Paraguai. Seu filho, Luiz Antônio Taveira Mendes, herdou um projeto iniciado pelo governador em 2007 para a construção de uma PCH nas cabeceiras do córrego Aguaçu, no município de Santo Antônio de Leverger. A PCH Santo Antônio fica na região conhecida como “Arco das Nascentes”, local onde afloram os principais rios que abastecem 70% das águas do Pantanal. 

A PCH, que aguarda licenciamento, será construída a cerca de 3 quilômetros da cachoeira do Aguaçu, uma queda-d’água de 80 metros de altura no córrego homônimo, que pode ser vista a 7 quilômetros de distância. Alvo de uma disputa administrativa na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a PCH Santo Antônio foi pensada inicialmente pelo ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, considerado líder do crime organizado nos anos 1990 em Mato Grosso. Na época, o nome do projeto era PCH Colibri. 

Arcanjo perdeu o direito de aproveitamento do curso d’água depois que foi preso em 2004. Em 2007 os empresários Mauro Mendes e Mauro Carvalho Júnior ingressaram com requerimento para construir a hidrelétrica através das empresas Malv Empreendimentos e Athivalog Logística. Em 2017, um ano antes de Mauro Mendes se tornar governador e Mauro Carvalho ser nomeado secretário da Casa Civil, as duas empresas conseguiram a autorização para a PCH. 

O projeto é visto como um dos mais rentáveis da região. Documentos protocolados na Aneel apontam que a usina pode gerar receita de R$ 14 milhões por ano. Inconformado com a perda da outorga, Arcanjo entrou com requerimento em abril de 2019 na Aneel alegando “conflito de interesses”. Segundo ele, o projeto original da PCH era de 15 MW, mas o governador teria reduzido a potência prevista para 10 MW, com objetivo de facilitar o licenciamento na Secretaria Estadual do Meio Ambiente do estado (Sema).

“A situação que se estabelece em sendo mantida a alteração da potência de 15 MW para 10 MW, deixando somente para o órgão ambiental a ciência dos estudo, agora estabelece conflito de interesses entre os diretores das empresas e os dois principais cargos diretivos do estado de Mato Grosso, uma vez que o empresários Mauro Mendes Ferreira e Mauro Carvalho Junior são respectivamente o governador do estado e o secretário-chefe da Casa Civil”, dizia Arcanjo na carta. 


Cachoeira do Aguaçu, no município de Santo Antônio de Leverger / Rogério Florentino/Agência Pública

O pedido de revisão da outorga foi negado pela Aneel. A legislação atual determina que usinas com potência prevista menor do que 30 MW, caso das PCHs, não necessitam de Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima). Por causa disso, a Malv Engenharia e a Athivalog apresentaram apenas 0 Relatório Ambiental Simplificado (RAS). A solicitação de licença foi feita em abril de 2020 pelas empresas e em dezembro de 2020 foi emitida pela Sema.

Queda da Resolução da ANA

Em maio de 2020, a resolução perdeu a vigência e os estudos da ANA foram concluídos. Foi uma vitória parcial de Mendes, da Maturati Participações e dos políticos que auxiliaram a empresa. Os documentos exigidos pela ANA, porém, mapearam diversas áreas em que o uso da água era extremamente crítico. Uma dessas áreas foi o rio Cuiabá, por causa da disputa com a pesca e o turismo. 

Em dezembro de 2021, o senador Carlos Fávaro, que já foi secretário de Meio Ambiente do Mato Grosso, entrou novamente em cena: em carta enviada à ANA, pediu esclarecimentos sobre a classificação utilizada pela agência. No documento, Fávaro quer saber se o mapeamento vai interferir nas PCHs que, segundo afirma, são empreendimentos de “extrema importância” para o estado. 

Em resposta, a ANA informou que as usinas da Maturati vão precisar de “mecanismos de transposição de peixes” para evitar que as hidrelétricas acabem com o pescado na região e que a responsabilidade sobre o caso é da Sema, pasta que já foi liderada pelo senador.  

Questionada se possui mais documentos de encontros entre políticos, empresários e representantes da ANA, a Assessoria Especial de Assuntos Parlamentares da agência informou não ter dados sobre outras reuniões, cartas e encontros citados pela Maturati em manifestação ao Ministério de Minas e Energia. 

Depois de mais respostas evasivas da ANA, nas quais não informou se as reuniões ocorreram ou não, a Controladoria-Geral da União (CGU) determinou, no dia 20 de julho, que a agência apresente até o dia 9 de agosto informações sobre os encontros e documentos citados na carta da Maturati. Logo em seguida, os documentos que demonstram as pressões de políticos sobre a agência foram disponibilizados. 

A reportagem da Pública entrou em contato também com a Câmara Federal, onde tramitou o projeto de lei apresentado por Valtenir Pereira para derrubar a resolução da ANA. Em resposta, a relatora do projeto, a deputada federal Greyce Elias (Avante-MG) confirmou que recebeu o governador Mauro Mendes para tratar do assunto, mas que não se recorda de ter recebido carta sobre o assunto. 

Em nota encaminhada por sua assessoria, o senador Fávaro afirmou que sua atuação em prol das hidrelétricas se deu dentro dos limites legais. “A atuação dele em relação ao tema ocorreu no sentido de pedir celeridade para a conclusão do estudo técnico e com um ofício, encaminhado à ANA pelo senador, dentro dos limites legais e parte da função de um parlamentar, que visava apenas e tão somente o nivelamento de informações entre todos os entes interessados na questão”, diz o texto. Já o governador e Valtenir Pereira não retornaram até a publicação desta reportagem.

“Viver como deserto”

Para pescadores e ribeirinhos do Pantanal, a percepção  de que o número de peixes nos rios e córregos diminui cada vez mais é indiscutível. O ex-chefe de fiscalização da Sema, Júlio Reiners, não tem dúvidas disso. 

“Se construir todas as PCHs que estão projetadas, vai acabar com tudo”, diz Reiners. “É o fim de tudo, podemos viver como deserto, já tivemos dois anos de seca intensa, tudo isso é consequência dessas PCHs e usinas todas. É interesse puramente econômico e individual, não estão pensando no meio ambiente nem no povo ribeirinho que apesar da dificuldade sobrevive”, afirmou. 

Atualmente existem 133 hidrelétricas previstas na bacia do alto Paraguai, com influência direta no Pantanal. A Pública visitou uma das regiões mais marcadas pelo avanço desses empreendimentos: os municípios do Pantanal Norte, que inclui Santo Antônio do Leverger, Barão de Melgaço, Poconé e Cáceres. 

As baías dos rios Chacororé e Siá Mariana, que ficam entre os municípios de Santo Antônio de Leverger e Barão de Melgaço, formam verdadeiros berçários da fauna pantaneira. Um manancial de biodiversidade que está sob ameaça constante. Em janeiro de 2021, a baía Chacororé secou completamente pela primeira vez na história. 


Biodiversidade pantaneira está sob ameaça constante / Rogério Florentino/Agência Pública


No mesmo ano, o Ministério Público Estadual do Mato Grosso (MPMT) entrou com ação requerendo a suspensão de hidrelétricas no Pantanal. No documento, o MPMT cita que os empreendimentos têm impacto negativo no bioma. Os promotores fazem referência também aos efeitos da Usina Hidrelétrica do Rio Manso, afluente do Cuiabá, no pescado do Pantanal. 

A falta de peixes no Pantanal criou a figura do ex-pescador. Pantaneiros que antes viviam da pesca, consumo e comercialização do pescado abandonaram a profissão à medida que as águas ficavam cada vez menos produtivas. Benedito Flaviano Siqueira, conhecido como Dito Carrapicho, é um deles. 

“Eu pesco até hoje, mas não se ganha dinheiro mais, naquele tempo ganhava muito”, conta Dito, que se lembra com carinho das pescarias no rio Mutum: “Naquele tempo tinha muito peixe, meu pai fazia rapadura na beira do rio, a gente pescava lá. Você jogava isca e pegava cada pacu enorme. Hoje nem piranha mais a gente acha nesse rio”, comenta o ex-pescador que mora no distrito de Mimoso, no município de Santo Antônio de Leverger.

Nos meses de seca, contam, é preciso pedir água de caminhões-pipa ou contar com a ajuda de vizinhos que possuem poço artesiano. “Água, aqui em Mimoso, é a coisa mais difícil que tem. Agora tem água, mas quando começa a secar é só no caminhão-pipa”, diz o também ex-pescador José Brandão. 


José Brandão, ex-pescador / Rogério Florentino/Agência Pública


O rio Mutum das memórias de Dito e Zé Brandão é o principal responsável por encher a baía de Chacororé, a terceira maior do Pantanal. Nas cabeceiras do Mutum está sendo instalada a PCH Montovillis, primeira hidrelétrica a sair do papel na região. O empreendimento é questionado por indígenas da etnia Bororo, pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo MPMT. 

Pedido ilegal

Além do governador Mauro Mendes, a Maturati Participações tem aliados ainda mais poderosos. A empresa conseguiu uma previsão de aporte de capital chinês de US$ 381 milhões, através da estatal China Energy Engineering Group Co.

À medida que a empresa conseguiu destravar algumas resistências ao projeto, novos problemas foram surgindo. Uma dessas resistências ficou evidente em um pedido feito pela advogada da Maturati Participações, Fabrina Ely Gouvea, à Sema. 

Na solicitação datada de julho de 2020, Fabrina pediu que a Sema desse andamento ao pedido de licenciamento ambiental das PCHs do rio Cuiabá antes da emissão da Declaração de Reserva de Disponibilidade Hídrica (DRDH).  A DRDH é uma autorização de utilização da água para empreendimentos energéticos emitida pela ANA. Na resposta, a secretária de Meio Ambiente afirmou se tratar de uma solicitação “ilegal” e negou o pedido. 

“Em resposta a solicitação de posicionamento informo da impossibilidade do atendimento da referida solicitação, devido a mesma ser ilegal e inviável do ponto de vista técnico-jurídico, invertendo toda lógica do procedimento de licenciamento ambiental de empreendimentos energéticos”, diz trecho assinado pela secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti. 

A autora do pedido, Fabrina Ely Gouvea, advoga para a Maturati ao mesmo tempo em que é representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema), que analisará o licenciamento das usinas no rio Cuiabá. A OAB e a Sema não proíbem a participação de representantes de empresas no Conselho. Por norma, a advogada deve apenas se declarar impedida quando o licenciamento chegar ao órgão.  

Além da Assembleia Legislativa do Mato Grosso, a Câmara Municipal de Cuiabá aprovou uma lei proibindo a construção de hidrelétricas na área em que o rio corta a capital mato-grossense. Outro projeto de lei, que também versa sobre o Pantanal, foi discutido por deputados estaduais nos últimos meses e aprovado pela Assembleia Legislativa. 

O PL 561/2022 alterou a legislação de proteção das áreas inundáveis da Planície Alagável da Bacia do Alto Paraguai no Mato Grosso, que têm aproximadamente 600 mil quilômetros quadrados e abrangem dez municípios — Cuiabá, Várzea Grande, Jangada, Acorizal, Nossa Senhora do Livramento, Santo Antônio de Leverger, Barão de Melgaço, Poconé, Cáceres e Itiquira. 

Ao mesmo tempo que flexibiliza a pecuária no Pantanal, o texto proíbe a construção de PCHs na “Planície Alagável da Bacia do Alto Paraguai”. A redação do projeto, no entanto, não deixa claro se empreendimentos fora da planície alagável — mas dentro da bacia — também estão proibidos. 

No meio da disputa empresarial e política pela construção de hidrelétricas no Pantanal está João Pedro Dorileo, dono da fazenda Poço de Pedra, onde deve ser construída a PCH Santo Antônio, que pertence aos familiares do governador Mauro Mendes. Com 65 hectares, ela fica na beira da cachoeira do Aguaçu. 

Em dois anos, o pantaneiro investiu para aproveitar o potencial ecoturístico da cachoeira: construiu trilhas de acesso com escadas de madeira e placas de sinalização, além de um quiosque no meio da mata para que turistas pudessem se alimentar. “O turismo vai para todo mundo, vai para o padeiro, vai para o comerciante, beneficia todo município”, comenta. 

Para ele, a quantidade de energia que a PCH vai produzir não compensa o impacto na região. “No mínimo, eles vão ter que tirar 70% da água, aí acabou a cachoeira, uma coisa exuberante dessa. Dói pensar que vão acabar com isso por causa de 10 MW, que vai beneficiar quatro a cinco pessoas”, afirma.

Agosto Lilás: Assédio moral e sexual serão temas em roda de conversa na terça-feira (2)

 

A prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal da Mulher, promove nesta terça-feira (2), uma roda de conversa com a temática “Assédio Não”. A iniciativa tem o intuito de orientar e prevenir o assédio moral e sexual no âmbito da administração pública.

De acordo com a secretária da pasta da mulher, Cely Almeida, a roda de conversa será direcionada para os secretários, adjuntos, diretores e servidores em geral. “Estas ações fazem parte de um conjunto de iniciativas desenvolvidas pela instituição para ressaltar a importância da conscientização sobre o assunto”, explica.

O conteúdo da cartilha é fruto de um trabalho em conjunto de seis pastas: Secretarias da Mulher; Ouvidoria Geral do Município (OGM); Assistência Social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência; Educação, Habitação e Saúde. A ação foi ensejada por iniciativa, ainda em 2021, do Núcleo de Apoio à Primeira-dama atendendo a que preconiza a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

 

Serviço:

O que: Roda de conversa da campanha #ASSÉDIONÃO

Onde: Auditório da Secretaria da Mulher - Av. Getúlio Vargas nº 400

 

Horário: 9h às 11

Data: Terça-feira (2)

 

Polo de vacinação contra Covid-19 em Cuiabá será desativado

 

Polo de vacinação contra Covid-19 na Unic funcionou por oito meses — Foto: Luiz Alves/Prefeitura de Cuiabá

Polo de vacinação contra Covid-19 na Unic funcionou por oito meses — Foto: Luiz Alves/Prefeitura de Cuiabá

A Prefeitura de Cuiabá decidiu desativar o polo de vacinação contra a Covid-19 montado no estacionamento da Universidade de Cuibá (Unic). O atendimento será realizado até sábado (30), das 8h às 16h30, mas a imunização continua em outros 60 locais da rede de Atenção Básica.

O encerramento ocorre devido ao pedido de entrega da estrutura e à oferta de atendimento nos demais pontos de imunização. Segundo a prefeitura, mais de 50 mil moradores da capital foram imunizadas no local.

O polo foi inaugurado em dezembro de 2021 e funcionou por oito meses. Inicialmente, foi destinado à vacinação de adultos. Depois, se tornou exclusivo para o púlico infantil. Porém, devido à baixa procura pelo polo, retomou o atendimento aos dois públicos.

Atualmente, a Campanha “Vacina Cuiabá” já aplicou mais de 1,2 milhão de doses.

A lista de locais para imunização contra Covid-19 está disponícel no site da Prefeitura de Cuiabá.