O Departamento de Justiça apresentou acusações contra 72 pessoas na maior ação judicial da história realizada contra uma rede global de pornografia e exploração infantil pela internet, informou nesta quarta-feira o titular do departamento, Eric Holder.
Durante uma entrevista coletiva, Holder disse que a apresentação das acusações é fruto da "Operação Delego", uma investigação iniciada em dezembro de 2009 contra 500 pessoas que supostamente eram membros do Dreamboard, um clube virtual privado que promovia a pornografia e exploração sexual de menores.
Os acusados compartilhavam o "sonho" de criar uma comunidade cibernética dedicada à promoção da exploração sexual infantil, mas para suas vítimas "o plano foi um pesadelo", disse Holder, que acrescentou que 52 dos 72 acusados já estão sob custódia policial e as autoridades dos EUA colaboram com seus colegas internacionais para conseguir a detenção dos que permanecem foragidos da Justiça.
Os membros do Dreamboard foram detidos em 14 países de todos os continentes e as autoridades querem que o público se mantenha alerta para proteger as crianças e denunciar qualquer atividade ilegal.
"Estamos enviando uma firme mensagem a quem esteja disposto a explorar crianças e tentarem ocultar suas atividades: os encontraremos e os levaremos perante a Justiça", manifestou Holder.
As regras do Dreamboard eram claras: para assinar o serviço e continuar sendo membro desse clube exclusivo, as pessoas tinham que fazer uploads constantemente com imagens pornográficas de crianças de 12 anos de idade ou mais novos.
Os membros que compartilhavam imagens e vídeos nos quais eles mesmos apareciam abusando de menores recebiam um status "elevado" e conseguiam mais acesso ao conteúdo.
O clube recorria a técnicas avançadas para evitar a detenção das autoridades policiais, e possuía uma extensa coleção privada de imagens e vídeos de abuso sexual infantil, alguns de conteúdo violento.
Treze dos acusados já se declararam culpados e quatro receberam sentenças entre 20 e 30 anos de prisão, disse Holder, que esteve acompanhado da secretária de Segurança Nacional, Janet Napolitano














