http://www.todoscontraapedofiliamt.com.br/politica/
‘Gay é apenas opção sexual’
POR TATIANA AVILEZ
Rio - Aos 56 anos, Louise Cardoso é uma mulher surpreendente. Remando contra a maré, diz que não tem medo algum de envelhecer e que nunca fez nem fará plástica. Em ‘Insensato Coração’, a atriz interpreta Sueli, mãe de Eduardo, que se descobre homossexual. Ela abraça a causa e o seu quiosque vira point gay. Um papel sob medida para a atriz, que odeia preconceitos.
— Você é mãe na peça ‘Velha é a Mãe’ e na novela ‘Insensato Coração’. Como são os seus filhos na ficção?
— A Sueli, minha personagem na novela, é batalhadora, tem relação de cumplicidade com o filho, Eduardo. No teatro, a Alice é psicóloga, uma mulher centrada, que cuida da mãe quando ela apronta.
— Seu filho vai descobrir ser homossexual na trama. O que acha da abordagem gay na novela?
— Temos que lutar contra o preconceito. O Eduardo é um rapaz que será bem-sucedido, tem caráter e ser gay é apenas uma opção sexual. Na trama, ele vai ganhar o apoio da mãe e o quiosque que a minha personagem trabalha vai virar um point e ela, a mãezona dos frequentadores. O interessante é que o Gilberto e o Ricardo vão mostrar ataques de ‘pitboys’, algo tão desumano. Tem que acabar com isso. Já presenciei uma situação absurda que aconteceu com um rapaz num lugar para onde viajei.
— Você é mãe na peça ‘Velha é a Mãe’ e na novela ‘Insensato Coração’. Como são os seus filhos na ficção?
— A Sueli, minha personagem na novela, é batalhadora, tem relação de cumplicidade com o filho, Eduardo. No teatro, a Alice é psicóloga, uma mulher centrada, que cuida da mãe quando ela apronta.
— Seu filho vai descobrir ser homossexual na trama. O que acha da abordagem gay na novela?
— Temos que lutar contra o preconceito. O Eduardo é um rapaz que será bem-sucedido, tem caráter e ser gay é apenas uma opção sexual. Na trama, ele vai ganhar o apoio da mãe e o quiosque que a minha personagem trabalha vai virar um point e ela, a mãezona dos frequentadores. O interessante é que o Gilberto e o Ricardo vão mostrar ataques de ‘pitboys’, algo tão desumano. Tem que acabar com isso. Já presenciei uma situação absurda que aconteceu com um rapaz num lugar para onde viajei.
— Qual? Pode contar?
— Viajei com a minha mãe para a Serra do Cipó, em Minas Gerais, e conheci esse rapaz, que nos ajudava a mostrar as cachoeiras. Ficamos próximos e até toquei violão com ele. Quando voltei, ele me escreveu dizendo que, só depois da minha visita e da nossa aproximação, a população da cidade passou a falar com ele. Acredita?!
— Você já foi convidada para participar de parada gay?
— Sim, até gostaria de ir, mas o problema é que não gosto de tumulto. Mas acho muito importante movimentos como este.
— O seu último trabalho foi há quase dois anos. Foi uma pausa proposital?
— Eu estava reservada para a novela do Gilberto (Braga). Mas foi bom porque pude fazer a peça.
— A temporada de ‘Velha é a Mãe’ foi um sucesso. Por quanto tempo ficou em cartaz?
— Trabalhei por nove meses com casa lotada e viajamos pelo Estado do Rio. Tivemos um espaço de quatro meses entre o fim da outra temporada e o começo desta. Voltamos à Barra e depois iremos para a Zona Sul. Já conseguimos patrocínios e, depois da novela, seguiremos para São Paulo e viajaremos pelo Brasil.
— Como é a sua personagem no teatro?
— Ela se recusa a aceitar a idade que tem. Uma hora, diz que tem 50 anos, em outra, 55. Mas nunca 70. Para manter a aparência, faz ginástica, hidro e todos os tipos de plástica. É uma mulher de classe média alta, apaixonada pelo marido, e que só quer saber disso e de transar. A Regina enlouquece o parceiro, 15 anos mais velho que ela, que a abandona deixando apenas um bilhete. Ela surta e acha que foi trocada por uma mulher mais nova, mas descobre que foi substituída por uma mais velha.
— Você tem medo de envelhecer?
— Não tenho nenhum medo de envelhecer. Eu sou bem mais nova que a Regina, tenho 56, e acho que todas as idades têm a sua beleza. Se a personagem gosta de plástica, não tem problema. Eu nunca fiz. Não sou contra, nem a favor. Sou vegetariana. Eu me cuido, faço pilates, alongamento e vou começar a fazer musculação porque estou com uma costela quebrada.
— Costela quebrada?
— Quando estava gravando ‘Insensato’, o Rodrigo Andrade, que interpreta o meu filho, foi dar a notícia de que Eduardo conseguiu um emprego. Ele tinha que me abraçar e me levantar, só que não me pegou pela cintura e sim pela costela, que acabou quebrando. Não foi culpa dele, que é uma graça. Estou tomando anti-inflamatórios e tenho que me manter em repouso, o máximo possível.
— Viajei com a minha mãe para a Serra do Cipó, em Minas Gerais, e conheci esse rapaz, que nos ajudava a mostrar as cachoeiras. Ficamos próximos e até toquei violão com ele. Quando voltei, ele me escreveu dizendo que, só depois da minha visita e da nossa aproximação, a população da cidade passou a falar com ele. Acredita?!
— Você já foi convidada para participar de parada gay?
— Sim, até gostaria de ir, mas o problema é que não gosto de tumulto. Mas acho muito importante movimentos como este.
— O seu último trabalho foi há quase dois anos. Foi uma pausa proposital?
— Eu estava reservada para a novela do Gilberto (Braga). Mas foi bom porque pude fazer a peça.
— Como é a sua personagem no teatro?
— Você tem medo de envelhecer?
— Não tenho nenhum medo de envelhecer. Eu sou bem mais nova que a Regina, tenho 56, e acho que todas as idades têm a sua beleza. Se a personagem gosta de plástica, não tem problema. Eu nunca fiz. Não sou contra, nem a favor. Sou vegetariana. Eu me cuido, faço pilates, alongamento e vou começar a fazer musculação porque estou com uma costela quebrada.
— Costela quebrada?
— Quando estava gravando ‘Insensato’, o Rodrigo Andrade, que interpreta o meu filho, foi dar a notícia de que Eduardo conseguiu um emprego. Ele tinha que me abraçar e me levantar, só que não me pegou pela cintura e sim pela costela, que acabou quebrando. Não foi culpa dele, que é uma graça. Estou tomando anti-inflamatórios e tenho que me manter em repouso, o máximo possível.
— Como vai conseguir administrar a novela, o teatro e ainda se recuperar do acidente?
— Tem semana que não gravo todos os dias, o que me ajuda. Mas tenho que me cuidar, senão, nem consigo namorar.
— Você está namorando?
— Namorando ainda é cedo para dizer. Estou começando uma história, vamos ver o que acontece.
— Você também está no ar na reprise da ‘TV Pirata’ no canal Viva. Sente saudade? E vontade de fazer um programa no mesmo molde?
— Sinto muita saudade. Foi uma das épocas em que fui mais feliz na minha vida. Era como uma turma fazendo teatro na televisão. Tenho vontade de fazer algo tão bom quanto, mas ainda não encontrei e nem tenho visto. Gosto muito do ‘Junto e Misturado’, mas não vi algo como um novo ‘TV Pirata’.
— Tem semana que não gravo todos os dias, o que me ajuda. Mas tenho que me cuidar, senão, nem consigo namorar.
— Você está namorando?
— Namorando ainda é cedo para dizer. Estou começando uma história, vamos ver o que acontece.
— Você também está no ar na reprise da ‘TV Pirata’ no canal Viva. Sente saudade? E vontade de fazer um programa no mesmo molde?
